Dolce Vita | sábado, 24 de setembro de 2022

O fantástico show de vida, Fernanda Couri. Foto: Edy Fernandes

Admirável mundo

Dia 2 de outubro, “jovens de 16 a 100 anos” escolherão o passado ou o presente e futuro do Brasil. Assim, pergunta a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: quem nunca ouviu um “Você não tem mais idade para isso!”? Esta “delicadeza” é etarismo ou ageísmo, preconceito, intolerância, discriminação contra idosos. Nos Estados Unidos, o termo é discutido desde a década de 60 e, na Europa, novas leis combatem a discriminação etária na esfera profissional. No Brasil, o termo ainda é pouco conhecido.

Mundo novo

Na esteira, artigo da Renata Ankowski, COO da MCM Brand Experience, sobre o etarismo e a nova juventude. Quem são os jovens do futuro? Qual a relação dos profissionais multi carreiras com o aumento da expectativa de vida? “Nos últimos anos temos visto o envelhecimento sendo tratado como um problema”.

Mundo velho

Quando olhamos para países desenvolvidos, isso fica evidente ao analisarmos o déficit de população economicamente ativa e a grande necessidade de assistência aos idosos. Segundo o IBGE, a população economicamente ativa, entre 17 e 70 anos, aumenta desde a década de 90.

Velho guerreiro

Mesmo encarando o envelhecimento como problema, percebe-se uma valorização da experiência, longevidade e aumento da expectativa de vida. O mercado de trabalho talvez tenha sido um dia o grande vilão dessa história. Até pouco tempo, a experiência era facilmente trocada pela juventude nos recrutamentos.

Guerreiro inteiro

O preconceito e discriminação tomavam conta das contratações e afastavam cada vez mais “velhos” do mercado de trabalho. Mas isso tem mudado. Em 2012, a porcentagem de indivíduos 60+ ativos era de 5,9%. Já em 2018, 7,2%. 7,5 milhões de idosos atuando como força de trabalho no Brasil.

O belo show da vida, Ludmila Rangel. Foto: Edy Fernandes

Inteiro e pronto

A atuação dos seniores cresce graças ao entendimento da própria capacidade e da força de trabalho experiente. O preconceito é movido pela desinformação e ainda que o fator etário esteja associado à experiência e à sabedoria, por muito tempo o “envelhecimento” foi tratado como “defeito”.

Pronto e forte

Empresas contratando pessoas com mais de 50 anos representam uma mudança de pensamento, focada na inclusão de pessoas com mais idade, valorizando a experiência e oferecendo novas oportunidades para que essas pessoas se sintam úteis e continuem trabalhando. E bem!

Forte e criativo

“Juventude está atrelada à criatividade e ao desejo de aprender, o tamanho do desejo de aprender é a vitalidade da juventude que temos. Tornou-se comum vermos pessoas com mais idade sendo arrimo de família, começando novos cursos, mudando de trabalho, aprendendo coisas diferentes e ficando economicamente ativas por muito mais tempo”.

Criativo e ativo

Era comum encontrarmos profissionais com mais de 30 anos na mesma empresa ou, até mesmo, aqueles que tiveram apenas um emprego a vida toda. Com o aumento da expectativa de vida, foi permitido ao ser humano se reinventar, mudar e recomeçar sempre. A nova juventude não tem idade, não tem validade e não tem preconceito.

Ativo e sólido

O X da questão está em abrir espaço para que todos possam se sentir úteis e capazes. Agora, nossa humilde e inevitável opinião. Pessoas mais velhas têm outra enorme vantagem além da experiência. Estudaram mais e melhor. Tiveram a oportunidade de escolas e universidades “de verdade”. No Jornalismo, por exemplo. Hoje, muitos conseguem diploma, mesmo cometendo torturas contra a Língua Portuguesa. Imaginem os outros “milhões” de cursos!

O estonteante show da vida, Natália Lage. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

*Se pessoas “mais antigas” têm um déficit, é o tecnológico. Nada que um pouco de dedicação não resolva.

Por exemplo, acabamos de saber sobre o lançamento do aplicativo Slay, demanda do mercado por tecnologia no setor de eventos.

Assim como aconteceu com táxis e alimentação; o “app” está disponível em todo o Brasil, de olho na expansão para os EUA.

O setor de eventos reúne uma das maiores cadeias de fornecedores do país, com quase 6,4 milhões de pessoas envolvidas e mais de R$ 314,2 bilhões de faturamento anual.

Seja para casamentos ou quaisquer eventos, o mercado ainda não tinha uma tecnologia que conectasse os fornecedores de maneira eficiente.

*Antenado, o mineiro Darson Ventura decidiu inovar com o lançamento do aplicativo Slay no mercado nacional, reunindo toda a cadeia de eventos, desde bufê, cerimonial, espaços, entre outros.

O “app” Slay pretende auxiliar nessa tarefa nada fácil de organizar uma festa.

O setor de eventos sofre com a falta de profissionais no mercado que migraram para outras áreas durante a pandemia.