Dolce Vita | sábado, 17 de setembro de 2022

"Pernas para que te quero" e de Gabriela Marinho. Foto: Edy Fernandes

Reino de Baco

Ao longo de mais de três décadas de coluna, nosso “Diário de Bordo” registrou parte da história de quem fez, faz, acontece e aconteceu na noite e na gastronomia de BH. Por trás, heróis da resistência por plantar na paisagem urbana, casas antológicas como “Chez Bastião”, “Chico Mineiro”, “Taste Vin”, “L’Apogée”, “Café Ideal”, “Cafezinho”, “A Favorita”, “Dona Derna”, “Vecchio Sogno”, “Província de Salerno”, entre mil outras, que dias e madrugadas dos tempos apagaram da memória, por enquanto!

Reino de Dionìsio

Vale ressaltar o capítulo “Café Ideal, Cafezinho, A Favorita, Splendido, La Victoria e Parrilla del Mercado”, dos uruguaios Fernando Areco “Motta”, Jorge “Rata” Rattner e Tomás Mesquita. Principalmente os dois primeiros, Rattner e Motta, com casas mais sofisticadas, literalmente, ensinaram a tribo de BH a comer bem. Comer com civilidade. Antes deles, a capital era um cativeiro de pizzarias e comida mineira.

Reino dos Prazeres

Com os uruguaios, além dos finos acepipes, alta gastronomia e vinhos de verdade, aprendemos o que é atendimento e serviço; com toalhas, talheres, louças e taças substituindo uma comida que era servida praticamente em bandejão. Tetos que abrigaram verdadeiras escolas, não só de bem servir como também de educar; fazer, montar uma mesa no melhor estilo europeu.

Prazeres e sabores

Idem para grandes chefs, “maîtres, sommeliers” e demais profissionais que despontaram. Dias atrás batemos palmas para alguns destes nomes que combateram modas, pandemia, etc. Esta semana, almoçando com o casal Priscila e Luiz Eugênio Tôrres, no restaurante AA, parabenizamos o empresário que iniciou sua trajetória há 37 anos a partir do “Ubi Bene”.

Linda e cheia de graças, Laís Dias. Foto: Edy Fernandes

Sabores e nomes

Hoje, com várias casas, Luiz Eugênio emplaca o “Gennaro Lourdes”, em outubro, no espaço do saudoso e mítico “A Favorita”. Para tal, refez tudo, com supimpa projeto da arquiteta Silvia Carvalho. Como na Savassi, será um templo da melhor gastronomia italiana com constrangedoramente farta carta de vinhos e preços acessíveis. Sem esquecer o que gostam os belorizontinos, varandão e deque.

Nomes e cores

Com a memória “pegando no tranco” e pedindo perdão por imperdoáveis esquecimentos, temos ainda, os 21 anos do “D’Artagnan Bistrô”, que elogiamos semana passada, o saudoso “Amici Miei”, do não menos saudoso Memmo Biadi, cujo “Dona Derna” ainda resiste bravamente; o quase centenário “Tip Top”, “Aloha”; casas como a “Tom Marrom”, “Café Palhares”, “Bolão”, “Maria das Tranças”, “Bar do Antônio” (Pé de Cana). Quando BH era a Capital dos Bares. Ainda é, seria?

Personagens da coluna de hoje e de uma História, Priscila Baeta e Luiz Eugênio Torres, no restaurante AA. Foto: Arquivo Pessoal

Lança Perfume

*Outros locais míticos de BH: Pelicano, Pastel de Angu, Lulu, Cantina da Cida, Savassinuca, Pelejando, Incapazes do Nirvana.

Trincheira, The Great Brazilian Disaster, Arcângelo, Obar, Maranhão, Amarelim Savassi e todas as versões do Café Três Corações.

Livraria da Travessa, no início dos anos 2000; Quixote Livraria e Café com Letras, ainda vivos. Ops! Vivam os novos e muitos bares vizinhos da Livraria da Rua.

Paliativos à vista! Em 2023, vias que ligam BH e Nova Lima receberão obras para melhorar o trânsito na região.

Viaduto e passagem de nível que vão apenas disfarçar novas saturações.

Tudo pela mobilidade, saneamento, preservação ambiental e cultural.

Repetimos pela milésima vez: sem metrô, grandes obras, ressurreição do centro e crescimento em outras direções; estamos apenas adiando os mesmos problemas de sempre e de novo.

*Luiza “Magazine Luiza” Trajano saiu da lista das 10 maiores afortunadas do Brasil.

A Forbes divulgou, dia 2, a lista das dez mulheres mais ricas do país.

Segundo a revista, das 290 posições no levantamento, 57 são ocupadas por mulheres.

O nome dela é grife e sinônimo de beleza, Caroline Botelho. Foto: Arquivo pessoal

Veja a lista das 10 maiores bilionárias do Brasil.

Vicky Sarfati Safra (R$ 37,5 bilhões). Maria Helena Moraes Scripilliti (R$ 20,65 bilhões). Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela (R$ 8,15 bilhões).

Dulce Pugliese de Godoy Bueno (R$ 7,65 bilhões). Leila Mejdalani Pereira (R$ 7,2 bilhões). Lucia Borges Maggi (R$ 7,1 bilhões).

Marli Maggi Pissollo (R$ 7,1 bilhões). Neide Helena de Moraes (R$ 6,5 bilhões). Camilla de Godoy Bueno Grossi (R$ 5,3 bilhões). Maria Consuelo Leão Dias Branco (R$ 5,2 bilhões).