Mafuz: Fazendo e acontecendo

Fernando Mafuz é empresário e empreendedor. Resolveu trocar uma bem sucedida carreira no setor de eletrodomésticos para apostar nas noivas mineiras. Arrependimento? Nenhum. Sua LaVita é um sucesso total. E ele não pretende parar por aí.

O que te levou a apostar no segmento de noivas a ponto de largar seus negócios no setor de eletrodomésticos?
Minha esposa, Livia Mafuz, já tinha know how no segmento noivas e, por isso, decidimos abrir a LaVita. Além disso, fui obrigado a morar em São Paulo entre 2014 e 2015, longe da família e de minha filha, que tinha acabado de nascer. A crise no setor de eletrodomésticos atrapalhou um pouco também.

A entrada da LaVita no mercado veio preencher uma lacuna por aqui?
Com certeza, fomos os pioneiros em trazer grifes internacionais com produção de vestidos artesanais.

Qual diferencial carimba a marca de vocês?
Além dos modelos europeus, montamos uma loja moderna, pensada em todos os detalhes. A modelagem dos vestidos artesanais faz toda diferença, somados a matéria prima como rendas e tecidos difíceis de encontrar por aqui.

O que viram e trouxeram de lá?
Trouxemos as principais grifes que estampam as capas de revistas como Vogue na Europa, onde fechamos contratos de exclusividade como; Raimon Bundó, Jesus Peiró, Olvis, Rosa Clará, La Sposa entre outras.

Por que a identificação da mulher mineira com estilo europeu?
As mineiras são muito exigentes e elegantes, o que casa exatamente com a proposta dos vestidos artesanais confeccionados pelos europeus, que tem como diferencial a modelagem e, principalmente, o acabamento que são impecáveis.

Passa por moda?

Sim, inclusive a LaVita foi primeira loja a trazer modelos específicos para casamentos em praia e campo, o que hoje se tornou uma moda. Atualmente já mudou até as cores, onde o branco foi deixado de lado, para os atuais off white e nude.

Mães e madrinhas vieram na esteira desta onda?
Sim, como as mães normalmente acompanham as noivas na compra do vestido, sempre fomos questionados porque não atendê-las. Então, visando uma forma de aumentar nosso leque de clientes, trouxemos para elas as mesmas grifes de noivas como Rosa Clará e Pronovias. Agora, atendemos não só as noivas, mas a família. Estamos de olho também nas debutantes e formandas, que é um grande mercado a ser explorado.

E os estilistas brasileiros? Não fazem bonito por aqui?

Os estilistas brasileiros são muito talentosos. Enxergamos todos como artistas, porém a diferença está na dificuldade que passam para obterem matéria prima a altura de seus desenhos.

Euro e dólar em alta não são dificultadores do mercado de importação de vocês? Não há crise?
A oscilação da moeda não nos afeta tanto. Às vezes é até um aliado, pois consideramos que nosso maior concorrente, está fora do Brasil, de onde algumas noivas costumam trazer seus vestidos. Com alta das moedas estrangeiras, o numero de viagens cai e consequentemente reduz esta possibilidade.