Luz e túnel

Paisagem Urbana na Praça da Lagoa Seca: a maratonista crossdresser Larissa Melisseira
Foto: Paulo Navarro

Luz e túnel
Nossa sempre elogiada, BrazilFoundation, desde 2003, arrecada nos EUA e também aqui, muitos dólares e reais. Arrecada para várias e diversas situações, com as vítimas da tragédia de Mariana que, até hoje, passam terríveis ncessidades.

Luz de verdade
Uma recente investida aconteceu esta semana. Foi em Nova York e arrecadou R$ 1.4 milhão. A campanha Abrace O Brasil vai socorrer 100 organizações em todo o Brasil. O BrazilFoundation Gala New York comemorou 15 anos. Reuniu 470 convidados - muitos brasileiros - do mundo empresarial, diplomático, esportivo e artístico.

Luz solidária
A fundação destacou os direitos humanos e homenageou brasileiros que, em vez de subtrair; somam. O ponto alto da noite foi o lançamento da própria Abrace O Brasil. Um show de filantropia. Um lado bom do Brasil.

Dupla e feliz
Domingo, a maratonista crossdresser, Larissa Melisseira (na verdade, o mecânico Max costa), fez a Praça da Lagoa Seca, Belvedere, sorrir. De sainha e sutiã rosa desfilou músculos e resistência. O mais importante: munido somente da coragem despertou simpatia geral e falou de diversidade sem patrocínio da Lei Rouanet.  

A hora do sim
Muita gente não gosta de comer lesma, minhoca, escorpião, formiga. A solução? Não comer. Mas tem gente que adora. Cada um come o que gosta, não é mesmo? O Rock'n'Rio deveria tocar rock, mas teve Ivete Sangalo e Maria Rita? O que fazer? Não ir e ver nem na televisão!

A hora do talvez
Pessoas não lêem autores com quem não se identificam ou acham chatos. Outras não gostam de filmes pornográficos, mas tem gente que ama. A gente não pode fazer apenas o que gosta, mas pode muito bem evitar muitas outras. Tudo isso, para falar da polêmica exposição no banco Santander, QueerMuseu, que talvez venha para Belo Horizonte. Ou não. A Tradicional Família Mineira é mais radical que a gaúcha.

A hora do não
Muita gente criticou e se escandalizou com a mostra. Disseram que era incentivo à pedofilia, que agredia a religião católica, entre outras. Errou todo mundo. Errou o Santander em não advertir o público sobre o conteúdo da exposição. Errou o público que reagiu com violência. Resumo da ópera: não à pedofilia, à homofobia, ao racismo, à intolerância religiosa e também à censura! A censura que começa assim e termina como todo mundo sabe. Ou já esqueceram?

A hora indecente
No mais, como perguntou a saudosa e fatal Hilda Hilst, autora de "A Obscena Senhora D", “O que é obsceno? Ninguém sabe. Obsceno para mim é a miséria, a fome, a crueldade, a nossa época é obscena". Na esteira, escreveu nossa amiga, Cynthia Bernis: "Foi-se o tempo em que as pessoas que queriam aparecer colocavam uma melancia na cabeça".

A hora do direito
E continua: "Hoje em dia elas tiram a roupa e saem por aí gritando, quebrando coisas e provocando tumulto e escândalos. Claro, tudo em nome do politicamente correto, tudo em nome do 'meu' direito 'legítimo' de protestar. Passou do limite! Tá feio e chato. O direito de cada um de nós, em sociedade, não pode invadir o do outro".

Merry bazar
Hoje, sábado, a digital influencer, Mariana Rage e seu Bazar da Mari na Clínica Aprimori Lourdes (Casa de Vidro). A ideia surgiu quando a influenciadora decidiu se desapegar de parte do seu acervo que conta com marcas nacionais e internacionais.