Dolce Vita | domingo, 6 de outubro de 2019

Liquidando elegância no debut de Laura Mascarenhas, Ana Cristina Pimenta

Foto: Edy Fernandes


Flávia Bilac Pinto e Roberta Correa, somando charme e elegância ao mesmo evento, que aconteceu no Marô, bairro Olhos d’Água

Foto: Edy Fernandes

Ainda na bela festa, a consultora de marketing e negócios Julia Garcia, que faz e acontece na ponte aérea Los Angeles-NY- BH

Foto: Edy Fernandes


Admirável mundo

Sinal ou final dos tempos? OK, não podemos evitar, adiar novos hábitos e comportamentos. Também não devemos criticá-los, em nome de um suposto saudosismo. O máximo que podemos fazer é caminhar para frente, arrastando as boas tradições. Por exemplo, a tradição da ideal educação, da gentileza, de presentear os amigos. Presentear ocasiões queridas, para eles inesquecíveis e sempre comemorativas, como a data de casamento.

Mundo novo

Assim, caminhava a humanidade! Quantas mil vezes, durante um almoço, jantar, chá ou café, ouvimos dos anfitriões: “Estas taças ganhamos de fulana, em nosso casamento” ou “estes talheres, estes pratos foram presentes de sicrana” e por aí vai. Estamos falando, claro, de bons presentes. Não daqueles que são repassados, ano a ano, indistintamente. Aquelas promoções, aquelas lembrancinhas: “Repara não, é só uma coisinha”. Se bobear, o presente volta ao comprador original. Vexame total.

Novo e sedutor

Os novos tempos estão mais práticos, frios e muito menos românticos. O presente de casamento, as tentadoras listas de casamento parecem estar com os dias contados. Como grande parte do comércio de “rua”, o comércio físico passou a ser virtual. Agora, as pessoas, além de não mais se encontrarem, também fazem suas compras pelo computador ou celular. Em tempos de crise, às vezes, nem isso, os novos noivos querem é dinheiro ao vivo.

Sedutor e inovador

Para o desespero de grandes comerciantes, das grandes lojas especializadas, chegou a criação de “presentes exclusivos personalizados: o dinheiro em sua conta”. Vários sites na internet oferecem o serviço: “Você pode criar os seus presentes de casamento de forma personalizada e de acordo com o seu gosto, escolhendo o preço e a contribuição de cada presente. Você transfere o valor dos seus presentes diretamente para sua conta bancária e poderá utilizá-lo quando e como quiser. A maneira mais elegante e personalizada de receber presentes!”.

Inovador e cativante

Institui-se o que já acontecia: “Você prefere presente ou dinheiro?”. Para as empresas virtuais, as vantagens desse tipo de lista atingem noivos, padrinhos, madrinhas e amigos em geral. Oferecem aos noivos “a menor tarifa do mercado, os presentes em dinheiro, a transferência direta para a conta, a comodidade, sem trocas de presentes repetidos. E mais: personalização de cada item da lista exclusiva, cotas e experiências de lua de mel, melhores taxas e menores tempos de transferências, opções e melhores condições de pagamentos para os convidados etc.”.

Inovador e instigador

Para comodidade dos convidados, os que vão colocar a mão no bolso, mesmo que de longe, a compra oriunda de qualquer lugar, sem sair de casa, ausência de frete, mensagens e cartões exclusivos, facilidade e opções de pagamentos, suporte por telefone e, claro, o site seguro. Se toda crise e todo novo hábito podem assustar, são também oportunidades e desafios. É hora do comércio tradicional “acordar”, refletir e descobrir como concorrer com a modernidade.


Lança-Perfume

* O famoso e genial “autor desconhecido” ataca novamente, agora com este malicioso exercício de imaginação.

“Nevou em São Paulo. Às 8h, fiz um boneco de neve.

Às 8h10, uma feminista passou e me perguntou porque eu não fiz uma mulher de neve”.

“Às 8h15, fiz uma mulher de neve. Às 8h17, minha vizinha feminista reclamou do perfil voluptuoso e ofensivo da mulher de neve”.

“Às 8h20, um casal gay teve um ataque de raiva e protestou porque poderiam ter sido dois homens de neve”.

“Às 8h22, um transgênero perguntou por que não fazia um boneco com partes removíveis. Às 8h25, veganos se queixaram do nariz de cenoura, um vegetal, alimento e não decoração”.
“Às 8h31, um muçulmano exige que a mulher da neve use burca. Às 8h40, a polícia chega com uma denúncia anônima de alguém ofendido pelo meu racismo e discriminação, com bonecos brancos”.

“Às 8h42, a feminista reclamou novamente: a vassoura é símbolo de submissão”.

“Às 8h43, um promotor chegou e ameaçou me processar se eu não pedisse desculpas públicas pelo maldito boneco”.

“Às 8h45, a TV apareceu, perguntando se sei a diferença entre bonecos de neve e mulheres de neve. Eu respondo: as ‘bolas de neve’ e agora me chamam de sexista”.

“Às 9h, estou no noticiário como terrorista, racista, delinquente, homofóbico. Tudo por causa dos malditos bonecos de neve!”.

“Às 9h05, ‘Quem mandou fazer a p.... dos bonecos? O senhor tem um cúmplice? Alguma organização o incentivou a fazer os bonecos?’”.

“Às 9h29, manifestantes da extrema esquerda e da extrema direita, ofendidos por tudo, estão marchando pelas ruas exigindo minha decapitação”.

“Às 9h32, comunistas marcham em frente à minha casa acusando-me de ser neonazista. Às 9h35, as feministas me xingam e pintam a fachada da minha casa com ‘porco machista’”.

“Às 9h45, organizações ambientais me acusam de poluir a neve”.

“Moral da história: não há. É apenas o mundo em que vivemos hoje – e vai piorar. De tudo narrado aqui, a coisa mais improvável de acontecer é nevar em São Paulo. O restante, não...”.