Sábado, 1 de fevereiro de 2025
Presenciais ou remotas, tanto faz, para Ana Luiza Faria e Juliana Saava. Foto: Edy Fernandes
Remoto mais remoto
Na Forbes, Mariana Krunfli pergunta: “Por Que 2025 Pode Ser o Ano do Fim do Trabalho Remoto?”. Porque profissionais juram que trabalhar em casa melhorou suas vidas, mas estudos mostram que vagas remotas podem estar em extinção. Incoerência? Sim, mas pelo jeito tem mais.
Remoto e perfeito
O home office, ou trabalhar em casa, tem muitas vantagens, mesmo não sendo mais obrigatório, como durante a pandemia: conforto, “liberdade” em tudo e claro, a economia de tempo: quem trabalha em casa não perde tempo, muito tempo, se deslocando, às vezes de horas, de casa ao local de trabalho. E mais!
Remoto e flexível
Mas, penetremos em Krunfli. Trabalhar em casa, ou da China, transformou o mundo do trabalho. Cerca de 94% acreditam que o trabalho remoto melhorou suas vidas. Mas, este trabalho parece estar no fim. “A maioria das empresas híbridas vai reduzir essa prática”, diz Sylvia Hartmann, CEO e fundadora da “Remota”, especializada em trabalho híbrido e remoto.
Remoto e anormal
A Amazon quer os funcionários no escritório. Desde a pandemia, mais de 90% das organizações no Brasil adotaram modelos híbridos. 51% das organizações operam presencialmente, enquanto 45% adotam o formato híbrido. “Se, no início de 2024, o híbrido era considerado o ‘novo normal’, hoje o futuro do trabalho ainda está em debate.
Remoto e saudoso
Mastodontes como Amazon, AT&T e JPMorgan estão exigindo que seus funcionários retornem ao escritório. Líderes que defendem o fim do remoto, como o CEO do JPMorgan, executivos da Amazon e o bilionário Elon Musk, afirmam que o modelo prejudica a colaboração e a inovação.
Remoto e isolado
Para o CEO da AWS, Matt Garman, é retorno ao escritório ou “rua”! “Quando queremos realmente inovar em produtos interessantes, eu ainda não vi a capacidade de fazer isso sem estarmos presencialmente”, disse. Mas, a qualidade e a produtividade no home office foram consideradas iguais ou superiores presencial para 88% e 91% dos participantes.
De preferência, bem presencial, como um colírio, Camila Vilela. Foto: Edy Fernandes
Remoto e injustiçado
Trabalhar de bermuda, fazer uma pausa “café ou geladeira”, almoçar, pensar, lavar louça ou roupas funcionam como acender um cigarro, isso, quando podíamos fumar no trabalho. Quem sabe, até mesmo, dar uma parada para um descanso!
Remoto e incompreendido
No Brasil, um 54% dos profissionais que trabalham presencialmente gostariam de migrar para o modelo híbrido ou remoto. “É descasamento: enquanto as organizações buscam modelos mais presenciais, os funcionários valorizam o trabalho remoto”, acrescenta uma especialista.
Remoto e perseguido
Para muitos, a flexibilidade é tão ou mais importante que a remuneração. O modelo híbrido é considerado mais eficiente para 59% dos líderes de RH, seguido pelo presencial (35%). Algumas empresas, ainda operam de forma 100% remota. Mas profissionais que buscam essas oportunidades podem enfrentar desafios.
Maikylane Sodré também merece presença e proximidade. Foto: Edy Fernandes
Lança-Perfume
*Pela plataforma Gupy, em agosto de 2024, a proporção de vagas para trabalho remoto foi apenas 1,4% superior à média de 2019.
As contratações seguiram a mesma tendência, apresentando um crescimento de apenas 1,9% em comparação com o período pré-pandêmico.
Até junho de 2024, do total de vagas na plataforma de empregos, 7% eram híbridas, 5% remotas e 87,2% presenciais.
As contratações em modelo presencial apresentaram crescimento no último ano, saltando de 55,4 mil em abril de 2023 para 87,1 mil no mesmo mês de 2024.
Em nossa humilde opinião, a única coisa que deveria ser cobrada é resultado.
Em casa, ou na empresa, o fundamental é trabalhar bem, dar conta do recado.
A pandemia provou que, se muita gente sentiu falta do lado social e sofreu com a “prisão domiciliar”, o mundo não parou e até produziu mais e melhor.
Realmente, como na pandemia, as pessoas fingem que o “novo” chegou, mas passado o perigo, nossa “dor é perceber.
que apesar de termos feito tudo o que fizemos”.
Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais e nossos patrões ainda são os mesmos.