Paulo Navarro | segunda, 24 de abril de 2023

Entrevista com o advogado Gustavo Chalfun. Foto: arquivo pessoal

Vocação e Liderança

Gustavo Chalfun é jovem, mas com enorme e forte currículo. Advogado e filho de advogado. Estudou e começou a trabalhar em Varginha, onde também é professor. No meio do caminho, um de seus tesouros, os amigos. Muitos! E também “a vocação de servir as pessoas, de liderar mudanças e fomentar a paz social, estando próximo delas. Sempre tive a certeza de que queria ser advogado”. Outra certeza é a de que “todo ser humano é um potencial líder”. A caminhada continua coroada de êxitos e conquistas. Hoje, Gustavo Chalfun está à frente do Escritório Chalfun Advogados, em Varginha, Belo Horizonte e Boa Esperança. E mais, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais - CAA/MG e seus 80 anos em prol dos advogados. Se Gustavo Chalfun é o próximo presidente da OAB/MG? Não sabemos, mas ele mesmo dá a dica: “ninguém nunca pode ser candidato de si mesmo, e pertenço a um grupo liderado pelo presidente Sérgio Leonardo (atual presidente e potencial candidato à OAB nacional) e caberá a este grupo decidir no momento certo quem o representará”.

Gustavo, esta pluralidade que reina em você, por todos os cantos de Minas, nasceu em Lavras e adotou Varginha, até Belo Horizonte?

Sim, minha mãe era funcionária da Telemig, meu pai era advogado, e, aos quatro anos, fui para Varginha, onde estudei, me formei e comecei minhas atividades profissionais.

A mesma pluralidade explica a legião de amigos, por onde passou?

Sim. As amizades são muito importantes, pois as instituições são as pessoas que as formam e nelas construímos as amizades. Desde as de infância, àquelas profissionais e institucionais, aos poucos a vida me presenteou com grandes amigos e amigas.

Por que abraçou a Advocacia? Vocação? Certeza desde sempre? Seguindo os passos de teu pai?

Apesar de no início ter sido aprovado em outros vestibulares, escolhi o Direito, pois sentia a vocação de servir as pessoas, de liderar mudanças e fomentar a paz social, estando próximo delas. Sempre tive a certeza de que queria ser advogado. E claro, fui influenciado pelo meu pai com quem trabalho desde os 12 anos de idade, vivendo o dia a dia de um escritório de advocacia.

Tudo isso colaborou para o espírito de Liderança?

Com o passar dos anos aprendi, com as pessoas que convivi e me inspiraram, que a liderança é como um instrumento, a solidificação das nossas ações, nossas conquistas, nossos objetivos. Todo ser humano é um potencial líder e muitas vezes só não está preparado para exercer essa liderança, pela falta de compreensão exata do sentido da expressão: liderança. Eu mesmo, quando comecei minhas atividades profissionais já pensava na possibilidade de pessoas trabalharem comigo. Hoje já são mais de 50 profissionais em nossos escritórios.

E a passagem como professor na Faculdade de Direito de Varginha?

Tenho muita gratidão em lecionar em Varginha toda semana, às segundas ou terças feiras. Pois foi onde comecei e sempre quis ser professor. Hoje posso ser instrumento de transformação na vida das pessoas. Sou professor de processo civil e leciono importantes pautas no caminhar dos alunos, como processo de execução, sistema recursal brasileiro e tantas outras.

Vamos direto ao ponto. Como começou tua “parceria”, com o ex-presidente da OAB/MG, Marcelo Leonardo e com o atual, seu filho, Sergio Leonardo? E o que significa ter sido o primeiro presidente da OAB Jovem de Varginha?

Quando eu tinha aproximadamente 23 anos, em meu primeiro ano como advogado, nosso escritório teve êxito em uma causa que teve repercussão nacional por ser o primeiro caso no Brasil, que houve um trancamento de uma ação penal em curso depois de uma sentença, que no caso era uma exceção. Após este ocorrido fui contratado por uma advogada, onde eu teria que vir a BH defender os interesses dela, ocasião em que conheci o secretário geral da OAB Hermes Guerrero, missão essa depois que exerci (secretário geral da OAB/MG 2016/18). Assim, o então presidente da OAB/MG, Marcelo Leonardo, pediu pra falar comigo, pois havia gostado muito do meu trabalho.

Fiat Lux!

Então, naquela oportunidade, cheguei a BH como advogado e saí como primeiro presidente da OAB Jovem do interior do estado, em 2001, missão que desempenhei até o ano de 2003, tendo sido eleito posteriormente em 2006 para o mandato 2007/2009 e 2010/2012 na presidência da OAB Varginha. Logo em seguida conheci seu filho, o amigo Sergio Leonardo, atual presidente da OAB/MG que também já exercia uma liderança jovem. E de lá para cá nossos laços e amizade foram só aumentando. Fomos conselheiros seccionais, membros de uma mesma diretoria (2016 a 2018), colegas de chapa em 2018 e hoje presidimos as duas instituições mais importantes da advocacia em MG: A OAB/MG e a CAA/MG.

Uma missão comum entre vocês?

Servir a advocacia de forma isenta, para inovar, incluir, avançar e estar presente em todos os cantos de Minas, fazendo uma gestão austera. E não tenho a menor dúvida da importância de que valorizar a advocacia é valorizar o cidadão, pois somos porta voz do cidadão mais carente e humilde e também do mais abastado. Hoje, somos pioneiros em todo o país em lançamentos de projetos muito importantes, como: meu primeiro site, meu primeiro certificado, o aplicativo de telemedicina do Hospital Albert Einstein, dentre vários outros.

O que é a CAA/MG? Qual sua importância? O que significa ser presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais?

Uma entidade assistencial com 80 anos de história que traz inúmeros benefícios e auxílios aos advogados que necessitam transitória ou permanentemente do apoio da entidade. Ser presidente de uma instituição com essa história e robustez é a concretização de um sonho de trabalhar e me dedicar à advocacia, entregar resultados concretos e efetivos a toda classe.

E a experiência, como diretor secretário geral da OAB?

Uma experiência que legitimou minha chegada à presidência da CAA/MG.

Seguindo esta “ordem natural das coisas”, podemos concluir que o próximo passo é a presidência da OAB/MG, com Sergio Leonardo presidindo a OAB nacional? Minas no poder?

Não podemos negar que seja uma missão para Minas Gerais ter um protagonismo no cenário nacional. Nunca tivemos um presidente nascido, criado e estabelecido em Minas Gerais na OAB nacional. Mas hoje, graças ao trabalho do nosso grupo, liderado pelo Sérgio Leonardo, temos o respeito e confiança do Conselho Federal da OAB. Chegará a hora de Minas Gerais no Conselho, e, para isso, vamos continuar firmes no propósito de servir a classe. Quanto a dar mais um passo e ocupar um dia a presidência da OAB/MG, diria que ninguém nunca pode ser candidato de si mesmo, e pertenço a um grupo liderado pelo presidente Sérgio e caberá a este grupo decidir no momento certo quem o representará.

Vocês tiveram um Fórum. O que significou?

O lançamento da Conferência Nacional da Advocacia. 33 anos após sua última edição em MG.

Explique-nos o que são teus 25 anos de “barriga no balcão”?

É o advogado que acompanha tudo, que vai atender, vai despachar, vai às audiências e sustentações e atende a todos com igualdade.

Como está e como fica o Escritório Chalfun Advogados?

Sou muito feliz pela equipe que temos, pela construção que fizemos e talentos que integram nossa equipe, acreditamos nas pessoas que temos. São três unidades: Varginha, Belo Horizonte e Boa Esperança, atuando diretamente em milhares de demandas, com foco nas mais diversas áreas, destacando-se a área empresarial, nosso carro chefe.