O BBB da Rita

Marcella Jacob - (Edy Fernandes)

Gabriela Dorleto - (Edy Fernandes)

O BBB da Rita
Ao completar 70 anos, no dia mais ingrato para aniversariar, 31 de dezembro, do finado 2017, Rita Lee mostrou que continua irreverente. Riu dela mesma: "se for para cantar sentadinha, como uma múmia, prefiro ficar em casa tricotando". Nunca vimos um múmia sentada em filmes, nem nos museus, mas o bom humor de Rita não envelhece.

A solução de Rita

Há anos, Rita detonou programas idiotas, como o Big Brother Brasil. A sugestão de Rita continua válida, neste ano de eleições. Trancar os candidatos à presidência numa casa, "debatendo, discutindo" seus programas de governo. E sem marqueteiros, assessores ou discursos ensaiados, claro. Toda semana o público vota e elimina um. No final do programa, o vencedor seria eleito presidente.

A solução final
Além de acabar com o insuportável  horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos. Será? Estes caras de pau são atores maravilhosos, mestres da Farsa. A grande vantagem seria o fim das propinas, fundos de campanha e caixa dois. O financiamento seria o repasse do valor dos telefonemas que a casa receberia. Big Babaca Brasil, já! Seria muito divertido ver Bolsonaro X Lula X Collor Se o primeiro resistir; o segundo e o terceiro não estiverem presos, evidentemente, óbvio "uLULAnte"!

Os filhos do quarto
Faço questão de dividir este doce pão com vocês. Uma bela reflexão da psicopedagoga, Cassiana Tardivo. Antes perdíamos filhos nos rios, matos, mares, acidentes, doenças, tragédias "naturais". Hoje perdemos os filhos dentro do quarto! Mesmo quando os ouvíamos, brincando, ao longe, sabíamos o que se passava em suas mentes. Numa época em que não havia uma TV em cada quarto, celulares, tablets, etc.

Os filhos do nada
Hoje as crianças estão fechadas em seus quartos e nunca correram tanto perigo. Nunca desperdiçaram tanta vida. Não existem mais relacionamentos com seus pais e irmãos. Apenas  modismos passageiros, inúteis, vazios. São zumbis, hipnotizados, viciados, cegos para a vida e o mundo. Enquanto há tempo, tire seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido.

Os filhos seus
Compre jogos de mesa, tenha os filhos na sala, ao lado por no mínimo dois dias, além do sábado e domingo. Divirta-se com eles, escute as vozes e os pensamentos deles. E que assim eles aprendam a viver em família. Que falem, ouçam, aprendam, riam e sintam-se pertencentes ao lar para que não precisem dessas brincadeiras egoístas e autistas.

Falta de absurdo
O nojento politicamente correto começa assim. Paladinos do falso moralismo escolhem a vítima. Um jornalista, alguém mais conhecido que a média. Aí, acusam o infeliz que não pode se defender contra denúncias oceânicas e anônimas. Abatem o alvo que é demitido, processado e esquecido. Aí a patrulha parte para outra. Ninguém defende os injustiçados. A turma de justiceiros vai crescendo e fazendo novas vítimas.

Falta de noção
As mais novas são os atores de Hollywood. Claro que há excessos e canalhas que devem ser punidos. O problema é a generalização. O Brasil e o mundo estão chatos. Não se pode brincar, ser informal, alegre. Estupros e violências devem ser combatidos. Mas no mesmo saco, os justos pagam pelos pecadores. Homens, cuidado com os galanteios e paqueras!

Lança Perfume:

* Continuando com a "falta de loção", hoje, para os puritanos, tudo é racismo, tudo é assédio sexual.
E pobres Danuza Leão e Catherine Deneuve que ousam ir contra a corrente.
Coitado de quem gritar basta aos exageros. Acaba indo também para a fogueira das mediocridades.
E depois de Deneuve, outra grande diva do cinema francês, Brigitte Bardot, aumentou o coro dos descontentes.
Descontentes com o puritanismo que os EUA espalham no mundo, como espalhou o nefasto politicamente correto.
Brigitte Bardot criticou atrizes que "provocam" (ou fazem o famoso teste do sofá) para conseguir papel.
Foi em entrevista ao site da revista Paris Match. A ex-atriz e sex symbol disse que as denúncias de assédio sexual feitas por algumas atrizes são, "na maioria dos casos, hipócritas, ridículas, sem interesse, ocupando o lugar de temas importantes".
Aos 83 anos, BB assegura nunca ter sido vítima de assédio sexual: "E eu achava agradável que me dissessem que eu era bonita ou que eu tinha um pescoço bonito. Este tipo de elogio é agradável".
"Há muitas atrizes que vão provocando os produtores para conseguir um papel. Depois, para que se fale delas, dizem que sofreram assédio. Na realidade, mais do que beneficiá-las, isso as prejudica", opinou BB.