Dolce Vita | sábado, 23 de setembro de 2023

Em Lisboa – e também Cascais - os cirurgiões Luís Antônio Assis e Patrícia Leite, no Congresso do Internacional Anatomic and Aesthetics Course - IAAC, conduzido e proferido com a mentoria mesma Patrícia Leite. Comprometimento com o ensino de medicina estética, no capítulo regeneração tecidual. Foto: Arquivo Pessoal

Mundo mais turístico

Simples publicação no Facebook inspirou-nos. Nela, placa numa fachada, em Genebra, Suíça: “No número 28 da Grand’Rue viveu Jorge Luis Borges – Escritor – Buenos Aires (1899) – Genebra (1986) ”. Depois, uma declaração de amor de Borges, à Genebra, dizendo que entre todas as cidades do mundo, ela é a mais propícia à felicidade. Borges também tem uma placa em Paris. Terá em Buenos Aires?

Rio mais turístico

Cariocas e turistas mais avisados sabem que, nas placas de rua, no Rio, lemos o nome da pessoa homenageada, o que ela foi ou fez para merecer a placa. Mas o Rio tem mais. Em Ipanema, além de uma estátua em frente ao mar, o prédio onde morou Tom Jobim, criador da Bossa Nova e da mais bela MPB, na famosa rua Nascimento Silva 107, explica.

Ipanema mais turística

“Aqui viveu o músico, compositor e poeta, o maestro Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927-1994). Memória é vida. Confraria do Copo Furado, Ipanema, 1996”. Um detalhe: “da rua Nascimento Silva, a ‘Garota de Ipanema’ saiu para correr o mundo. E lá nasceram as parcerias com Vinicius de Moraes que Elizete Cardoso gravou em ‘Canção do Amor Demais’. E onde Tom ensaiou com João Gilberto as músicas de ‘Chega de Saudade’”.

Morte mais turística

Ainda no Rio, o cemitério São João Batista, em Botafogo, é outro grande ponto turístico. Como antiga capital do Brasil, na Cidade Maravilhosa estão enterradas celebridades, como o próprio Tom Jobim, Carmen Miranda, Cazuza e enorme etc. Mesma coisa para os cemitérios La Recoleta, em Buenos Aires e Père Lachaise, em Paris, museu a céu aberto, que tem mapa dos túmulos mais famosos e visitas guiadas.

Paris mais turística

Ainda em Paris, a cidade transborda placas de memória e homenagens. Mesmo repleta de monumentos e maravilhosa arquitetura, impossível não reparar, em casas e prédios, todo o tipo registro, sobre os famosos moradores, franceses ou não, como o argentino Borges. Não só! Muitas placas marcam o local onde os resistentes franceses, “caíram pela França”, assassinados pelos nazistas, na Segunda Guerra Mundial. 

BH mais turística

E em Belo Horizonte? Sim, algumas estátuas, às vezes danificadas pela estupidez, homenageiam, na Savassi, por exemplo, os escritores Roberto Drummond e Henriqueta Lisboa. E as de Murilo Rubião; Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino atraem fotos, em frente à Biblioteca Pública, na Praça da Liberdade.

Capital mais turística

Salvo engano, todas são obras do escultor Leo Santana. Ainda temos as de Pedro Nava e Carlos Drummond de Andrade. Todos os bronzes, em nobres endereços, quando não estão em restauração depois de vandalismo. Mas “cabem mais”. E que tal também adotarmos as placas de rua e de memória de “quem morou, viveu, trabalhou, visitou” BH? E uma injeção turística também no cemitério do Bonfim?

Thaís Weick que, hoje, de 14h às 16h, abre a Primavera e a exposição de fotos, “10×15 BrasilCaribe Territorialidade.Arte.Loucura”, no Espaço Comum Luiz Estrela, Santa Efigênia. Até 23 de outubro. Foto: Arquivo Pessoal

Também conferindo mais primavera, à Primavera, Júlia Marinho e a Super Dermatologista Caroline Botelho. Foto: Arquivo Pessoal

Lança Perfume

*Não só o Bonfim, patrimônio religioso da cidade, com lindas esculturas, abriga famosos. 

O cantor Wando, por exemplo, está no Bosque da Esperança. O cantor e compositor, Vander Lee também.

A mineira Clara Nunes está no mesmo São João Batista, Rio, como o símbolo de Itabira e Minas, Carlos Drummond de Andrade. 

Como seus inseparáveis amigos, Fernando Sabino, Otto Lara Resende e, provavelmente, Hélio Pellegrino, todos mineiros, mas falecidos no Rio, onde viviam.

Já Paulo Mendes Campos, que nasceu em BH, está no Bonfim.

Também no Bonfim, alguns membros da família da ex-presidente Dilma Rousseff e Carlos Flávio, filho do escritor Carlos Drummond de Andrade.

E Júlia Kubitschek de Oliveira, mãe do ex-presidente Juscelino Kubitschek e Padre Eustáquio, beatificado em 2006, bastante visitado pelos fiéis, apesar de seus restos mortais não estarem mais no cemitério.

A Praça da Savassi, na verdade, chama-se Diogo Vasconcelos. Mas quem foi Diogo Vasconcelos?

Uma simples frase, sob seu nome, na placa, ensinaria: importante historiador, político, jornalista e advogado.

Outro sinônimo de Minas, João Guimarães Rosa, também está no São João Batista, Rios.

Se Guimarães Rosa e outros famosos mineiros não podem ser repatriados, pelo menos poderiam ganhar homenagens, pela cidade afora e adentro.

Por exemplo, o autor de “Grande Sertão - Veredas” morou na casa de número 415, da rua Leopoldina, Santo Antônio.