Dolce Vita | sábado, 22 de setembro de 2018

Coroado por beldades, o príncipe da dermatologia Everson Rezeck, em casa com Simone Rezeck, Michelle Bartoschik, Isabella Bartoschik, Maura Dias e Marcela Costa

Foto: Arquivo pessoal/EversonRezeck

Fim de sonho

Bruno Astuto, na revista “GQ”, tocou em nosso tema recorrente: o fim das boates. “Por que as baladas estão morrendo? Para os ‘Reis da Noite’, a culpa é (também) dos millennials”. Fora a crise, os comportamentos mudaram. Os “caretas” trocaram as boates pela Netflix e pelo Spotify. A noite não é mais criança. É uma idosa cadeirante. Há 40 anos, três coisas atraíam para as boates. A primeira era exorcizar a dureza da vida dançando.

Fim de festa

A segunda era poder ficar “doidão” sem que chamassem uma ambulância. A terceira e a maior de todas: transar. Hoje, com o Spotify e aplicativos de encontros bombando, quem precisa de boate e bordel? Drogas? As novas gerações querem é suco verde e pedalar às 5h da manhã. Sexo, alface e rock’n’roll.

Fim de noite

Astuto falou com o rei da noite paulistana, Facundo Guerra. “Hoje, a noite é até meia-noite. Ninguém mais fica cheirando e bebendo”. O que rima com estudo da Monitoring The Future, sobre jovens nos EUA. Segundo ela, o uso de drogas e de álcool às vésperas da maioridade chegou a seu nível mais baixo desde 1975.

Fim da noite

Baladas estão em extinção no mundo. Mais de 10 mil bares e casas noturnas fecharam as portas, nos EUA, na última década. Na Inglaterra, das 3.100 casas noturnas em 2007 quase metade desapareceu. “Em Paris, a luz da Cidade Luz é a luz do sol”.

Fim do Brasil

Voltemos ao Brasil. Em São Paulo, bye-bye, baladas. Depois da febre das megacasas estrangeiras, como a Pink Elephant e a Mokai, ninguém quer ouvir falar de balada. Os emergentes, que imitavam russos de cinema e da vida real, gastando desmedidamente em camarotes, sumiram. Não eram os novos ricos, mas os novos bregas.

Fim do mundo

No Rio, das 192 boates, apenas 70 têm inscrição municipal ativa, o que não quer dizer que funcionem. Repetimos: crise e millennials, pessoas que atingiram a maioridade depois do ano 2000 com um celular em punho. O empresário Marcus Buaiz vendeu suas 12 casas noturnas, que chegaram a faturar, no auge, R$ 70 milhões por ano. “Vi que a forma como os jovens saíam estava mudando”, profetizou Buaiz.

Fim de feira

“As baladas foram derrotadas pelo suco verde, pelo Facebook e pela Netflix. As baladas sertanejas também estão no fim”, alerta Buaiz. “A galera prefere gastar nos megafestivais, como o Villa Mix, Lollapalooza e Coachella”. Os motivos dos millennials: preços das bebidas, filas, excesso de pretensão e rudeza dos funcionários, a incapacidade de conversar por causa da música alta e medo de “perder a linha”.

Fim dos tempos

“Medo de perder a linha” é ser filmado e humilhado nas redes sociais. A lendária Hippopotamus, no Rio, reabriu e já fechou – por dívidas, mesmo com a grife do eterno rei da noite brasileira, Ricardo Amaral. Prestes a abrir sua décima casa em São Paulo, o bar Arcos, Facundo Guerra vai abrir mão da pista de dança. “Ela vai rolar onde for. As estruturas estão obsoletas”.

Fim de horizonte 

Para Facundo, a saída são as baladas superexclusivas: “Não precisa ser essa coisa elitista. Os escolhidos hoje são as trans, os ‘mano’, o malandro, o playboy. A mauriceia é chata. Tenho preguiça de gente que tem dinheiro e acha que isso basta. Isso é que é velho”. BH? Precisa perguntar? Desde 2015, parece um cemitério com tumbas fechadas e placas de “aluga-se”. Nem é mais nem a Capital dos Bares, quanto mais das baladas. Triste Fim de Policarpo Quaresma.

Lança-Perfume

* Dia 24, a sede da Localiza será palco do espetáculo “4 Mãos e Infinitos Corações”, promovido pela Junior Achievement MG.

A iniciativa reúne o maestro João Carlos Martins, o pianista Arthur Moreira Lima e o Quinteto Bachiana. Depois, jantar com mestres chefs: Paulo Vasconcelos, Pablo Oazen e André de Melo Guimarães.

O valor arrecadado será revertido para a Junior Achievement Minas Gerais, cujo objetivo é despertar o espírito empreendedor nos jovens de escolas públicas.

O presidente da Localiza, Eugênio Mattar, tem um presente para todos que o visitam. O livro “QS: Inteligência Espiritual”, de Danah Zohar e Ian Marshall.

O livro defende a ideia de que, além do QI (quociente intelectual) e do QE (quociente emocional), a inteligência humana também pode ser medida por meio da inteligência espiritual, o QS.

* Não é só a Globo que recebe sugestão sobre “O Brasil que eu Quero”. Diego Vinicius nos enviou e transcrevemos:

“Museus não pegam fogo. Criança não vende bala no sinal. Desigualdade não é mais notícia de jornal. Político é honesto. Preconceito já não faz parte da nossa realidade. Cada um cuida de sua vida. Criminalidade já saiu de moda. Professor é ídolo. Respeito é rotina. Cultura brasileira não é só bunda e futebol.

Emprego, saúde e segurança. Busão, diversão, compreensão. A televisão não mente mais. O Brasil que eu quero talvez nunca exista, mas ser brasileiro é ter um monte de fé, pois gente de bem não falta. Se organizar direitinho, todo mundo faz sua parte e a gente muda esse país.”

* De Miami, o dermatologista Everson Rezeck trouxe mais do que boas recordações do seu niver: a expertise no manuseio do Ultraformer III, que é a sensação entre as “moçoilas” sedentas por novidades estéticas para remodelação do colágeno.

Última palavra para flacidez de face e pescoço, o procedimento, segundo o médico, melhora a aparência de linhas e rugas e funciona em alguns casos como uma plástica.