Paulo Navarro | quarta, 1 de março de 2023

Em ação, transbordando arte, música, poesia e vida, o maestro da Filarmônica de Minas Gerais, Fabio Mechetti. Foto: Eugênio Sávio

Magia musical

Dia 24 de fevereiro, tivemos uma experiência quase única, que vale uma coluna inteira. Em 2023, a Filarmônica de Minas Gerais faz 15 anos. Além da programação extensa, diversa e empolgante, a orquestra acaba de realizar dois concertos comemorativos, na Sala Minas Gerais, homenageando seu “Mandrake”: músicos e musicistas.

Magia divina

Valorizando cada seção da Orquestra, a Bachiana Brasileira nº 9 (para cordas), de Villa-Lobos; a Serenata, op. 7, (para sopros), de Richard Strauss e Mitos Brasileiros, de Ney Rosauro, ode à percussão. Na segunda parte, o violinista sérvio, Roman Simovic, primeiro spalla da Filarmônica, atual spalla da Sinfônica de Londres, executou o Concerto para violino, de Miklós Rósza. 

Magia rara

Simovic se apresentou com um Stradivari 1709, emprestado, com todo cuidado e esmero do mundo, pelo colecionador e filantropo Jonathan Moulds. A Orquestra ainda inebriou com “La Valse”, do francês Maurice Ravel, encerrando um concerto inesquecível, regido pelo maestro Fabio Mechetti, diretor artístico e regente titular da Filarmônica de Minas Gerais.

Magia e mágicos

Antes, o diretor-presidente do Instituto Cultural Filarmônica, Diomar Silveira, saudou a privilegiada plateia: “a qualidade artística e de administração respondem pelos surpreendentes resultados nesses anos de trabalho, dentro de um inovador modelo de gestão cuja lógica se assenta em dois pilares”.

Mágicos e faróis

“Os recursos do Tesouro do Estado para manutenção da orquestra e do Instituto e recursos privados para realização das atividades artísticas e educacionais captados via empresas, doações, assinaturas e bilheteria. Mas nada disso seria possível não fosse a união de muitas pessoas e instituições”.

Faróis e mecenas

“Agradeço ao Governo de Minas pela fundamental manutenção do Contrato de Gestão, realizado entre a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e o Instituto Cultural Filarmônica. E também às empresas patrocinadoras, aos assinantes, a todos que integram o programa Amigos da Filarmônica e aos conselheiros e associados do Instituto”.

Mecenas e timoneiro

Falou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira: “saúdo de forma muito especial os músicos que têm feito da música o seu trabalho, seu modo de vida e, sobretudo, colorindo, de sons, Minas Gerais por meio desta Sala, que tem o nome do nosso estado”.

Timoneiro e vivo

“A música reverbera e nos une como somente a arte e a cultura conseguem. Noite bela de 15 anos e dessa adolescente orquestra, já tão importante para o cenário mundial. Desejo vida longa à orquestra, à música e vida mais longa e profícua a todos nós, aqui, nesse período pós-pandêmico. Estes 15 anos também são uma celebração da vida”.

Vivo e pulsante

Para Mechetti, a filarmônica conseguiu, em pouco tempo, se posicionar como o maior projeto sinfônico da América Latina neste milênio. Isso, numa viagem cultural que explora a riqueza da história da música universal, por meio do trabalho contínuo dos músicos. Solistas e regentes convidados, das equipes técnica e administrativa; de todos que dão apoio e significado ao projeto.

Curtas & Finas

*Continua Mechetti: “Da ousadia e da ambição que nortearam a criação da Orquestra, formada por jovens talentosos e promissores músicos do Brasil e do exterior”.

“Até o reconhecimento que temos em nível internacional, a Filarmônica é exemplo de ação que nos honra e orgulha”.

“Desde 2008, o Governo de Minas Gerais tem sido parceiro nesta ação de transformação cultural e social do povo mineiro”.

“Assim como nossos patrocinadores, que reconhecem o singular trabalho da Filarmônica”.

“Vivas à sociedade, ao público em geral e aos assinantes, que nos fortificam constantemente”.

Nestes 15 anos, a Filarmônica já se apresentou para quase 1,5 milhão de espectadores e realizou 1.118 concertos.

Ela interpretou mais de 1.200 obras, 118 concertos em turnês estaduais, 39 concertos em turnês nacionais e nove concertos em turnê internacional.

Possui 606 notas de programa publicadas no site, 225 webfilmes publicados (20 com audiodescrição), mais de 70 concertos transmitidos ao vivo.

Lançou coleção com três livros e um DVD sobre o universo orquestral, realizou quatro exposições itinerantes e multimeios sobre música clássica.

Tem 10 CDs lançados e uma indicação ao Grammy Latino 2020 (CD Almeida Prado – Obras para piano e orquestra – Categoria de Melhor Álbum Clássico).

Amanhã começa a Temporada 2023, que celebrará tudo isso. 

“Nos próximos anos, queremos não só consolidar esse indiscutível portfólio, mas buscar novos horizontes”, diz Fabio Mechetti.

Os concertos de aniversário foram apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Minasmáquinas.

E o patrocínio do Instituto Unimed-BH, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Quem faz e acontece passa por aqui

O casal carnavalesco da escola de samba campeã de 2023, Imperatriz Leopoldinense, Felipe e Cátia Drumond, com o deputado estadual Alencar da Silveira Jr., no fim de semana, durante o desfile das campeãs do carnaval carioca. Cátia é a primeira mulher a ganhar o carnaval carioca como presidente da Imperatriz Leopoldinense. Foto: arquivo pessoal