Paulo Navarro | domingo, 9 de abril de 2023

Pelos bailes, bares da vida e do mundo, sempre cercados por belas e feras das Finanças, José Afonso Assumpção, este colunista, Fabiana Santa Maria e Rejane de Paula. Foto: arquivo pessoal

A marca do viajante

No meu diário de bordo, sem naufrágios de Robinson Crusoé, graças a Deus, nestes 35 anos de profissão, não foram poucos os eventos empresariais e sociais que entraram, pelo menos, para a minha história, que já vai caminhando alegremente rumo aos 68 invernos. De naturezas, tamanhos, pompas variadas, eventos e festas comemorativas ganharam vulto no passar dos anos e entraram no Panteão do Inesquecível.

A marca da memória

O aprimoramento trouxe qualidade ao setor e fez escola. Neste contexto, novas casas de recepção surgiram e, de acordo com a encomenda, decorações cinematográficas ornamentaram festas lendárias. Na esteira, bufês requintados ganharam campo com atrações musicais, DJs e demais serviços. Gente querida não mais entre nós, moda, costumes, comportamento e até mesmo uma recente pandemia.

A marca do Z

Descortinando este véu, evoco o rei Roberto Carlos: “O importante é que emoções eu vivi”. E como! Neste capítulo, recupero outro rei; o  amigo de fé, irmão camarada, cúmplice nas boas coisas da vida, festas e viagens inolvidáveis, José Afonso Assumpção, “O Comandante”! Recupero, resgato, porque, há muito, o mito  social trocou este “grand monde” que ele capitaneou por mares nunca tão bem navegados: Angra dos Reis.

A marca da vida

Isto depois de comandar céus e terra de brigadeiro, à frente de sua mítica e pioneira Líder Aviação. Pelo menos por um dia José Afonso voltou ao “bom combate”, comemorando entre familiares, seletos e privilegiados, seus primeiros e ricos 90 anos de vida. Uma reunião com a marca registrada de José Afonso, a gentileza, a generosidade. Como o sentimento do patriarca: a de que “amigos são para  guardar do lado direito do peito”.

Pelos mares da vida, os "dois velhos lobos do mar", Zé Afonso e PN. Foto: arquivo pessoal

A marca da tradição

Túnel do tempo: vamos lá! Segundo “Zézinho”, sou um amigo emprestado. Isto por conta de uma lorota de que meu pai, João Navarro, o teria incumbido de  me “trazer juízo”. Imaginem!  Pura conversa fiada! Juntos, trocamos o juízo por muita diversão sadia, parte mais querida do meu baú de memórias. Daí, os salões onde reinava. Porque a festa sem o Mito não tinha status.

A marca do homem

Peguei carona em sua onda natureba  na Baia de Ilha Grande. Bela troca: mapear 365 ilhas paradisíacas  no lugar de caras e bocas. Com Zezinho e ótima companhia navegamos, nas últimas três décadas, pela paradisíaca Angra dos Reis. Sem esquecer Miami e Bahamas, outras de suas praias. No início, dormindo na própria lancha, em portos seguros e alegres, testemunhei os novos anseios desta grande figura humana.

Pelos aeroportos da Terra, espalhando bom humor e alegria de viver, mais um capítulo da dupla atômica, José Afonso e PN. Foto: arquivo pessoal

Curtas & Finas

*Cúmplice esporádico, vi sua bela casa ser erguida, para depois ser compartilhada com demais amigos, correligionários e fãs que também atracaram na área.

Clemente Faria, Hugo Laborne, Paula e Jonas Barcellos, Antônio Claudio Resende, e Regina Rique, ela, a mineira mais carioca do mundo.

A mesma Regina que fez de seu deque, na praia da Mombaça,  ponto de confraternização  entre cariocas e mineiros.

Na esteira das ondas de Angra, Marco Antônio Almeida,  Sheila e Walfrido dos Mares Guia. Que nos desmintam Ivo Pitanguy,  Lú e Boni de Oliveira.

Era o auge da Ilha do Arroz, Ilha de Caras, etc. Angra era uma festa, dia, noite, madrugada e José Afonso em todas.

Sempre distribuindo alegria e champagne. Obrigado caro Zé por essa lição de vida e a oportunidade de conviver com um Líder por natureza.

Hora de trabalhar, trabalhar, o entrevistador PN e o empresário José Afonso. Foto: arquivo pessoal

Para terminar, lembro uma música de Leo Jaime, “A Vida Não Presta”, onde o gozador; lamentava-se:

“Você vai de carro pra escola, e eu só vou a pé. Você tem amigos à beça e eu só tenho o Zé…”.

Leo Jaime não conhece Zé Afonso. Caso contrário, ele saberia que, tendo Zé como amigo, não precisamos ter amigos à beça.

Felizmente e por sorte, tenho o Zé e juntos, amigos à beça, para mais 90 anos de “Dolce Vita” e esperança.

Porque já nos ensinou o saudoso Zózimo Barrozo do Amaral: “Enquanto houver Champagne, há esperança”.