Paulo Navarro | segunda, 30 de outubro de 2023

Entrevista com a cantora Adrianna. Foto: Marcus Leaum

Alma Levada

O nome dela é Adriana. Não. Adrianna, com n de Sandra e de sonoridade. Adrianna com r de ritmo, a de amor, e d de dado, pronto. E Adrianna já tem “30 anos de praia”, até em Minas, que não tem mar. O tempo voa e navega. Tempos de Dib Six e Jota Quest. Tem de voo solo em mar de almirante e em tempestades também “porque a arte, em muitos momentos não é prioridade na vida das pessoas”. Até dia 4, no Centro de Referência da Cultura Popular Lagoa do Nado, Adrianna estará solo e muito bem acompanhada, primeiro, de seus músicos, segundo, com o repertório de seu farol musical e de vida, Sandra Sá, simplesmente “porque é umas das maiores cantoras desse país, com uma trajetória incrível”. Então, minhas idolatradas e queridos fica o nosso convite para “Viver”. Viver a natureza, a música, a homenagem e arte de Adrianna. Viver tantos sentimentos e lembranças que ela pode até ganhar mais um n de presente. Certo, Adriannna? 

Adrianna, este duplo “n” é numerologia ou escolha de pai e mãe mesmo? Se for, deu certo?

Adrianna com dois "n" foi sugestão de um produtor, no Barral Lima, que produziu meu primeiro álbum solo. Porque já existe uma cantora com meu nome de batismo registrado. E deu sim muito certo. Vários artistas acabam escolhendo o nome único pela sonoridade. E dá muito certo.

30 anos de “praia” já?  Muita história, muita música, muitas viagens. Com quem, quando e onde?

Sim, 30 anos rsrs...  Com muita gente boa. E pude juntar muitas histórias mundo afora, com Dib Six durante 12 anos e Jota Quest durante 5 anos... e lógico com meu trabalho solo, onde já estive em Cuba e EUA, além de inúmeras cidades mineiras.

A vida de artista é um show, um festival, um carrossel ou uma montanha russa?

São todas essas coisas em uma só rsrs. Um show porque o palco é uma magia eterna sem dúvida. Um festival porque sempre estamos com muitas pessoas e isso é uma festa. E uma montanha russa também porque a arte, em muitos momentos não é prioridade na vida das pessoas.

Além de vida, o que te lembra, “Viver”?

Uma canção que tenho com esse título, que ganhou o primeiro lugar num festival do Bar do Museu Clube da Esquina. Viver é arriscar-se. É música, filhos, história...  Viver é um momento de alegria, mas também de dor extrema. É o que somos... Sentimentos e lembranças.

Falemos de Sandra Sá? Por que?

Porque é umas das maiores cantoras desse país, com uma trajetória incrível, e que, até hoje, atua no cenário de forma grandiosa. Cresci ouvindo, curtindo e admirando. Além de trazer canções que falam de amor com uma sonoridade Groove.

“Sandra é você”. Retratos e canções também?

Sandra não é só Adrianna, mas todas as mulheres que se identificam com história de luta e superação. E sim, Retratos e Canções, porque a minha história está baseada no amor à música e de passagens marcantes nesse cenário.

O que os fãs de Sandra Sá vão aplaudir, na voz de Adriana? 

A energia e a vontade de levar emoção às pessoas. Vão aplaudir um trabalho feito com muito carinho, sem tentar imitar a Sandra, mas sim de fazer essa homenagem à uma grande artista do nosso tempo.

Shows no Centro de Referência da Cultura Popular Lagoa do Nado, até 4 de novembro. Por que lá?

Porque fui criada em Venda Nova. A Lagoa do Nado era um lugar onde pessoas periféricas iam para se divertir. Além de ser lindo. E o projeto tinha que contemplar um parque. Não pensei duas vezes em prestigiar a minha região de nascimento e esse lugar maravilhoso.

Qual a expectativa para a estreia?

Expectativa a mil, mas o coração aberto para receber a todos, para cantar e dançar junto comigo. Entregar o melhor que temos enquanto artistas para que as pessoas saiam de alma lavada.

Em 2024 você volta a ser Adrianna ou teremos mais homenagens?

Continuo sendo Adrianna sempre rsrs... A homenagem à Sandra vai continuar em outras esferas e a expectativa é que ela venha participar desse show.