Dolce Vita | sábado, 25 de agosto de 2018
Desfilando sua beleza pelos salões do Gala BrazilFoundation para Minas Gerais, Camila Mattar
Foto: Barbara Dutra
Vários em um
Hoje abordaremos vários assuntos sem fronteira: beleza, estética, moda, solidariedade, caridade, ostentação, vaidade, luxo, riqueza, miséria; ou seja, Brasil! Todos sabem que, se o Brasil não se cuidar, se não cuidarmos do Brasil, a Venezuela vai nos pegar, contaminar. Finalmente, Chico Buarque concretizará seu sonho de ver o Brasil como um enorme canavial cubano. O mote é dinheiro!
Vários e variados
No sagrado e satânico capitalismo, dinheiro é tudo. No socialismo, moreno ou não, também. Isso, no mundo, antes da invenção da roda, da moeda. O dinheiro no Brasil não sumiu, está guardado, aguardando-se para quando o carnaval voltar. Guardado em colchões ou paraísos fiscais.
Vários para todos
Dinheiro honesto não é pecado. O dono dele pode e deve fazer o que quiser com ele. Alguns poucos gastam para ajudar os necessitados em festas nababescas que revertem suas rendas para obras sociais. Muitos dizem que o dinheiro das festas também deveria ser doado e não exibido.
Todos em um
E nas festas vemos dinheiro de todas as cores. Até em roupas e joias de grife alugadas. Festas movimentam a economia; são distribuição de renda, onde ganham empresários e, indiretamente, seus funcionários, familiares, etc. Quanto custa para sair de casa, para brilhar numa festa? Beneficente ou não, as mulheres, sobretudo, gostam de ver e ser vistas.
Todos por um
Então, as mulheres, gastam, muito. Gastam o seu próprio dinheiro ou o do maridão. Tudo gira a roda do capitalismo. Repetimos: e se esses gastos “fúteis” também fossem doados? Afinal, caridade anunciada não é solidariedade, é exibição, faz bem à imagem e à consciência. Mas haveria doação sem ostentação? O “mal” é necessário? Os fins justificam? Onde ficaria o glamour, né? Fica ao lado do respeito, da tolerância e da bacia de ouro de vários quilates e Pilatos onde uma mão lava a outra.
Todos e todas
Daí, e talvez justamente por isso, tantas redes sociais e marketing de conteúdo para o segmento da beleza. O setor da beleza é o que registra o maior número de profissionais formalizados como Microempreendedores Individuais (MEI) em Minas Gerais. O tema inspirou, recentemente, o Sebrae Minas a oferecer um workshop com o tema “Redes sociais e marketing de conteúdo” para o segmento da beleza. O objetivo foi fidelizar clientes utilizando estratégias de comunicação nas redes sociais.
O casal Bruno e Juliana Ferrari, durante a inauguração da Oncobio, no Vila da Serra
Foto: Edy Fernandes
País tropical
Um dos sintomas da barbárie que grassa o mundo, em particular o Brasil, é a falta de respeito pelo outro. Recentemente, no (ex-)paraíso de Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro, conhecemos o lado náutico da imbecilidade sobre rodas, infelizmente, tão comum nas cidades. Estamos falando daqueles seres que circulam pelas ruas com a pior música (sic) já feita no Brasil, como funk e pagode, no mais alto volume.
Tropical e triste
Isso no Brasil que, há exatos 60 anos, inventou um dos ritmos e várias das músicas mais lindas do mundo, com a Bossa Nova. A falta de educação e de educação e cultura marcam a decadência do país, “tá tudo dominado”. Na já citada Angra dos Reis, esse comportamento horrendo atingiu barcos e lanchas.
Tristes trópicos
O “crime”, nas águas de Angra dos Reis, é claro exemplo da contagiante estupidez que grassa o Brasil. Música (sic) e letras (sic) da pior qualidade são típicas de um país maior abandonado, não abençoado por Deus.
Lança-Perfume
* Ainda sobre a praga. Não contentes em consumir tal baixaria, fazem pior; impõem seu mal gosto, obrigam o próximo a ouvir, no mínimo, o que não gostaria numa altura ensurdecedora.
Essa música infernal de 55ª categoria “mancha” outras paisagens. O vírus atinge ricos e pobres, ambos órfãos de Tom Jobim, filhos do ruído.
Em Tiradentes, como em Angra, no último fim de semana rodava aquele acinte sobre rodas, com caixas de som no porta malas aberto, insultando inteligências e torturando ouvidos.
Tem que proibir! Multar! Melhor, depois de proibir e multar, ensinar, educar, para evitar!
Mas nem tudo está perdido. Na mesma Tiradentes, uma lição de bom gosto: o ícone restaurante Tragaluz participa pela 18ª vez do Festival Cultura e Gastronomia de Tiradentes, que vai até dia 2 de setembro.
Em seus 18 anos, a casa preparou um menu especial em cinco tempos: “Tiradentes 300 anos”, um cuidadoso menu que homenageia a cidade, momentos em volta de uma boa mesa.
“Em todos os pratos existe uma ligação com nossa região. Cultivamos as memórias afetivas que uma boa comida nos traz”, compartilha a “prima” Patrícia Navarro, esposa do “primo” Pedro Navarro.