Dolce Vita | sábado, 8 de setembro de 2018

Simone e Gabriela Geo, emprestando sua beleza para a plateia do desfile Barbara Bela Garden Party, na CasaCor

Foto: Barbara Dutra


Suspeitos e culpados

Quem são os culpados pelo incêndio criminoso (não com isqueiro ou cigarro, mas muito pior, por negligência) que destruiu o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, impunemente? Os suspeitos de sempre: Temer, D. Marisa Letícia, Judas, Hitler e o mordomo, claro. Na verdade, todos somos culpados pelos descalabros, escândalos, descasos e crimes que assolam o Brasil; menos o único grande estadista que tivemos.

Suspeitos e inocentes 

Falamos do ridicularizado – injustamente – D. João VI, o único rei europeu que enganou Napoleão Bonaparte, manteve o Brasil como colônia, mas deixou seu filho e, melhor, seu neto, D. Pedro II, outro grande estadista, patriota que, por isso, foi escorraçado e morreu exilado.

Suspeitos e condenados 

Dom João VI também foi quem construiu o Museu Nacional, entre outras maravilhas como o Jardim Botânico e o Banco do Brasil, outra vítima de bandidos, ultimamente. O Brasil, ao contrário de grandes nações, é um desperdício, ordem e progresso, aqui, só na bandeira desbotada.

Condenados inocentes 

Será que na França ou nos EUA uma tragédia desse porte acometeria o Louvre ou o MoMA? Sim, mas não nestas proporções e não por abandono imbecil. Tragédias são tragédias porque podem acontecer e acontecem; porém, no Brasil, são anunciadas. Principalmente os desastres com o patrimônio histórico e com o Meio Ambiente, no caso, a Amazônia, diariamente.

Condenados sem castigo 

Há muito, espaços culturais gritam por socorro. “Dinheiro de cachaça” evitaria várias tragédias como a do dia 2. Mas para onde vão as verbas eleitoreiras, os investimentos do BNDES, os patrocínios da ex-Petrobras e, principalmente, que abominações “culturais” são agraciadas pelas leis de incentivo à cultura (sic)? Fácil, para obras inúteis, ineficientes e superfaturadas; estádios, arenas e museus virtuais da moda, para turistas incautos à beira-mar, ou prédios históricos com acervos digitais.

Crimes sem castigo

Ontem, os galantes dragões da independência desfilaram pelo 7 de setembro, dia da nossa independência. Mas independência do quê, cara pálida? De quê e de quem? Somos um país muito novo e muito velho, tudo precocemente. Ainda precisamos de babá, berço esplêndido e mamadeira. Precisamos, ao mesmo tempo, de bengala, muletas, cadeira de rodas.

Crimes perfeitos

Um país grande e bobo, nem rebelde, nem com causa para ser rebelde. Um país ingrato e injusto com seus filhos mais frágeis. Um país largado, desleixado, maior abandonado. Cruel, doente terminal, inseguro. Vilipendiado por outros tantos filhos que ganham aqui, mas gastam e guardam fortunas lá fora.

Crimes hediondos

Que independência pode ter um país com filhos e netos tão dependentes, escravos de ignorância, desemprego e insegurança? Que país é esse? É o Brasil, há 518 anos. Um Brasil eternamente adolescente e “nem-nem”, que nem estuda, nem trabalha. Bonito por natureza, mas nada abençoado. Um gigante fingindo dormir, que constrói propinas no presente, destruindo o passado e o futuro.


No Automóvel Clube, durante a abertura do 9º Fórum Liberdade e Democracia, Alessandra Valente, Adriana Gribel e Rafaela Mattar

Foto: Edy Fernandes


Outro Brasil

Um dos maiores acertos da CasaCor Minas foi o Bar Bodeguita Secreto, que já é considerado um dos points mais descolados da cidade. Ele tem projeto assinado pela arquiteta Isabela Vecci. A inspiração veio de uma viagem a Cuba. A equipe do Secreto, responsável pela operação, está radiante com a recepção do público.


Lança-perfume

* Ainda sobre o Brasil que destrói coisas belas: atenção aos manifestantes politiqueiros que nunca dantes tinham sequer passado em frente ao Museu Nacional ou qualquer outro e agora protestam porque é o ganha pão deles.

São os mesmos que aboletam-se em frente à PF de Curitiba, sujando e gritando palavra de desordem.

* Ainda sobre o Brasil que ergue coisas belas, continuemos falando da CasaCor. No cardápio, variada carta de drinques elaborados com a nova linha de destilados da Backer, o Gin Lebbos e o Whisky Três Lobos.

Complementam o bar uma coleção de mesas produzidas com tampo em azulejaria e ladrilhozinhos hidráulicos da Terratile (comemorando 34 anos), assinados por artistas como Amilcar de Castro, Candido Portinari, Mário Vale e João Grillo.

O chef Felipe Caputo, do Green UP, assumirá a cozinha do restaurante Na Mesa da Agnes, também na Casacor Minas, dia 15.

O cardápio, pra lá de sedutor e saboroso, está recheado de opções leves e saudáveis, incluindo pratos veganos e vegetarianos.

O Campo de Palestras Sesc conta com programação surpreendente durante todo o período da mostra. Vale a pena conferir no site www.casacultminas.com.br