Sábado, 19 de outubro de 2024


Num admirável mundo novo e perfeito, Dany Lamounier, comemorando suas encantadoras 40 primaveras. Foto: Daniel Stone

Um elefante

Em setembro, o Malvado Bolsonaro, quer dizer, o governo de Zimbábue; na Amazônia, melhor, na África; autorizou o abate de 200 elefantes para alimentar a faminta população. Os humanos, desmatam, queimam, destroem e quem paga o pato são os bichos, no caso, os elefantes que, naturalmente, procuram comida e água onde apontam seus instintos.

Incomoda muita gente

A medida veio combater a fome aguda que afetava quase metade da população. Até parece que 200 elefantes vão matar a fome de quase oito milhões! O abate também quer reduzir o consumo de água. O Zimbábue tem a segunda maior população de elefantes do mundo, cerca de 100 mil. Os parques só abrigam 55 mil.


Adriana Queiroz, fazendo parte da admirável e primaveril festa. Foto: Daniel Stone

Mil elefantes

Claro, a decisão foi criticada por ativistas dos direitos dos animais e conservacionistas. Ou seja, recebidas como condenações do Papa e da ONU: inúteis. A Namíbia também já sacrificou animais selvagens para aliviar a fome. Ora bolas! “Não tem pão, que comam brioches”, ironia, OK?

Milhões de gente

Essa triste e cruel informação, sobre fome humana, ataques ao Meio Ambiente e aos indefesos animais, lembrou o texto que, há muito, faz sucesso nas redes sociais. Na fila do supermercado, o caixa diz à idosa: “A senhora deveria trazer suas próprias sacolas, sacos de plástico não são amigos do ambiente”.


Conferindo mais flores à festa, Carol Caram. Foto: Daniel Stone

Gente descuidada

A senhora se desculpa: “Não havia essa onda verde no meu tempo”. E o empregado: “Isso! Sua geração não se preocupou com o Meio Ambiente”. “Você está certo”, ela respondeu. “Nossa geração não se preocupou. Naquela época, garrafas de leite, de refrigerante e de cerveja eram devolvidas à loja”. 

Gente desligada

 “A loja mandava de volta à fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, assim os fabricantes de bebidas usavam as garrafas infinitas vezes. Até as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia as descartáveis. Para a secagem não tínhamos secadoras elétricas. A energia solar e eólica é que secavam as roupas. Tínhamos somente uma TV em casa e não uma Televisão em cada quarto”.

Gente de verdade

“A TV tinha 14 polegadas, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado, não se sabe como. Na cozinha, batíamos tudo à mão porque não havia batedeiras elétricas. Quando enviávamos algo frágil pelo correio, usávamos jornais como proteção e não plástico-bolha ou ‘pellets’’ de plástico que duram cinco séculos para se degradarem”.


Cristina Andrade Melo, deixando a primaveril festa mais colorida e com sabor de verão. Foto: Daniel Stone

Lança Perfume

*E a velhinha continua o massacre com luvas de pelica.

“Não se usava motor a gasolina para cortar a grama, mas um cortador de grama que exigia músculos”.

“O exercício era extraordinário e não precisávamos de academia e esteiras que também funcionam à eletricidade”.

“Mas você tem razão: não havia preocupação com o Meio Ambiente”.

“Bebíamos água da fonte, em vez de usar copos plásticos e garrafas “pet” que agora lotam e poluem os oceanos”.

“Na verdade, não tivemos uma onda verde naquela época”.

“As pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar os pais como táxi 24 horas”.

“Então, não é incrível que a atual geração fale tanto em Meio Ambiente, mas abre mão de nada, nem pensa em viver um pouco como na minha época”.

Depois dessa lição de ironia, envie ou mostre a seus amigos com mais de 50 anos e aos jovens que têm tudo nas mãos e só sabem criticar os mais velhos”.

Uma aula gratuita ministrada por uma pessoa considerada ultrapassada. E repassada por outra idem.