Eterna vigilância

No capítulo troca de figurinhas na praça, um programa de mãe e filha: Tina e Vitória Lage
Foto: Paulo Navarro

Na mesma praça e no mesmo gramado, Emir Cadar Filho, Julia Nogueira e família
Foto: Paulo Navarro

Eterna vigilância
Cercados e vigiados por todos os lados. Invasão de privacidade? BBB involuntário? Amiga, médica, leitora da coluna conta sobre questão levantada numa roda médica. Diz respeito à prática de solicitar o CPF do cliente  em máquinas diante de compras com cartão de débito e crédito. Prática essa que chegou às  drogarias recentemente e que, segundo a mesma turma de médicos desconfia, não serve apenas para conseguir  “descontos” nos estabelecimentos ou informações para a Receita.

Eterna suspeita
Na conversa, que ficou séria, os médicos consideraram a hipótese de que a intenção  de pedir o CPF poderia ser uma "espionagem". Mais uma das quais estamos cercados em vários momentos, todos os dias. A aquisição  de  medicamentos específicos renderia um ótimo “diagnóstico".

Eterna dúvida
Um "diagnóstico prévio" na área de Saúde. Com esse cadastro mapeado, planos de saúde poderiam se valer do mesmo para avaliar os clientes através de suas compras, criando restrições/recusa  ou tarifas diferenciadas, visando o risco de futuros custos, como intervenções cirúrgicas.

Diversão e aula
Vale a pena registrar um novo, velho, renovado fenômeno: colecionar figurinhas. No lucro, por que não, aprender com o álbum da copa do mundo? Aprender o valor do dinheiro: quanto se gasta, o que se compraria com a mesma quantia. Em suma, inteirar-se do lado financeiro da troca de figurinhas. E claro, a coleção virou febre, multiplicada a cada Copa. No nosso caso, em colóquios, na barragem da  Santa Lúcia, na banca de troca.

Aula e troca

Os domingos reúnem  500 pessoas; pais e filhos, famílias. É  uma confraternização que também. passa por aplicativos e WhatsApp para troca.  Lojas shoppings e padarias também. Um negócio onde rola muita grana, claro! E na esteira, claro, álbuns da copa invadem as salas de aula.

Aula e lucro
Deu até no "Estadão".  Como em outras Copas, há décadas, os álbuns conquistaram as crianças. E nas escolas. Em vez de encarar a brincadeira como uma distração, professores aproveitam para trabalhar conceitos de matemática, português e geografia do ensino infantil ao fundamental.

Aula e lições
Outra vantagem, o interesse que as figurinhas de papel - a léguas do mundo digital dos adolescentes - provoca. Professores inteligentes  aproveitam a "distração" para tratar assuntos de aula. Como? Na leitura e interpretação de textos que constam no álbum, incitando os alunos a procurar o maior número possível de informações textuais e de imagem; como cores, números, bandeiras, mapas e até mesmo um trabalho de educação financeira. A equipe vencedora leva um pacote de figurinhas no fim da aula.

Aula e informação
Nas "finanças", a reflexão é sobre o que as crianças podem ou poderiam comprar com o valor gasto, por exemplo, com dez pacotinhos. "A ideia é incentivar o consumo consciente e, principalmente, mostrar que a troca tem forte poder social", fazendo os alunos perceberem que poderiam completar o álbum mais rápido se trocassem figurinhas com mais gente.

Aula e sabedoria
Ainda sobre os álbuns como aprendizado. "A vontade de conseguir as figurinhas faz com que desenvolvam habilidades, fiquem mais desinibidos, cheguem a acordos". As crianças  aprendem a negociar as mais difíceis de conseguir; o álbum contempla várias linguagens: numérica, textual, de imagem e do espaço social.

Lança Perfume

* Continuando o tema das figurinhas, nas escolas, as crianças aprendem e reconhecem o sequenciamento numérico, se divertem com as camisas diferentes e as bandeiras. E até tirar a figurinha do plástico exige fina coordenação motora.
E tem também coleção com moderação para os adultos, em promoção válida até o final da copa.
Patrocinadora oficial da Copa do Mundo, a cerveja Brahma resgatou os cinco rótulos dos anos em que o Brasil foi campeão.
As garrafas comemorativas já estão no mercado e trazem uma releitura do visual da marca em cada época.
Enfim, provam também que o design, a criatividade e arte "caíram" muito. Os rótulos de 1950, 1962 e 1970 dão de 7X1 nos rótulos de 1994, 2002 e... 2018.

* Deu no site O Antagonista, do dia 3: "Os doleiros e a ‘high society’", com fotos.
Dizem o texto antes de três fotos: "A prisão dos irmãos Marcelo e Roberto Rezinski deixou a alta roda menos festiva".
Fotos de Marcelo Rezinski com Álvaro Garnero, Alexandre Aciolly e Luiz Calainho.
E mais fotos de Marcelo e Roberto Rezinski com o ex-sócio e ex jogador campeão do mundo, Ronaldo Fenômeno; mais Luciano Huck com Roberto Rezinski.
E os doleiros do ‘high society’de BH?

*Salve todas as mães e esse amor mais bonito que existe!