Terça, 12 de março de 2024


Os novos conquistadores; recentemente, em prova de vinhos, no Palácio da Bolsa, na cidade do Porto, Portugal. Da direita para a esquerda, em primeiro plano: Rubens Menin, José Eduardo, Anuar Donato, Francisco Salazar e Bráulio Campos. Na bancada de cima: Maurício de Oliveira Campos Jr., André Salazar, Bruno Sena, Jayme Nicolato e Gabriel Guimarães. Foto: Arquivo Pessoal

Fado Tropical

Desde o “achamento” do Brasil, vivemos uma relação de amor e ódio, inveja e inconfidência com Portugal, a “Terrinha”. Mas quem diria; santa ironia! O Brasil, outrora colonizado e explorado por Portugal, há muito e principalmente hoje, inverte o jogo. Mesmo com todas as mazelas herdadas. Somos um país extremamente rico e eternamente desperdiçado. Portugal continua geograficamente pequeno, vivendo e revivendo glórias passadas; salvando-se com o Turismo e, entre outros países, do dinheiro dos brasileiros ricos. Uma colonização ao contrário.

Samba português

Em seu belo “Fado Tropical”, Chico Buarque, anestesiado pela Revolução dos Cravos, sonha ou delira com um Brasil socialista que nunca existiu, nem existirá. Será? O que será que será? Entre outras, Chico canta que o Brasil ainda “vai cumprir seu ideal. Ainda vai tornar-se um imenso Portugal!”. Sem esquecer que “todos nós (brasileiros) herdamos, do sangue lusitano, uma boa dosagem de lirismo, além da..., claro”. Naquela época terrível havia censura e não podíamos escrever, sífilis, claro.

Samba do euro

Sonhando “com avencas na caatinga, alecrins no canavial, licores na moringa, um vinho tropical e a linda mulata, com rendas do Alentejo”, Chico queria que o Brasil “cumprisse seu ideal, tornando-se um imenso Portugal”. Pelo jeito, o que vemos é Portugal tornar-se um pequeno Brasil, sem lirismo e, ainda bem, sem sífilis. Mas e a dengue? E a miséria, a corrupção e metade da população sem água e esgoto? Difícil! E não queremos isso para Portugal, mas o contrário.

Samba do Fado

O Brasil está devolvendo a Portugal o contrário, com nosso do bom e do melhor. Investimentos, dinheiro e progresso. Mas lembremos que não existe almoço de graça, ainda mais almoço com vinho! Vinhos portugueses, produzidos por brasileiros e vencedores mundiais. Vingança sutil: eles plantaram cana, nós plantamos uvas; fazemos cachaça aqui e vinhos maravilhosos lá.

Fado Mineiro

Se com São Paulo, perdemos muito com a pseudo Política do Café com Leite, onde quem mandava de verdade eram os paulistas, agora vemos, finalmente, o inusitado e uma parte da profecia de Chico Buarque se realizar: “Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal, ainda vai tornar-se um império colonial!”. Temos agora a Política do Vinho com Bacalhau. Vinho produzido por mineiros e bacalhau que nem português é, mas norueguês.

Mineiro e Português

Mineiros brilham na produção de vinhos em Portugal. A “Horizonte Ilimitado”, produtora dos vinhos “Domínio do Açor” e a “Menin Wine Company” foram destaques absolutos nas revistas especializadas de Portugal. Já dissemos aqui, que a Menin foi agraciada como o melhor vinho “rosé” de Portugal, em 2023, no Festival Essência do Vinho, no Porto, e melhor produtor daquele país no mesmo ano, segundo a revista “Grandes Escolhas”.

Português e Brasileiro

Acrescentamos, agora, que o vinho branco da casta bical do “Domínio do Açor”, também “from Brazil in Portugal” foi escolhido entre os melhores brancos do país no ano de 2023 pela Revista de Vinhos, enquanto as castas, encruzado e cerceal, foram destaques na revista “Grandes Escolhas”, que também agraciou a “Horizonte Ilimitado” como produtor revelação de 2023 em Portugal.


Conferindo o lançamento da CASACOR Minas, Jeferson e a filha Carolina Domingues. Foto: Edy Fernandes


No mesmo e colorido evento, Junia Nocchi e Jussara Schimidt. Foto: Edy Fernandes

Curtas & Finas

*Henry e Klauss, os maiores Ilusionistas da América Latina, em BH, anunciam a turnê “Illusion Show - Uma Jornada Mágica”.

Magia pura, dias 11, 12, 13 e 14 de abril, no Palácio das Artes, com performances impactantes, desafiando o impossível, de forma inteligente e com alta tecnologia.

Com mais de 15 anos de carreira, os brasileiros Henry e Klauss são considerados os maiores ilusionistas da América Latina.

A dupla coleciona prêmios nacionais e internacionais e é também recordista mundial.

Ela ficou quatro horas levitando em um dos pontos mais movimentados do mundo: a Avenida Paulista, em São Paulo.

*A MRV, do grupo MRV&CO, recebeu, pelo Índice CDP Brasil de Resiliência Climática, o conceito B na avaliação de 2023, obtendo uma evolução do resultado em comparação ao ano anterior (B-).

O avanço vem de iniciativas que envolvem um comitê ativo de governança em mudanças climáticas, matriz de riscos.

Metas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e uso de energia limpa, principalmente por meio de usinas próprias de energia fotovoltaica.

O indicador avalia o desempenho das companhias que mais se destacam na conscientização sobre as questões climáticas.

E, claro, integração de medidas efetivas para a redução de suas pegadas de carbono, item também considerado na avaliação do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.