Dolce Vita | sábado, 10 de novembro de 2018

Inaugurando a nova loja da Trousseau no BH Shopping, a super Mônica Gonçalves

Foto: Paulo Navarro

A diretora de marketing da Cervejaria Backer, Paula Lebbos, emprestando sua beleza para a coluna

Foto: Edy Fernandes

O teu e o meu

Romeu Zema quer transformar o Palácio das Mangabeiras em museu das mordomias. Só pode ser brincadeira. Museu da Mordomia é mordomia. Zema quer mostrar um luxo que não existe. O palácio é no máximo uma grande beleza formada por projeto de Oscar Niemeyer e jardins de Burle Marx. E museu assim já temos, na orla da Pampulha, a Casa JK. O Palácio das Mangabeiras é ideal como residência, merecida.

O meu e o nosso

Melhor faria Zema se devolvesse o Museu dos Governadores, no Palácio da Liberdade. Este sim, um luxo em memória e história. Foi inaugurado em 2013, no governo Anastasia, e aberto para visitas aos sábados, domingos e feriados. Em 2014, Pimentel, como posseiro, fechou e ocupou-o.

O nosso e de todos

O espaço virou gabinete de Pimentel. E o público perdeu, inclusive a exposição permanente “Palácio da Liberdade – Memórias e Histórias”. Zema, sem mordomia, deveria morar no Mangabeiras e reabrir o Liberdade. Ou melhor, criar o Museu Niemeyer, na linda casa das Mangabeiras.

Acabou o doce

Não é só descaso, é o inverso da prioridade. Foram-se os bons tempos da Savassi. Flanar por esse charmoso bairro era sinônimo de prazer, entretenimento e compras sem pressa, na rua e não enclausurados num shopping. Os feriados e fins de semana, na Savassi, têm os piores tons de cinza. A região encontra-se a léguas do cenário de outrora, quando seus atores curtiam a bossa local.

Acabou o milho

Nos quarteirões fechados, criados para o convívio social e atividade comercial, predominam outros personagens. São os “zumbis” e mendigos que formam a triste, abandonada, esquecida, envergonhada e vergonhosa população de rua. Os transeuntes, em vez de lazer e gastronomia, encontram apenas abordagens agressivas. Desleixo com o mobiliário urbano, vegetação de faroeste, palco de brigas e banheiro a céu aberto.

Acabou a pipoca

Os “heróis da resistência”, comerciantes sobreviventes, dizem que foram inúmeros os apelos à PBH para com a triste situação e degradação de um patrimônio. Fora a inoperante Guarda Municipal, a falta de alternativas para estacionamento e o pouco caso com os canteiros do entorno. SOS, iniciativa privada, as PPPs!

Variar é vencer

A Cervejaria Backer lança seu primeiro whisky single malte, o “Experience”. E também um novo gin. O whisky é um single malte bastante frutado, leve e fresco. O primeiro lote tem seis mil garrafas numeradas. “É uma ousadia, um novo momento para a Backer. São destilados com matéria-prima cervejeira, em pequenas panelas de cobre, e feitos com malte e fermento cervejeiro. Este é o nosso segredo”, declara Paula Lebbos, diretora da Backer.

Variar e vencer

Já o gin, abrasileirado como gim, que está na moda, também é um destilado à base de cereais que passa por um processo de infusão com zimbro e outras especiarias. O gin da Backer é fiel às suas origens, usando como ingrediente chave o lúpulo. “Somos uma cervejaria e estão em nosso DNA os ingredientes cervejeiros”, completou a mesma Paula Lebbos.

Novos tempos

Há muito tempo, os motéis não são os mesmos. Servem no máximo como fetiche pois, há séculos, sexo não é mais tabu, nem é mais proibido como “antigamente”. Motéis perderam público, logo, dinheiro. São grandes e bem localizados; elefantes brancos. Por isso, já há algum tempo também, eles servem a outros fins, que não os de “saliência”. Em todo Brasil, servem como espaço para eventos “normais”.

Lança-Perfume

* Ainda sobre a nova vida dos motéis, nós mesmos, aqui em BH, já participamos de um aniversário nas suítes de um famoso motel.

Por isso, merece registro que esses saudosos motéis da BR-040, na saída para o Rio de Janeiro, transformar-se-ão em um mercadão de produtos agrícolas e num estabelecimento comercial.

Os ex-motéis fortalecerão a região como polo gastronômico, que já existe no entorno do BH Shopping e Jardim Canadá, bem perto do Anel Rodoviário.

O presidente do Uai Shopping, Elias Tergilene, vai transformar o motel Master e um lote anexo (R$ 30 milhões) no Mercado de Origem.

O Mercado de Origem será uma central de abastecimento; agricultura familiar, verduras, hortifrúti, queijos e cafés especiais, cachaças, carnes e mel; um mercado gourmet.

A primeira etapa do projeto está em execução e vai ocupar 14 mil m². Inauguração prevista para o segundo semestre de 2019.

A segunda fase, com o motel Sunny Day (em negociação), deve aumentar em 17 mil m² o espaço.

Outro motel, também vendido, é o Capri. Vinte e um mil m², para o Grupo EPO, que, com outros investidores, construirá um empreendimento comercial. Energia boa esses espaços terão!