Sábado, 1 de junho de 2024


Janaína Pacheco, que não precisa de nenhuma reforma. Foto: Edy Fernandes

Sonho possível

Nossos desejos, disfarçados de ferrinho de dentista, ladainha, profecia, teimosia, torcida, sugestão e súplica, parecem estar acontecendo. O Centro de BH vai, lentamente, recuperando seu glamour. Vem aí Afonso Pena 1050, reconfigurado e reintegrado à paisagem urbana. 

Sonho concreto

O antigo Othon Palace, receberá novo conceito de ocupação, sintonizado com o futuro. Quem passa em frente nota algo de diferente na fachada, que já revela algumas pistas de como será seu futuro. A imponente construção, parte da história da capital mineira, se prepara para uma nova identidade.

Sonho de aço

Um dos projetos de ocupação mais interessantes e inclusivos da cidade. Ufa! Até que enfim! E como ele, há mil outros. Um empreendimento desenvolvido a partir de extenso processo de estudo e pesquisas, levando em consideração as necessidades dos tempos e das pessoas nas grandes cidades. 

Sonho de vidro

Reorganização urbana, revitalizando os centros de metrópoles, atacados por contornos comerciais nos últimos anos, permitindo agora uma reocupação de forma ordenada. Palmas para quem pensou; para a Play Arquitetura e Ar.Lo Arquitetos, respeitando, valorizando e respeitando a história do prédio rico e abandonado.

Sonho inquebrável

Respeito sua conexão com a cidade, moradores e visitantes. O projeto considera a vocação primordial do prédio, que sempre foi a hospitalidade. Construído em 1978, o projeto é assinado por Raul de Lagos Cirne, em 295 habitações. Ao longo de 40 anos, foi forte referência no setor hoteleiro em Minas, recebendo inúmeros hóspedes ilustres.


Júlia Gonçalves, que não precisa de nenhum tipo de restauração. Foto: Edy Fernandes

Sonho e sono

Para ganhar a identidade e refletir o novo conceito, o prédio passará por um completo “retrofit”, processo que restaura prédios antigos de forma a preservar a arquitetura original, adequando-o à legislação. A adaptação da estrutura inclui a remodelação das partes internas, além da recuperação de peças icônicas do mobiliário.

Sono tranquilo

Terá uso misto, com diferentes modalidades de ocupação. Dos 19 pavimentos, com quartos de hotel, alguns se transformarão em apartamentos de um, dois e três quartos; outros em “flats”. O restante será mantido como quartos de hotel. Além disso, nas áreas comuns, abertas ao público: bar, café, restaurante, coworking, espaços para eventos, rooftop com piscina, etc. 

Sono leve

A ideia é oferecer uma vida mais leve e conectada com o futuro. “O futuro das cidades passa pelo aproveitamento cuidadoso e humano de ruas, avenidas, praças, parques e edifícios públicos, bem como dos edifícios e casas privadas. Parto do princípio que o melhor lugar para se viver é aquele onde a vida privada, a vida social e pública se misturam e se autoalimentam”.

Sono de sonhos

“E isto nas áreas mais adensadas, como o centro e bairros consolidados, onde há uma maior diversidade humana e social. E devemos considerar um outro fator que consolida um bom desenvolvimento urbano: o equilíbrio entre modernização e conservação; a importância da memória como criadora de laços simbólicos e de cidadania”, afirma Marcelo Alvarenga, da Play Arquitetura.


Victória Pena, muito longe de uma desnecessária reconfiguração. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

*Continua Alvarenga: “Ações e empreendimentos voltados à preservação, conservação e revitalização”.

“Ações conscientes de que um bom futuro se constrói com respeito ao existente e ao passado. Este projeto leva tudo isso em consideração”. 

Um dos destaques será o Parque Municipal, linda vista de qualquer uma das janelas.

Internamente, o paisagismo também será um elemento bastante presente.

“Um grande desafio foi criar uma distribuição equilibrada e atrativa de seus usos, tirando o máximo proveito do potencial dos pavimentos”.

“Tanto os destinados ao uso residencial, de hotelaria e áreas comerciais”.

Um edifício de uso misto, precisa dar vida continuada e longa a todos os seus espaços. O diferencial deste projeto é também seu maior desafio”, destaca Alvarenga.

As obras começam após aprovação do projeto e trâmites legais e ficará pronto em um ano.