Dolce Vita | sábado, 29 de setembro de 2018
As belas e chiques Thati Araujo e Carol Toledo, na Carpe Diem Store, no Belvedere
Foto: Leca Novo
Fazendo e acontecendo na Clínica Expert, Caroline Botelho e Cibele Grossi
Foto: Edy Fernandes
Vida estranha
A vida imita a arte e vice-versa. No filme austríaco “Boa Noite, Mamãe” (2016), após dias afastada por conta de cirurgias plásticas, a mãe volta para casa e não é reconhecida pelos filhos gêmeos. As crianças, de nove anos, duvidam que a mulher de rosto coberto seja realmente sua mãe e, a partir de então, nada será como antes. Filme de terror, vale lembrar! Na vida real isso já pode acontecer.
Arte estranha
As pessoas estão tão modificadas, fisicamente, por cirurgias plásticas, que algumas ficam irreconhecíveis e, muitas vezes, completamente diferentes do tipo familiar. É tanta plástica que as mesmas, ao terem filhos, colocam no mundo crianças que mais parecem filhas do vizinho.
Botox estranho
Quer dizer, as crianças são naturais e originais, os pais é que mudaram de cara e corpo. Mexem em tudo: cabelo, nariz, boca, formato do rosto, rejuvenescimento íntimo. E não é só aqui. Estados Unidos e Coreia do Sul são campeões mundiais em transformação do tipo oriental para ocidental, no caso coreano.
Fricção estranha
Isso, quando não trocam o próprio sexo, caso do filme “A Pele que habito” (2011), de Almodóvar, ainda que a troca tenha sido involuntária. Fora da ficção, cada dia mais real, os descontentes trocam, literalmente, até os dentes. Tudo sorriso padronizado. Numa dessas, gaiato(a) pode comprar gato por lebre. Casa-se com um(a) humana e tem filhos “marcianos”. Antes, se você quisesse saber como sua mulher ficaria mais velha, bastava olhar a sogra, para o bom e o ruim. Hoje é armadilha, surpresinha.
Sol de primavera
“Recado de Primavera” é uma crônica, melhor, uma carta do Príncipe das Crônicas, Rubem Braga, para o Rei dos Poetas, Vinicius de Moraes, que havia morrido dois meses antes, em julho de 1980. A carta expressa muito mais que a falta e o vazio deixados por Vinicius. Braga assiste aos espetáculos da primavera, no Rio de Janeiro, lembrando que era a primeira sem Vinicius, desde 1913. O tempo voou.
Inverno de primavera
Hoje, 38 anos depois, com esta barra pesada e sem o próprio Braga, falecido em 1990; tem cronista, como Joaquim Ferreira dos Santos, adiando a primavera por falta de clima. Então, mais do que nunca, precisamos é de Rubem, Vinicius, lirismo, poesia e as coisas da primavera.
Perigos da primavera
Se os amigos apreciavam as garotas de Ipanema em minissaias, sem levar um processo por assédio sexual, nós temos as garotas lindas de BH. Se não temos mar, temos outras “violências primaveris”, como a chuva nas montanhas. Ah! Podem não ser os mesmos, mas temos o equivalente.
Delícias de primavera
O equivalente a um tico-tico com uma folhinha seca de capim no bico ou uma simples touceira de samambaia. Se procurarmos bem, achamos até a pitangueira que “O Fazendeiro do Céu”, Rubem Braga, tinha em sua cobertura, em Ipanema. Milagres acontecem, como a própria primavera. E, assim, podemos terminar com as palavras finais do “Velho Urso”: O tempo vai passando e ainda vamos ficando um pouco por aqui, a vigiar, em nome dos cronistas e poetas do belo; o vento, os tico-ticos e as moças em flor.
Senna eterno
Lembram-se do inesquecível Ayrton Senna? No próximo Salão do Automóvel de São Paulo 2018, em novembro, a marca Senna brilhará na tradicional feira automobilística. Com estande montado na área Vip Dream Lounge, ela mostrará, pela primeira vez aos brasileiros, o novo superesportivo McLaren Senna.
Lança-Perfume
* Continuando: no Salão do Automóvel, o modelo de rua McLaren Senna é o mais radical, ousado e completo produzido pela fábrica inglesa.
Além do exclusivo esportivo que ainda não rodou no Brasil, a marca Senna vai expor o F1 MP4/5 número 27 que Ayrton Senna ganhou numa aposta com Ron Dennis, após vencer o GP de Monza de 1990.
* Um pensamento atribuído a Nicolau Maquiavel (1469- 1527) continua extremamente atual no Brasil.
“Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão! Um povo que aceita passivamente corrupção e corruptos, não merece a liberdade. Merece a escravidão.”
“Um país cujas leis beneficiam bandidos, não tem vocação para a liberdade. Um povo cujas instituições estão em boa parte corrompidas, não tem futuro. Só passado.”
“(...) Um país onde os poucos que se esforçam para fazer prevalecer os valores morais, como honestidade, ética, honra, são sufocados e massacrados, já caiu no abismo há muito tempo...”
E para completar: “Tenho nenhum sentimento aos que elegem e reelegem corruptos, aos que servem de escudo e proteção aos bandidos. Aos indiferentes, os versos de Adam Mickiewicz: “Tua alma merece o lugar donde veio, caso tenhas entrado no inferno, e não sinta as chamas”.