Dolce Vita | domingo, 8 de novembro de 2020

Domingo cheio de beleza, com Mariana Amaral

Foto: Edy Fernandes


Muito bom

Mais um belo texto anônimo que recebemos de mentes e braços abertos: “Nos fizeram acreditar que luxo era o raro, o caro, o exclusivo, tudo aquilo que nos parecia inalcançável. Agora nos damos conta de que o luxo eram essas pequenas coisas da vida que não sabíamos valorizar. Luxo é estar são. Luxo é cumprimentar alguém com a mão. Luxo é não pisar em um hospital”.

Muito ótimo

“Luxo é poder passear pela orla do mar, pelo parque e conversar com alguém. Luxo é poder sair às ruas e respirar sem máscara. Luxo é poder reunir-se com toda a sua família, com seus amigos, abraçar, beijar. Luxo são os olhares. Luxo são os sorrisos. Luxo são os abraços e os beijos. Luxo é desfrutar cada amanhecer”.


Domingo esbanjando alegria de viver, com Rafa Chijner

Foto: Edy Fernandes


Muito verdadeiro

“Luxo é o privilégio de amar e de estar vivo. Luxo é valorizar aqueles que nos querem bem! Tudo isso é um luxo e não sabíamos. Feliz dia, feliz domingo, feliz semana e quase feliz 2021”. Este texto chegou em boa hora porque, por motivos “editoriais”, esta coluna, de domingo, sempre é escrita na terça feira. E terceira feira foi mais um feriado, este muito importante, principalmente este ano, o de Finados.

Muito propício

“Coitados” os mortos no dia 31 de novembro. A concorrência com Sean Connery foi arrasadora. Claro que Sean Connery mereceu todas as homenagens recebidas e até as não recebidas. Que saibamos, nenhum canal de TV, aberto ou fechado, rendeu-lhe uma simples homenagem, como por exemplo, uma maratona de seus melhores filmes, incluindo a saga 007, da qual ele era sinônimo. Perdeu a TV, ganharam as redes sociais, de novo.


Domingo repleto de luxo e felicidade, com Thaynara OG

Foto: Edy Fernandes


Muito funéreo

Finados, “para variar”, com frio e até chuva em algumas partes do Brasil que, neste ano, transbordou “convidados, homenageados”, vítimas ou não da famigerada Covid-19. Assim como Sean Connery roubou a cena e as atenções dos simples mortais, o Coronavírus continua disfarçando e encobrindo vítimas de AVC, câncer, infartos fulminantes, entre outras doenças que, muitas vezes, acontecem ou são agravadas pelo mesmo vírus.

Muito sério

Como foi dito, até desprezado e ridicularizado, logo no início da pandemia; depois da Covid-19 até parece que as outras doenças tiraram férias. Ledo engano. Muito pelo contrário. Tratamentos foram interrompidos ou negligenciados, aumentando os riscos de morte; muitos suicídios, como exige a lei, não são divulgados; nem contabilizado o aumento dos casos de depressão que, se não levam à morte, baixam imunidades e matam.


Domingo, cheio de charme e de “Ela é Carioca”, com Rita Moreira colorindo a noite do Layback BH

Foto: Arquivo pessoal


Muito válido

Propiciamente, recebemos notícias da Universidade Santo Amaro – Unisa. Antes da pandemia, a “estranha” Organização Mundial da Saúde (OMS) alertava sobre outra epidemia, muito mais silenciosa, mas tão preocupante quanto: a depressão. Sem esquecermos, no seio da mesma OMS, a “pandemia de informação ou desinformação”, com mil especialistas e duas mil opiniões divergentes. Voltando ao tema, a OMS, desta vez com razão, antevia que a depressão seria uma das doenças mais incapacitantes em 2020.

Muito perigosa

Agora, o que não se previa era que viveríamos uma pandemia que mataria mais de um milhão de pessoas, por enquanto, em todo o mundo. A Associação Americana de Psicologia acaba de divulgar estudo associando o luto ao momento atual. “As pessoas têm maneiras muito diferentes de lidar com uma perda. Em alguns casos, a pessoa vive o luto de forma tão profunda que aquilo torna algo inerente àquele indivíduo, gerando transtornos mentais graves, como depressão, síndrome do pânico e ansiedade.

 

Lança-Perfume

* Segundo o médico e professor de psiquiatria da Unisa, Kalil Duailibi, lidar com o luto é bastante difícil e cada indivíduo tem o seu tempo. “O luto pode se dar de muitas formas. A perda de alguém muito querido, uma mudança abrupta na forma de viver – como por exemplo o momento em que estamos vivendo – a dor de perdas pela humanidade etc.”. Como medida para reduzir o contágio do vírus, muitos velórios não puderam ocorrer da forma adequada, o que impediu um importante ritual o da despedida do ente querido.

“Essa passagem ajuda no processo do luto e da perda, as pessoas queridas são confortadas e confortam, mas, com o isolamento social, uma precisa lidar sozinha com o seu luto”, comenta Duailibi. E porque depressão, pandemia e crise têm tudo a ver com política e economia, terminamos as reflexões de hoje falando de dinheiro. Dados do Banco Mundial e da Forbes mostram que o número de bilionários vem crescendo nas últimas décadas e, ao contrário do que muitos acreditam, isso não fez com que a miséria aumentasse no planeta.

Claro que Banco Mundial e Forbes são suspeitos para opinar sobre bilionários, mesmo assim, não estão de todo errados ou agindo com má fé. Faz um certo sentido. Ou seja, o pensamento de grande parte das pessoas de que “para que alguém fique rico, outro tem que ficar pobre” é totalmente incorreto. Totalmente incorreto não, tudo tem a ver, inclusive, sim, os bilionários têm certa responsabilidade porque a maioria deles sempre quer mais; não é generosa ou solidária.

A explicação para isso é simples: as forças produtivas em um livre mercado, que abrem espaço para o surgimento de bilionários, também geram a riqueza e o desenvolvimento que reduzem a quantidade de pessoas na pobreza. Resumo da ópera: não devemos demonizar os ricos. Sorte de quem tem dinheiro, honestamente, claro. Eles apenas poderiam, simplesmente, investir, distribuir mais e acumular menos. Se dinheiro gera dinheiro, deveria gerar muito mais gentileza. Afinal, cliente miserável, doente e morto não compra, nem paga.