Paulo Navarro | domingo, 24 de abril de 2022

Cidade moribunda

Dia 12, recebemos, do amigo, leitor e grande advogado, Fábio Antônio Tavares, em São Paulo, comentário sobre um eterno tema desta coluna. Tema que, aqui, tem as características de alguém que prega no deserto, para areias, sem oásis. Fala Tavares: “A cidade (BH) migrar para o Belvedere é um absurdo. Vão destruir o que resta de natureza por lá”.

Cidade agonizante

“Já abandonaram o Centro, agora a Savassi e Lourdes. Vejamos! Por mais que núcleos surjam fora do miolo da cidade de São Paulo; Jardins, Pinheiros, Moema, Higienópolis e outros bairros centrais não perdem a vida, não perdem o charme. As coisas em BH são predatórias demais, políticas do famoso e nefasto arrasa quarteirão”.

Cidade perdida

“E o miolo de BH, com suas ruas, arquitetura, arborização e ângulos é a coisa mais linda que a cidade tem.  São Paulo perdeu o centro para o abandono, hoje luta para recuperar. Agora, o Belvedere deveria ser tratado como uma Nova Pampulha, não como novo Lourdes, nova Savassi, e virar ponto comercial! Parabéns pelo excelente assunto trazido pela coluna”.

Cidades perdidas

Infelizmente BH não está sozinha na destruição e no desperdício de sua história e arquitetura. O interior também e principalmente porque é bem mais histórico que a capital. Um recente exemplo. Dia 14, nossa amiga Adrienne Rabelo, que mora em Belo Horizonte, escreveu, no Facebook, sobre sua cidade natal, Nepomuceno: “Que triste ver construir um supermercado na praça principal da cidade”. 

Cidades açoitadas

“Ao lado, casas que foram restauradas com tanto cuidado e bom gosto e que fazem parte da nossa história. Um lugar que deveria ser um espaço cultural para a cidade. Por falta de noção vão descaracterizar uma praça referência. Precisamos tomar consciência, valorizar e preservar a história que vem sendo colocada abaixo como o antigo casarão maravilhoso que ali existia”.

Cidades humilhadas

“Agora estão transformando um local, que sempre foi voltado ao entretenimento, em área comercial. Local que será tomado por caminhões de transporte de mercadoria, tirando a paz de uma pracinha que faz parte da história de cada um. É triste ver a falta de cultura passando por cima de tudo”. Realmente lamentável, logo esta semana, quando tanto elogiamos os festivais da mesma Nepomuceno. Isso, sem os shows sertanejos, claro. Minas combina mais com música de verdade: barroca, pop ou do Clube da Esquina.

À moda antiga

Para fãs de Charles Chaplin, rara oportunidade de apreciar um de seus clássicos, “O Garoto”, o primeiro longa-metragem daquele que se tornaria o rei do cinema mudo. O filme completou 100 anos e ganha homenagem da Orquestra Ouro Preto com a exibição do filme e a execução ao vivo da trilha sonora, hoje, às 11h, no Grande Teatro do Sesc Palladium, pela série Domingos Clássicos. Ingressos estão à venda no Sympla.

À moda clássica

Inspirado na infância do próprio Chaplin, o filme comove há gerações, abordando a desigualdade social, o abandono das crianças menos favorecidas e os tabus enfrentados pelas mães solteiras. Chaplin não apenas atuou e dirigiu “O Garoto” como também compôs parte da trilha sonora que ganhará as cores e nuances da Orquestra Ouro Preto sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo. No Cinema Mudo, óbvio, o único som era o da música, ao vivo. Túnel do Tempo.

Verde no vermelho

Para Ricardo Guedes, da Sensus, a crise ecológica aproxima-se rapidamente. A Terra consome mais do que deveria. Segundo a organização “Over Shoot Day”, em 2021, o dia de “overshoot”, quando a terra ultrapassou os limites anuais de uso de seus recursos, foi o 29 de julho. Estamos tomando recursos emprestados do futuro, sem dinheiro para pagar a conta do principal e com juros. A cada ano, o dia de “overshoot” antecipa-se mais. Não é uma boa equação.

Lança Perfume

*Um dos eventos mais aguardados da Moda, o desfile da Skazi, aconteceu dia 18, em Belo Horizonte.

Sua irmã paulistana, a Tufi Duek, também marcou presença, fazendo sua estreia nas passarelas nesse novo momento.

Ao som de Lulu Santos, a Skazi se inspirou na exuberância botânica, com peças bordadas e aplicações em estilo Glam Rock do final da década de 70 e início da 80.

A Tufi Duek usou a “art decó” e “nouveau” dos anos 20 para uma coleção cheia de brilhos, franjas e claro, muita alfaiataria.

Na passarela, as tops Carol Trentini, Isabeli Fontana, Gianne Albertoni e Erika Monducci.

N fila A, Thássia Naves, Silvia Braz, Juju Norremose, Duda Reis, Mônica Salgado, Isa Temoteo, Jordanna Maia, entre outras.

*A primeira grande celebração rock, desde a pandemia, o Prime Rock Brasil – BH, dia 16 de julho, no Mineirão.

O festival vai agitar com Capital Inicial, Titãs, Paula Toller e Nando Reis.

Humberto Gessinger, Biquíni Cavadão, Paulo Ricardo e Dado Villa-Lobos & Marcelo Bonfá. A pré-venda de ingressos está no site www.meep.com.br .

*Dados da AG Immigration: número cada vez maior de brasileiros busca oportunidades nos EUA, incluindo artistas e celebridades.

Com 11,3 milhões de vagas – e um desemprego de apenas 3,6% – o país não encontra mão de obra americana para preencher estes postos de trabalho.

A solução: contratar profissionais estrangeiros, especialmente do Brasil.

O Brasil está entre os oito países que mais solicitam e recebem o “Green Card” – documento que garante o direito de morar, trabalhar e viajar permanentemente nos EUA.

Além disso, também é o oitavo com mais aprovações de vistos H-1B - voltado a profissionais altamente especializados, como engenheiros, químicos, biólogos, arquitetos e programadores.

Quem faz e acontece passa por aqui

Ecos da cinematográfica produção  do casamento de Gustavo e Nicole, na Ilha do Arroz, Angra, com a bela Valéria Calonge, mãe coruja do noivo, ao lado do arquiteto baiano David Bastos. Foto: Arquivo Pessoal

Na mesma inolvidável data, os privilegiados Mônica e João Francisco Figueiro. Foto: Arquivo Pessoal

Mais dois seletos convidados do casamento do ano, na Ilha do Arroz, Ana Maria e José Maria Figueiro. Foto: Arquivo Pessoal