Dolce Vita | sábado, 17 de novembro de 2018

O Comandante José Afonso Assumpção (à dir.), fundador da Líder Aviação, e a neta Bruna (ao centro, de branco) ladeados pelos integrantes do Cirque de La Symphonie e pelo maestro da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Fabio Mechetti (à esq.), na comemoração aos 60 anos da companhia aérea

Foto: Paulo Navarro

Prestigiando o mesmo evento, que aconteceu na Sala Minas Gerais, Flavio Géo e Márcia Salvador

Foto: Paulo Navarro


Perfume de gardênia

Acabamos de comemorar ou ignorar o dia da Proclamação da República em 1889. Vocês sentiram um gosto de 7 de setembro neste 15 de novembro? Um perfume de independência, liberdade! Topam redescobrir a República? Então, festejemos a República, ainda que ela tem expulsado um ótimo rei, D. Pedro II. A História do e no Brasil, como sempre, foi e é muito ingrata para com dois grandes estadistas: D. João VI e seu neto, D. Pedro II.

Perfume de História

Dom Pedro II realmente amava o Brasil e fez muito pelo país. Foi uma injustiça o que fizeram com ele. Uma ignomínia que o matou de tristeza. Mas isso é história e “leite derramado”. As repúblicas substituem as monarquias para, supostamente, melhorar o estado das coisas. Para que, no lugar de um rei, um imperador, um déspota, esclarecido ou não; o povo seja o ator principal, com seus eleitos, seus representantes.

Perfume republicano

E é aí que mora o problema, o perigo. Às vezes, presidentes são mais prepotentes e autoritários que reis. Virou moda apelar para o tal do sentimento republicano. Assim como o Estado Democrático de Direito. Todos os políticos se dizem republicanos. Mas são? República é ou deveria ser o governo que atende aos cidadãos. Uma forma de governo onde o povo é soberano. Assim, reflitamos! Que tal, a partir de 1º de janeiro, começarmos a participar, cobrar, vigiar e ser soberanos, republicanos?

A vida é oca

Este tal de autor desconhecido é ótimo, sempre um ilustre desconhecido. Recebemos um texto novo de sua lavra. Conta a fábula de um cara que adorava sequilhos. Todo dia, ao voltar pra casa, ele parava na padaria e comprava sequilhos com goiabada. Mas, ao chegar em casa, preparar o café e a TV, para acompanhar os sequilhos, ele tinha um problemão.

A vida é doce

O grande problema é que, nos sequilhos, vinha pouca goiabada. Então, dia seguinte, nosso amigo, depois do trabalho, voltou à padaria, reclamou e xingou. Chegou a ser grosso, mesmo. No dia seguinte, nos sequilhos, tudo havia mudado. Só para ele, especialmente, os sequilhos vazavam goiabada. Então pronto, tudo perfeito? Não, nada feito.

A vida é dura

Nosso astro conseguiu comer nem um sequilho inteiro, de tanta goiabada colocada, como ele havia cobrado, exigido. De tão doce, ele ficou enjoado. Dia seguinte, de novo, na padaria, só para ele, outros sequilhos lotados de goiabada. Por vergonha ou para não dar o braço a torcer, ele falou nada, levou os sequilhos. Em casa, raspou o excesso de goiabada e comeu tudo, como antes.

A vida é rapadura

Aí caiu a ficha! Ele percebeu que o problema não era a goiabada e muito menos o padeiro, era ele. Era ele quem queria. Queria do jeito dele, percebendo, quase tarde demais que gostava mesmo era do original. Na padaria, desculpou-se e pediu o bom e velho sequilho. Qual a moral desta fábula moderna? É que, como o personagem fez com sua iguaria, assim fazemos com as pessoas.

A vida é leve

No início, amamos as pessoas como são, depois começamos a criticá-las. Tentamos colocar as pessoas do nosso jeito. Mudar as pessoas. E do nosso jeito, são pessoas que não existem. E se existissem, enjoaríamos delas. Não queira mudar a pessoa que te cativou ou por quem você se apaixonou à primeira vista. Confie no “padeiro do destino”. Ame as pessoas como elas são. Isso sim é doce! É levar a vida leve, como diz o livro da escritora Laura Medioli.

 

Lança-Perfume

* Dia 12, Adolfo Lona, o gaúcho rei dos espumantes, promoveu degustação na Casa Rio Verde. Suas degustações são uma aula para um público cada vez maior, embora ainda preferencialmente feminino.

A importadora fez uma surpresa para o enólogo – “batizou” a sala de degustação com seu nome. Não há outra bebida que se identifique tanto com o brasileiro como o espumante. Ou seria a brasileira? Por enquanto.

É festivo, alegre, leve, descontraído, acessível, charmoso. Feliz e infelizmente, nossos espumantes, de nível internacional, são muito melhores que nossos vinhos.

Enquanto 82% dos vinhos consumidos no Brasil são importados, a proporção se inverte quando se trata de espumantes nacionais.

Dentro do país, a venda de espumantes atingiu 4,3 milhões de litros no primeiro semestre, um crescimento de quase 10% frente a igual período de 2017.

* O badalado Bar da Praia, Caraíva, Bahia, realiza seu 1º Festival de Verão, entre 27 de dezembro e 13 de janeiro.

O evento terá cultura, esporte e sustentabilidade, com destaque para o show de Criolo, na noite de réveillon. E mais: ações de conscientização de preservação do paraíso que é Caraíva.