Paulo Navarro | segunda, 20 de março de 2023
Entrevista com o fotógrafo Edy Fernandes. Foto: arquivo pessoal
Prata da Casa
A grande surpresa desta entrevista, com nosso fotógrafo, Edy Fernandes, foi descobrir que, com esta cara de galã, o cara já é duplamente avô. Bom humor e talento fazem bem à saúde, não necessariamente nesta ordem do formol. Mas as astúcias de Edy, para viver mais e melhor, não param aí. O homem, como vocês poderão ler, tem olhos vivos. É um homem de visão, ainda mais com o auxílio de várias e poderosas lentes. O que de nada adiantaria sem o faro e a fama de “Gatilho Mais Rápido do Oeste”. Seu alto astral e simpatia são onipresentes. É incansável, mesmo viajando, em férias e, principalmente, a trabalho. Fome de viver, de trabalhar, de trocar, de conhecer e, principalmente, de continuar; “mesmo com toda a fama, com toda a Brahma, com toda a cama, com toda a lama”. E generoso, ensina o caminho das pedras, onde os fracos não têm vez: “a vitória sorri apenas àqueles que não param à beira da estrada”. Ou no meio caminho, por causa de uma rocha. Sempre tem uma pedra no meio do caminho. Não é Carlos?
Edy, quem é o Edy Fernandes?
Um paranaense radicado há mais de 30 anos em BH. Pai de dois filhos e avô de dois netos. Posso dizer que já fui muito eclético nos acasos, desde muito cedo comecei a trabalhar, fui ex-locutor, ator de centenas de comerciais e até em filmes, ex-superintendente de um dos maiores bancos privados do Brasil, até me firmar com um dos “hobbies” que mais gosto, a fotografia.
Como vai a vida e como começou 2023?
Da vida, naturalmente, reclamamos, mesmo que esteja boa, eu particularmente não gosto muito de lamentar, porém 2023 não é mais aquele tempo fantástico, antes da pandemia, Muitas coisas mudaram, mas sempre acredito que algo bom poderá voltar.
Quantos anos como vitrine da Coluna Navarro?
Meu convívio com o Paulo já dura uma década, tudo começou com fotos para outro colunista do Jornal O TEMPO, porém o destino se encarregou de me direcionar para a coluna do PN, fato que me deixou feliz, pois sempre fui fã e tenho por ele carinho pessoal e profissional.
Esta coluna rende tanto prazer quanto trabalho?
Posso dizer, sem medo, que é mais prazeroso que trabalhoso cobrir os eventos sociais. Sou apaixonado por esta atividade, faço com muito prazer, foi neste meio que consegui angariar muitos amigos e uma visibilidade em diversas áreas da sociedade.
Que mudanças você percebeu nesta sociedade de Belo Horizonte, ao longo dos anos?
Nossa sociedade é bem definida, praticamente todos se conhecem, não percebo tantas mudanças, além, é claro, de alguns amigos que já se foram. Percebo um público exigente e requintado.
Como foi o trabalho, durante a pandemia?
Infelizmente, bem restrito. No começo nada, totalmente nada, para e a fazer. Passados alguns meses, alguns eventos foram voltando, mas nada se compara ao que tínhamos antes da pandemia, até hoje se percebe as mudanças.
BH e o mundo voltaram ao normal ou ao anormal?
Em alguns sentidos, posso dizer que está como antes, mas também nem tudo, alguns ficaram mais receosos, mas a vida não pode parar, temos que seguir em frente e deixar as coisas acontecerem.
As pessoas são mais simpáticas durante a noite?
Digo que a maioria gosta de ser fotografada, gosta de estar na coluna social, e isso, de fato, faz com que essa simpatia aflore mais ainda.
E a noite, mudou? Está mudando muito? Como os eventos estão? Qual a tendência, o perfil deles?
Posso dizer sobre os eventos sociais, não sobre baladas, shows. Houve uma mudança em relação ao que tínhamos antes da pandemia, ficaram mais reduzidos, mais restritos, não voltaram com tanta intensidade, de qualquer forma eles estão variados em diversos segmentos.
Que outros trabalhos você desenvolve, além desta coluna?
O social é meu carro chefe, gosto de estar presente, de registrar, do convívio com as pessoas, mas o turismo também me fascina muito, é outra área que me faz bem, já tive oportunidades de conhecer dezenas de localidades, cidades e países.
Isso! Sabemos que você viaja muito. Vale a pena ou é mais aeroporto e hotel que diversão?
Sem sombra de dúvida, vale a pena, pois é a oportunidade de conhecer lugares, pessoas, culturas. Este segmento já me proporcionou conhecer lugares incríveis. Aeroporto é apenas uma pequena passagem no roteiro; o hotel, descanso e relax kkkk. Nas viagens gosto mesmo é de andar, conhecer, registrar. Não fico parado.
Você tem um “hobby”, dentro da fotografia que, digamos, renderia uma exposição?
Já tive convites para expor meus trabalhos, o próprio Paulo é um incentivador, mas acho que, até o momento, o que faltou foi o “tempo” para catalogar, mas é coisa para se pensar e colocar em prática num futuro.
Planos para 2024 ou ainda é cedo?
Está longe. Nossos planos precisam ser o aqui e o agora, temos que viver o presente, estar bem com as pessoas, procurar a felicidade dentro de nós, não achar desculpas, não culpar as pessoas pelas coisas que não dão certo, a única cobrança se faz com a gente mesmo, isso para que possamos melhorar, sermos mais ativos e em paz.
Bem positivo, sensato e otimista. Parabéns!
E encerro com o seguinte pensamento: a derrota depende de nós, tanto quanto a vitória, entretanto a pior derrota é de quem desanima. Siga em frente corajosamente. A vitória sorri apenas àqueles que não param à beira da estrada.