Dolce Vita | sábado, 20 de agosto de 2022
Lindo nome, para uma linda mulher, Flávia Alessandra, no 3º BrazilFoundation Gala Minas, no Casa Tua, em Nova Lima. Foto: Edy Fernandes
Nomes “especiais”
Semana passada, divulgando um livro sobre o bairro Barro um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, lamentamos este nome que, aqui entre nós, não foi escolha das mais felizes. Afinal, quem gostaria de morar num lugar chamado barro ou lama? Autoridades “competentes” deveriam ter mais cuidado ao batizar uma rua, um bairro, uma cidade, um estado e até mesmo um país. Infelizmente esta tradição não é apenas mineira ou brasileira.
Nomes espaciais
Chamar o Centro, de Centro, é no mínimo um pleonasmo, mas vá lá! Batizar bairros e cidades com nomes de pessoas é o fim da picada. No mínimo falta de criatividade. OK! O que faz um bairro bonito são suas ruas bem cuidadas, arborização, casas e prédios de bela arquitetura; geralmente os da Zona Sul. O nome acaba ajudando, como Savassi, mesmo sendo nome de família e Sion, que não seria tão bonito se fosse Sião. Concordam?
Nomes e cores
Funcionários também é muito infeliz. Operários! Lourdes, muito mais ou menos, poderiam ter outros nomes, mais chique. Procuramos e descobrimos que Barro Preto se deve a existência de uma argila escura e viscosa, largamente encontrada na região e também ao solo pantanoso onde o bairro foi construído. Pelo amor de Deus! “Sai da lama, jacaré!”. Ainda bem que era argila e não esgoto.
Nomes brilhantes
E o bairro Gorduras, via Regina? O que é isso, minha gente? Que vereador teve a “genial ideia” de batizar bairros com estes nomes? Assim como cartórios recusam-se a batizar crianças com nomes esdrúxulos que, certamente, vão constrangê-las mais tarde; a mesma coisa deveria valer para os bairros. Afinal, morar no Belvedere, Floresta, Cidade Jardim é bem mais bonito que viver, por exemplo, no Barreiro ou Venda Nova, não é verdade?
A beleza continental de Isabeli Fontana, na mesma noite BrazilFoundation. Foto: Edy Fernandes
Nomes ululantes
O mesmo vale para nossas capitais. Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro são nomes que “pegaram”, mas pensem bem. Poderia ser “Feio Horizonte”? O nome de santo acaba virando algo completamente sem sentido, charme zero. São Bernardo, São Caetano, Santo André, etc. Brasil afora e adentro. Rio de Fevereiro! Março! Abril! Não dá! Nova York só é Nova York porque é Nova York. Não fosse, estaria fadada a Nova Iguaçu. Pensem bem.
Nomes capitais
As capitais brasileiras variam muito. Há nomes bem bonitos como Porto Velho, Maceió, Fortaleza, Recife, Manaus e Salvador. Em compensação, Teresina, João Pessoa, Natal, Florianópolis, Vitória e principalmente Porto Alegre são desperdícios, no mínimo. O mesmo vale para o alto índice de criatividade em Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. São Paulo, capital, São Paulo. Rio de Janeiro, capital, Rio de Janeiro.
No mesmo evento, Linda com a Europa, exuberante como a África, Silvia Braz. Foto: Edy Fernandes
Lança Perfume
*Claro, questão de gosto, questão pessoal, mas vamos lá!
Nomes indígenas são interessantes e normalmente não comprometem. Como Paraná, Cuiabá, Iguatemi.
Mas Minas Gerais? Se em vez de minério e ouro tivéssemos uma terra fértil, onde se plantando tudo dá, viveríamos em Legumes Gerais? Verduras Gerais?
Porto Seguro e Porto Velho, beleza. Mas voltemos a Porto Alegre. É onde marinheiros e estivadores ficam pulando no cais do porto, de tanta felicidade?
*Florianópolis como toda cidade terminada em “polis”, é de amargar. Em inglês, até vai, como Minneapolis, em Minnesota. Mas em português é de doer.
Salvam o nome Florianópolis – viria de Floriano Peixoto? – as lindas praias e moças catarinenses. Pronto! Santa Catarina também é bem fraquinho.
“A vitória dos federais aconteceu quando o marechal Floriano Peixoto era o presidente da República”.
“Assim, em 1894, o nome de Desterro foi mudado para Florianópolis, que significa ‘cidade de Floriano’, em homenagem a ele”. Misericórdia!
Desterro também é triste. E temos em Minas, Desterro do Melo, perto de Remédios e Ressaquinha, pode?
Pior que o final em “polis”, é em “lândia”, que quer dizer terra, do inglês, “land”.
“England” é lindo, mas imaginem uma “Navarrolândia”, que coisa mais brega! Mesmo Navarra sendo o belo nome de uma região espanhola que, na França, é Navarre.
Que mais? Países! Brasil é um nome lindo e original, único, com mil e uma versões.
México e Canadá, bacanas! Estados Unidos? Muito feio! E lembrar que já fomos Estados Unidos do Brasil.
França, Itália, Espanha, Portugal, Bélgica, Alemanha. Nomes fortes e bonitos até em português.
Egito, Marrocos, Sudão, Congo, Namíbia, Burkina Faso, Quênia; nomes lindos.
Pausa para os continentes. Nota 10 para Europa e África.
Nota zero para a “criatividade” em América do Norte, Central e do Sul.
Ops! Para terminar com países. Parece até sina nascer em países cujos nomes terminam em “istão”: Paquistão, Uzbequistão, Kurdistão (região), Afeganistão, etc.
E Butão?