Dolce Vita | sábado, 20 de maio de 2023

Por falar em excesso de belas em BH, Izabela Nogueira. Foto: Edy Fernandes

Cidade das Mulheres

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de 2019, confirmaram o que todo mundo sabe ou desconfiava: em BH tínhamos 191 mil mulheres a mais do que homens. Hoje, esta diferença deve ser bem maior. Em 2011, eram 150 mil. Hoje, os mais exagerados “chutam” 300 mil. As mulheres odeiam, os homens adoram. Claro, homens e mulheres da “Velha Guarda”, que ainda apreciam o sexo oposto.

Cidade feminina

O que pode acontecer, em uma cidade que tem muito mais mulheres? Muitas ficam sozinhas e solteiras. Para outras, “caiu na rede, é peixe”, comprometido ou não. Tem também as que vão procurar em viagens pelo mundo, nos cruzeiros marítimos, ou em outras cidades do Brasil, como São Paulo, onde, segundo elas, os homens são mais sérios que os volúveis, machões, malandros e imaturos belo-horizontinos.

Ilusão feminina

Outra opção para as mulheres mora nos aplicativos de relacionamento e paquera, como o Tinder. Leitora relata lamentáveis episódios da experiência de amigas e amigos. Na busca da alma gêmea e do amor perfeito - coisas do cinema e da ficção científica; milenar invenção do Romantismo - eles e elas acabam caindo até em “contos do vigário”.

Ilusão perigosa

Nas investidas masculinas, depara-se constantemente com perfis inventados, fotos, no mínimo, antigas ou retocadas, muitas, totalmente falsas. Filmes e séries de TV estão repletos de exemplos, alguns muito perigosos. Assim como nas conversas privadas no Facebook ou WhatsApp, estes “novos terrenos” são campos férteis para bandidos e psicopatas.

Ilusão criminosa

No Facebook, “in box”, nas conversas privadas, os homens levam a pior. Meliantes cibernéticos usam fotos de lindas e sedutoras garotas, geralmente de pequenas cidades no Rio Grande do Sul, que, sob disfarce, investigam perfis e “atacam” homens mais velhos, solitários, mulherengos e com “pinta” de rico.

Ilusão e pesadelo

As conversas vão ficando quentes e elas mandam fotos tão íntimas quanto falsas. Eles, provavelmente também. De repente, o “idoso tarado” recebe um telefonema, do “pai ou do advogado” da “de menor”, com uma chantagem clara. Ou pagam uma “indenização” ou textos, fotos e “prints” vão parar na Polícia.

Pesadelo real

No caso do Tinder, os enganados e ludibriadas, depois de muita conversa e mentira, finalmente encontram-se cara a cara. Aí, “saída pela direita, esquerda”, por onde for possível, com as desculpas mais esfarrapadas, tipo, “preciso levar meu ornitorrinco ao dentista”. Isso quando dá tempo, quando já não caíram no golpe de marginais.

Pesadelo fatal

Alguns, com perfis falsos femininos, podem até sequestrar o “bobão” e levar tudo dele. As vítimas são muitas. Por outro lado, temos as já citadas, “turistas do amor”. Muitas belas que abundam em BH, quando nem em São Paulo encontram o Príncipe Encantado, em forma de homens sérios com as melhores intenções, também apelam para o namoro digital.

Por falar em multidão de lindas em BH, Juliana Oliveira. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

Aqui, o golpe é outro, porque o tiro delas sai pela culatra. Caem na arapuca dos, aparentemente, bem-sucedidos.

Os “playboys” tecem a teia até a moçoila virar presa fácil. Daí o filme rola para o crime/chantagem, até o foco principal: dinheiro.

O que vale também para a opção/ilusão de São Paulo, onde várias tolinhas rondam “points” de jovens abonados.

Voltando aos aplicativos de encontros, como Tinder, Match, Grindr, OkCupid e outros, temos mais armadilhas.

Como roubo de dados, quando sem desconfiar, o incauto passa informações pessoais.

E mais: a mulher linda, formosa e sedutora, quando no encontro presencial, mostra o lado inverso. Não raro, pode ser até um travesti golpista.

Para fechar, Caetano Veloso está certo ao cantar que “a gente não sabe o lugar certo onde colocar o desejo”?

Por falar na maioria de musas, em BH, Larissa Ritielly. Foto: Edy Fernandes

Não podemos esquecer que estamos cada vez mais individualistas, egoístas.

Muita gente optando pela condição de solteiro e solteira, principalmente depois de vários relacionamentos.

Muitas mulheres estão sozinhas porque querem liberdade. Principalmente as bem-sucedidas profissionalmente, separadas, com filhos crescidos.

Elas querem mais é sair com as amigas, viajar, namorar ou apenas sexo casual, sem maiores compromissos, sem os grilhões de um casamento.

Melhor adotar o mote dos Titãs: “O acaso vai me proteger, enquanto eu andar distraído”.

Porque, “distraídos venceremos”, como diria o Paulo Leminski.