Paulo Navarro | sábado, 5 de janeiro de 2019
Foto anexo: Roberto Staino/Divulgação
Qualidades da Vida
Nosso primeiro entrevistado do ano é Roberto Santoro, presidente do Grupo Pardini. É o segundo maior grupo de medicina diagnóstica do país em volume de exames e o terceiro em faturamento. Estrategicamente, tem um dos maiores portfólios de testes especializados no Brasil. Mesmo assim, Santoro mantém um imenso desafio para que o Grupo Pardini continue sendo uma empresa de referência.
Roberto, o sucesso do Grupo Pardini...
É resultado de uma obra coletiva, construída há quase 60 anos e inspirada pelo nosso fundador, Dr. Hermes Pardini, e sua família. Com as melhores práticas de gestão, além de um alto grau de engajamento com foco na necessidade e experiência do cliente. Isto nos orgulha muito e nos motiva.
A abertura de capital fez parte?
Ela foi resultado do bem-sucedido processo de governança corporativa, o que proporcionou maior envergadura à empresa, exigindo de nós as melhores práticas de governança e compliance aplicáveis ao segmento do novo mercado da B3.
Essa nova página não afastou a participação da família?
Há 10 anos, a família participa das decisões estratégicas por meio do Conselho de Administração, estimulando o crescimento e as práticas de gestão.
Qual o norte de sua gestão?
Diariamente levamos, a quase dois mil municípios, em todo o Brasil, a melhor medicina diagnóstica. O desafio é manter o crescimento e a inovação.
E os 60 anos do grupo, em 2019?
Uma homenagem e uma celebração à história, a partir de seu fundador, e a renovação do compromisso com a inovação e qualidade.
Novos projetos e investimentos no núcleo técnico-operacional, certo?
Próximo ao Aeroporto de Confins está nosso NAL – Núcleo de Automação Laboratorial, o maior centro de análise de exames da América Latina. Em 2019, teremos o marco do Projeto Enterprise, com o que há de mais moderno. Será a maior planta produtiva do mundo, com capacidade para até 160 milhões de exames por ano.
Medicina personalizada, qualidade de vida?
É nossa prioridade. Ainda estruturamos uma nova unidade de negócios dedicada à medicina personalizada, reunindo a expertise em oncologia, cardiologia, neurologia, doenças raras e erros inatos ao metabolismo.
Passa pela democratização ao acesso a exames laboratoriais mais complexos?
Exatamente. Conseguimos oferecer exames de alta complexidade. Estamos nos grandes centros urbanos, mas também em tribos indígenas na região Norte. É isso que nos motiva, diariamente.
Como se posicionam com relação a concorrência?
É natural, mas estamos muito seguros da nossa entrega de valor. Em Minas, investimos fortemente na agilidade do atendimento, com o uso da tecnologia, além do acolhimento e envolvimento com a comunidade, como o programa Meu Vizinho Pardini.
E os investidores?
Com pouco mais de um ano na bolsa de valores, fomos escolhidos como a segunda empresa do mercado de saúde que melhor se relaciona com investidores no mundo. Motivo de orgulho.