Dolce Vita | sábado, 13 de maio de 2023

No “Festival Minas Itália”, promovido pelo O Italiano Restaurante, Carol Corrêa, Letícia Rivelli e Magda Carvalho. Foto: Glaucimara Castro

Sonho real

Pela Benê Mais, assessoria de imprensa do Grupo Concreto; recebemos notícia esperada há décadas! “Um novo centro para a capital mineira. Região central de BH vive revitalização e Grupo Concreto aposta na área”. Parece poesia, música para os ouvidos e a alma: “Até os anos 70, o Centro era o grande protagonista de Belo Horizonte”.

Sonho de valsa

A tão cantada rua da Bahia era o nobre endereço de bares, cafés e um teatro. O Parque Municipal, espaço para esportes, lazer e, pasmem! Piqueniques. A região viveu seu auge nos anos 50, esbanjando Art Déco e Modernismo. O mítico Edifício Maletta, cativeiro artístico, cultural e boêmio, com a Cantina do Lucas, único restaurante mineiro tombado pelo Patrimônio Histórico.

Sonho torto

Cultura e Gastronomia reinavam. O Palácio das Artes é um mundo; o mais relevante complexo artístico de BH, quiçá da América Latina. O Mercado Central, outro cartão postal, com mais de 400 lojas tradicionais “mineiras” e, claro, seus bares. Aí veio a “Decadência Romana”, “O Declínio do Império Americano”.

Sonho e pesadelo

A partir dos anos 70, rei assassinado, rei posto com Savassi e Lourdes. Pausa para repetir o óbvio. Em qualquer lugar do mundo mais civilizado, pelo menos na Europa, o Centro das grandes cidades é o tesouro da cidade: “imexível”, preservado, cultuado. No caso de BH deu-se o contrário, o Centro foi abandonado, renegado, desperdiçado, humilhado.

Na mesma inolvidável noite, n’O Italiano, Claudia Verçoza e a mesma RP, Magda Carvalho. Foto: Glaucimara Castro

Sonho acordado

Em 2002, “o Centro passou por um Plano de Revitalização. Com a recuperação de ruas e edificações, restaurantes, bares e eventos voltaram”. Há controvérsias! Uma andorinha não faz verão, o que vale para o Mercado Novo, pólo de gastronomia “com os chefs Djalma Victor, da Rotisseria Central, e Henrique Gilberto, da Cozinha Tupis”.

Sonho ressuscitado 

“O projeto ‘Centro de Todo Mundo’, anunciado, este ano, pela prefeitura de Belo Horizonte, quer aumentar e qualificar moradia, trabalho, lazer e acessibilidade, além de fomentar a gastronomia. Entre as ações, a expansão do horário de funcionamento e a finalização da obra do espaço multiuso do Parque Municipal Américo Renné Giannetti”.

Sonho possível

E mais: “a requalificação do Mercado das Flores, a iluminação monumental de prédios de relevância, a implantação de novas ciclovias, a ampliação das operações da Guarda Civil”. Será suficiente ou, no caso do Centro, “muito é muito pouco”? Por que, por exemplo, não utilizar, comercialmente, o enorme espaço vazio da Praça da Estação, que só tem serventia para bagunça e manifestações?

Sonho concreto

Voltando à nossa fonte, “grandes construtoras já apostam na região, como o Grupo Concreto que levou uma unidade do Grow, um dos maiores ‘coworkings’ do país, à mesma rua da Bahia. O prédio, antes ocupado pela PBH, foi revigorado e abriga grandes empresas como a Tial. As formas de locação do ‘coworking’ são flexíveis e o layout personalizável”.

Sonho de consumo

“Podendo desenvolver um projeto único, o locatário informa a quantidade de funcionários e como pretende utilizar o espaço. Com o padrão Concreto de acabamento, a empresa pode ocupar todo um andar, metade do espaço ou optar pelas salas disponíveis com nichos de trabalho”.

Dispensando comentários e elogios óbvios, Maria Clara Marra. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

*Ainda aplaudindo a Concreto. “Alguns dos andares, como o da Tial, têm vista para o Parque Municipal”.

“O verde toma conta das janelas de alguns andares e o time da empresa ainda tem disponível alguns espaços como café e copa”.

“Copa para almoço e produtos de consumo consciente. Além disso, com televisão e geladeira inclusas”.

“A opção de estar no centro da cidade é outro diferencial que une localização, infraestrutura e transportes em um só lugar”, conta Tomaz Gomide, gerente comercial do Grupo Concreto.

“O edifício possui também estacionamento e localização privilegiada, ao lado do antigo hotel Othon Palace e do Parque Municipal”.

“Além do ‘coworking’, o Grupo Concreto investiu no emblemático Palácio do Rádio, um espaço de 14 mil metros e antiga sede da TV Itacolomi, da Rádio Guarani e do Teatro Alterosa”.

“O local, hoje ocupado pela empresa Hotmart, fica ao lado do Hipercentro, no bairro Floresta, e reforça a aposta do grupo na revitalização da região”.

Pois é, Centro é Centro; Floresta é Floresta. O Centro precisa mesmo é voltar ao centro dos investimentos, das atenções e atrações. Voltar à década de 50, no Século 21.