Lama generalizada

Quarteto de belas: Isabel Gamboa Gangl, Helena Bruzzi, Junia Moreira, Fernanda Farah
Foto: Edy Fernandes

Espírito de porco
Acompanhamos, perplexos, a barbárie em Vitória. Uma cidade cujo nome nos remete ao valor daquele que vence, do que quer ser bom no que faz, vem o mau exemplo do povo brasileiro. Também vem de um estado batizado pelo nome de Espírito Santo, a quebra do juramento da Polícia Militar de defender nosso povo. O que se descortinou com a população saqueando lojas e supermercados, matando seus semelhantes, é mais do que uma explosão da selvageria nata de parte da população brasileira. É o caos ético e moral que se encontra nosso país!

Lama generalizada
Episódios desta natureza oportunista não são inéditos.  Por varias vezes já foram documentados saques em caminhões acidentados em nossas estradas. Selvageria aflorada também por várias vezes foram desencadeadas por torcedores de futebol dentro e fora dos estádios. O que diferenciou estes últimos acontecimentos foi o fato de, sem máscaras e medo, o povo mostrou para o que veio: roubar!

Medo contínuo
Cresce na internet o alerta de que o governo federal e políticos estão preocupadíssimos com uma grande mobilização em curso para reunir um milhão de pessoas na Avenida Paulista. Marcada para o dia 26 de março, a convocação lembra que, num clima que antecedeu a revolução francesa, o povo esclarecido clama por justiça e exige a demissão de toda a classe política. É o início da guerra contra a degradação da nação.

Gentileza esquecida
Ainda sobre o caos instaurado no Brasil, o genial colega Alexandre Garcia diz que em países como Alemanha, Itália, Espanha e Chile, a falta de polícia jamais levaria a população à selvageria. E lembra que nestes países, condutores de carrões não jogam ponta de cigarros e demais lixos pela janela: "quando tenho oportunidade, eu os devolvo, dizendo que o senhor esqueceu aqui na rua.”

Mineiras à solta
"Mulheres à beira de um ataque de Nervos"? Não! Seria plágio das personagens de Woody Allen. Frenesi? Sim! Está mais próximo das devotas do ator Jaime Dornan atuando como Christian Grey no filme "50 tons mais escuros". Estreado em Belo Horizonte em meados de janeiro, com sessões especiais e regado a champanhe, o filme, adaptação do segundo livro da trilogia de E.L. James iniciado em Cinquenta Tons de Cinza e dirigido por James Foley, tem levado caravanas de mineiras a salas de cinemas da cidade.

Fantasias na mesa
Segundo nos revelou o gerente de um restaurante no Ponteio La Shopping, de tabela, os restaurantes aumentaram seus movimento com a estreia na semana passada, na requintada Sala Premier: "em pencas, as moças de idades variadas compram  quase todos os  50 lugares da sala, praticamente esgotando e, posteriormente, vem fazer comentários de suas fantasias e de suas frustrações amorosas." Quanto aos homens?  Segundo apuramos, não passam de três em cada sessão desde a estreia.

Só alegria

“Carnaval desengano, deixei a dor em casa me esperando”. E que a casa seja grande pra guardar tanta dor. Dor é o que não falta. Dor pra deixar em casa durante quatro dias. Ou tentar deixar na gaveta pra depois do carnaval. Esqueçam a febre amarela, as contas, a violência, a política, o desemprego e esta crise que não para de jogar confete. Vamos relaxar! Vamos brincar ou simplesmente descansar dessa loucura. Se fizer sol, piscina, se chover, filme, se tiver animado, rua, faça chuva ou faça sol.

Entrando no clima
Carnaval rima com natal. Rima com renovação, com otimismo, brincadeira e faz de conta. Faz de conta que não existe conta. Faz de conta que a gente é feliz. Vai ver até que a gente é feliz e não sabe. Carnaval é bom. É Brasil. Tudo em suspense. Para tudo! No mínimo, vamos dar um tempo. Vamos entrar no clima das crianças e da serpentina. São dias para esquecer os problemas ou de não pensar neles. E que a quarta feira de cinzas seja de brasas, a esperança que não se apaga.

Curtindo a noite em Beagá: Daniel Miranda, Josette Candurú Davis, Fernanda Okano e Rumenig Marquiori
Foto: Edy Fernandes

Lança perfume

*Ainda sobre o carnaval de Belo Horizonte que vem se reinventando desde 2011 tomando as ruas da cidade e aquecendo a economia.  Para este ano, foram cadastrados 363 blocos, com expectativa de receber mais de 2,4 milhões de foliões, que devem gerar o dobro da renda do ano passado. 


Diante desse cenário, hotéis investem em estratégia de marketing para atrair hospedes. Segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares de BH, Paulo Pedrosa, a expectativa com os festejos carnavalescos na cidade é de aumento de 5% a 10% na taxa de ocupação.

Geralmente restrita a 40% a 45%, este pífano aumento está longe de atingir o ideal de equilíbrio para o setor, que necessita uma taxa média entre 60% a 70%.

O presidente do Sindhorb ressalta ainda que para a incrementação de nosso turismo, seja concedido redução de carga tributária nos empreendimentos do setor, abertura dos voos no aeroporto da Pampulha, maior investimento nos centros de informação aos turistas e a criação de ônibus turístico circulando nos principais atrativos da capital mineira.