Independência ou sorte

Nos 20 anos da Consulper, organizado pela cerimonialista Delane Arruda, a funcionária homenageada Cleia Márcia Figueiredo, o diretor Franklin Higino Caldeira, a presidente Lilian Prado Caldeira, a funcionária homenageada Kelen Thamisa Corrêa, o diretor Márcio Luiz Correa Filho e o funcionário homenageado Jonathan Paulino SilvaFoto: Diego Souza da Souza Vídeo

Independência ou sorte 
4 de julho, Independência dos Estados Unidos. 14 de Julho, Queda da Bastilha na França. 7 de setembro, Independência do Brasil. Datas nacionais e nomes de nações. Só isso. Os Estados Unidos realmente livraram-se da Inglaterra e, depois da Segunda Gerra Mundial, do mundo inteiro. A força da grana empossou os Estados Unidos como xerife do planeta. A Queda da Bastilha, no fundo, foi pra inglês ver.

Sorte ou morte 
E o 7 de Setembro para o Brasil? O que significou? Aqui não é lugar para contar e muito menos analisar História. Mas, há controvérsias nesta questão. Independência e Brasil até hoje não rimaram. No sentindo histórico e político, a independência de um país o livraria da opressão.

Morte anunciada
Livraria da opressão, exploração, escravidão; das injustiças e de outras vergonhas impostas pelos "descobridores" ou invasores. Mas, quem, em sã consciência, poderia jurar que desde 1822 somos um país livre e independente? Um país rico, justo e promissor, dono de seu futuro?

Morte viciosa 
"Livramo-nos do mal de Portugal", mas e daí? Livramo-nos mesmo? Do que, por que e como? Fazemos piadas sobre portugueses como burros, mas, no século 21, quem é o idiota no final da história? Quem são os bobos ou parvos? Quando éramos colônia de Portugal era muito fácil justificar nosso atraso, nossa estagnação, penúria. E hoje? O que é o Brasil, o que deixou de ser, quase 200 anos depois de nossa independência de plástico? Hoje, somos escravos e dependentes de nossas mazelas, de nós mesmos.

O arquiteto Chico Vartulli entre as empresarias Lígia Azevedo e Patricia Hall, no badalado brunch da Urban Arts em Ipanema.Foto: Ari Kaye

Curtas & Finas

* Finalizando o tema 7 de Setembro, uma frase pertinente, feliz e cruel de Millôr Fernandes (1923-2012): "Um país descoberto por acaso, corre o risco de acabar do mesmo jeito".

"Por acaso", mesmo não sendo tão verdade, explica muita coisa.

Uma independência conquistada "por preguiça, desleixo; falta de opção, do que fazer, interesse; feita nas coxas e com diarreia", dá no que deu, no que está dando e acabando.

A única coisa que sobrou, antes que o politicamente correto e as leis proibam conversas de botequim é o humor: "Acho que neste feriado vou sacar meus 20 reais e ir pra praia".

Ou: "Procuro amizade sincera, sem interesse algum, com pessoas que tem casa na praia".

* No Boulevard Shopping, a Síndrome de Down com a exposição “47 cromossomos e 1000 possibilidades”.

Para desmistificá-la, a mostra da fotógrafa Cecília Schirmer fica até dia 17 e tem entrada gratuita.