Paulo Navarro | Entrevista com o cirurgião plástico Henrique Freitas

Entrevista com o cirurgião plástico Henrique Freitas. Foto: Agência Salt

Guerra e Paz

Paz e harmonia. Harmonia estética. Nosso convidado de hoje é o cirurgião plástico, Henrique Freitas que, como o famoso espião da literatura e do cinema, acaba de voltar do Frio. O frio da Rússia. A Rússia envolvida em mais uma guerra. Mas, como já adiantamos, Henrique Freitas foi em “missão de paz”. Não como naquele antigo seriado dos anos 60, “Guerra, Sombra e Água Fresca”, mas como participante do Congresso Russo de Cirurgia Plástica, o maior evento daquela parte do mundo, reunindo 2 mil cirurgiões, de mais de 37 países. E Henrique Freitas não ficou na plateia. Pelo contrário, ele deu aula, fez escola, com seu Método L Science e realizou até mesmo uma cirurgia ao vivo. A seguir ele aborda vários temas sobre sua especialidade e repete o que há muito, não é uma novidade: “o Brasil realmente é um espelho para o mundo da cirurgia plástica”. Na Ucrânia ou em Israel, ele não tem planos, em 2024, mas todo o Brasil, Colômbia e outros países podem esperar em pé.

Henrique, recentemente, você voltou da Rússia. Gostou ou já conhecia? 

Não conhecia. Fiquei impressionado com toda a recepção que tive. Participei de dois grandes eventos de cirurgia plástica e, durante todo momento, conheci pessoas muito interessadas e muito felizes por poder conhecer um pouco sobre a capacidade brasileira no universo das mamoplastias.

Em Moscou, viu ou sentiu um clima de guerra? Como estão os moscovitas? 

A cidade e os moradores não estão vivendo o clima da guerra. Apesar de tudo o que está acontecendo, eles sempre tentam passar uma mensagem positiva e de cuidado com todos. Me pareceu que a guerra envolve apenas o contexto político, mas sem envolvimento da população.

Mas você não foi fazer turismo, certo? 

Apesar de ser uma cidade linda, de arquitetura e paisagem impressionantes, meu objetivo era mostrar para aqueles profissionais o melhor e o mais atual sobre a cirurgia plástica das mamas. Participei de dois grandes eventos, em que ministrei algumas aulas e fiz até uma cirurgia ao vivo! Foi um momento único! Muito feliz por representar o Brasil em um evento desse nível.

Quem e quantos cirurgiões participaram do congresso? Médicos do mundo inteiro? 

O Congresso Russo de Cirurgia Plástica é o maior evento daquela parte do mundo. Ele aproxima todas as nações da antiga União Soviética e outros da região. Mais de 2 mil cirurgiões, de mais de 37 países faziam parte do evento.

O que é o Método L Science, criado por você? 

O nosso método é resultado de uma padronização de tratamento para mamoplastias. Ele tem como principal objetivo trazer os melhores resultados com cicatrizes reduzidas e rápida recuperação. Isso tudo passou por estudos que envolvem a cirurgia plástica e contou com a colaboração de um engenheiro para os cálculos exatos. Hoje, já realizamos mais de 1 mil cirurgias e treinamos 100 cirurgiões entre brasileiros, peruanos, bolivianos, colombianos e agora os russos. Todos eles já estão habilitados para aplicar essa técnica.

Esse foi o tema de sua “masterclass” e da cirurgia ao vivo? 

Exatamente! Falamos sobre a associação de táticas cirúrgicas para promover melhores e mais duradouros resultados com as menores cicatrizes

Foi como você esperava? Como “estar num filme”? 

Foi mais do que eu esperava. Como disse aos cirurgiões renomados que conheci: esperava poder mostrar o nosso tratamento e representar o Brasil. Porém, foi muito mais! Foi um reconhecimento, um conhecimento mútuo, amizades novas e por fim, perceber que o Brasil realmente é um espelho para o mundo da cirurgia plástica.

Como foi a recepção dos colegas? 

No início, foi estranho para eles e para mim. Mas aos poucos, fomos nos entendendo. Após a cirurgia realizada ao vivo, tudo ficou claro! Queremos o mesmo! O melhor para as nossas pacientes e para nossa profissão! Muitos contatos e trocas de experiências!

O “Congresso Nacional de Cirurgia Plástica, Medicina Estética e Cosmetologia da Rússia” mostra que o país é uma potência na área, como Estados Unidos e Brasil? 

A Rússia é uma potência que deseja aprender conosco. Mas com toda questão política pode ter atrapalhado um pouco nessa evolução.

Qual o próximo congresso ou a próxima viagem? 

Entro em 2024 muito animado! Acredito que cada vez mais poderei ajudar minhas pacientes a se sentirem felizes, seguras e realizadas. Por isso, vários eventos já estão sendo organizados no Brasil, na Colômbia e em outros países.