Domingo, 27 de abril de 2025


A família Jardim, Henrique, Lígia, Gabriel e Fabiano, esquecendo o verde do Brasil e curtindo as delícias do esqui na neve dos Alpes Franceses. Foto: Arquivo Pessoal

O doce continua

Em janeiro, publicamos na coluna “Dolce Vita” aqui em O TEMPO, relato de uma leitora sobre a temporada na estação de esqui, “Club Med Tignes Val Claret”, na França. Em tom de brincadeira, ela questionava a situação econômica do Brasil: “Crise? Onde está a crise? Talvez no quintal do Club Med”. Referia-se ao grande número de brasileiros na temporada francesa.

A vida continua

Segundo a leitora, dos 850 hóspedes, 750 eram brasileiros e, para bem atendê-los, grande parte da equipe da estação falava fluentemente o português (de Portugal). Testemunho que rima com o do casal Lígia e Fabiano Jardim e de seus filhos, Henrique e Gabriel, agora, no auge da temporada nos Alpes Franceses, mais precisamente no “Club Med Alpe d'Huez”, onde, dos mil hóspedes da estação, com infraestrutura top, 500 eram brasileiros.

A doce vida

“Nas filas dos restaurantes do hotel só se ouvia português”, nos relata Lígia Jardim, salientando que, enquanto janeiro é o mês predileto dos brasileiros devido às nossas férias, os europeus preferem fevereiro, por causa dos feriados prolongados. Neste contexto, sugere: a época mais tranquila para esquiar é março: ainda há muita neve e poucas filas.

A vida viva

Excelente programa para a família! O esquema do Club Med é opção prática, tem tudo incluído e com o melhor custo benefício. Para a arquiteta Lígia, que sempre esquia com a família, a opção França/Club Med, se sobrepõe às ofertas americanas com suas super infraestruturas e excelentes pistas: “são bem mais caras e têm excesso em vendas do passe de esquiar, que acaba gerando a necessidade do teleférico, o que gera filas gigantescas”.

A vida dos outros

Finalizando as dicas, Ligia acentua: “na França ainda temos o charme das vilas e a maravilhosa gastronomia, o que não acontece nos EUA. Sobre outras estações nos Alpes Franceses, vale ressaltar a envergadura de Courchevel, ninho de abonados europeus e pouco conhecida por brasileiros. Mais em conta, Megève também se destaca por seu charme.

A vida em detalhes

Como relatamos em janeiro, sobre as estações francesas, Courchevel, para os muito ricos; Tignes e Val d'Isère pelo custo benefício e Megève, pouco frequentada por brasileiros, mas muito charmosa. Megève é “A” elegância, desde 1920, quando foi transformada em estação de esqui, pela baronesa de Rothschild. São mais de 300 quilômetros de pistas para todos os níveis, com paisagens deslumbrantes e atmosfera de vilarejo.

A vida em rosa

Tem três restaurantes no Guia Michelin, vibrante vida noturna , muitas lojas de luxo e opções de hospedagem de alto padrão, como chalés alpinos e hotéis de luxo. Já Tignes, com Val d’Isère, possui quilômetros de pistas. A primeira é conhecida por suas condições de neve excepcionais, graças à altitude, com algumas pistas a mais de 2.500 metros. Tignes oferece uma variedade de pistas para iniciantes e esquiadores avançados e duas geleiras que permitem esquiar no verão.

A vida em branco

A estação é especialmente popular entre esquiadores profissionais, pelas pistas íngremes, como a “Face de Bellevarde”, utilizada em competições olímpicas em Val d’Isère, com pistas para todos os níveis de habilidade; snowparks para snowboard e pistas para experts. A vida, depois do esqui, é uma das mais animadas dos Alpes franceses, com ótimos bares e restaurantes.

Canto e Piano

Ouro Preto será novamente altar da grande arte. De 1º a 3 de maio, o “4º Festival Piano & Canto”, de Paulo Rogério Lage, na Saramenha Artes e Ofícios. Residências artísticas, apresentações musicais, lançamento de documentário e rodas de conversa sobre a cultura do Nordeste no país.

Piano e virtuosismo

A abertura traz um sinônimo da música erudita brasileira: a pianista Maria Teresa Madeira. Mestre em Música pela UFRJ e com sólida trajetória internacional, passando pela Sinfônica Brasileira, Petrobras Sinfônica, Cedar Rapids Symphony e Banda Sinfônica da Cidade de Córdoba (Argentina). Maria Teresa conduz a Residência Artística de Piano por três dias.


No “4º Festival Piano & Canto”, em Ouro Preto, a pianista Maria Teresa Madeira. Foto: Sérgio Raphaël


O idealizador do festival, Paulo Rogério e Miguel Dantas Suassuna, também na programação, com o projeto “Histórias Nordestinas". Foto: Miguel Aun

Curtas & Finas

*Ainda sobre o “4º Festival Piano & Canto”. Dez alunos foram selecionados para a experiência, baseada em critérios como domínio técnico, interpretação e repertório.

As aulas acontecem em ambiente que privilegia a troca de conhecimentos e o desenvolvimento artístico individual.

Além da programação musical, um mergulho nas raízes da cultura popular do Nordeste, abrindo espaço para discussões históricas e estreias audiovisuais.

Uma das atrações é o projeto “Histórias Nordestinas”, concebido por Paulo Rogério e por Manuel Dantas Suassuna - filho do escritor Ariano Suassuna - com participação do pesquisador Valdir Nogueira.

Em pauta, momentos importantes da história do país como o episódio da Pedra do Reino, palco de um movimento messiânico inspirado no sebastianismo português.

Canudos, comunidade criada por Antônio Conselheiro que desencadeou no famoso conflito entre seus habitantes e o exército.

E claro, o Cangaço, movimento cujo personagem mais conhecido foi Lampião, no sertão nordestino.

*Vem aí o “7º Congresso Brasileiro de Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPNs” que vai reunir RPPNistas de todo o Brasil. 

Esta é a primeira vez que a capital mineira será palco do evento que ocorre nos dias 22 e 23 de julho, no Minas Tênis Clube 1.

Com o tema “As RPPNs no contexto da crise climática e da perda de biodiversidade”, o congresso é um marco na mobilização pela conservação da biodiversidade em áreas privadas.

E também pela preservação do patrimônio natural, além de ser um espaço rico em aprendizado, troca de experiências e construção de alianças estratégicas.