Dolce Vita | domingo, 4 de outubro de 2020

Isto é que é vista cinematográfica: Jéssica Lopes

Foto: Edy Fernandes


Seleção de craques

Na tarde de 25 de outubro saiu a seleção de restaurantes que integram a lista Bib Gourmand do Guia Michelin 2020, categoria que indica casas mais informais, mas de cozinha habilidosa, com excelente custo-benefício. Dez restaurantes estreiam na lista. Ao todo, 39 restaurantes em São Paulo e no Rio de Janeiro. Já a lista dos estrelados do Guia 2020 foi divulgada, à noite, em cerimônia virtual, no Copacabana Palace.

Seleção de estrelas

O Brasil agora tem 14 restaurantes estrelados, nove em São Paulo e cinco no Rio de Janeiro. O Guia Michelin 2020 tem dois estreantes no time de casas com duas estrelas: o paulistano Ryo e o carioca Oteque – ambos tinham uma estrela na edição do guia de 2019. A lista de restaurantes com uma estrela, sem novos representantes, perdeu três casas.

Seleção estrelada

O time dos duas-estrelas é agora formado pelo D.O.M. (do chef Alex Atala) e pelo Ryo (do chef Edson Yamashita), em São Paulo, e pelo Oro (do chef Felipe Bronze) e pelo Oteque (do chef Alberto Landgraf), no Rio de Janeiro. O Tuju, do chef Ivan Ralston, que detinha duas estrelas desde 2018, fechou as portas no início da pandemia.

Seleção brilhante

O Tuju deu lugar ao Tujuína, com proposta mais casual e familiar. Ralston garante que o Tuju volta, mas só em 2022, em um local menor e mais intimista, “que faça mais sentido para o que o restaurante havia se transformado”. Pelo mesmo motivo, outra saída de peso da lista foi o Olympe, do chef Thomas Troigros. Dono de uma estrela desde 2018, o restaurante carioca também fechou as portas na pandemia e não deve reabrir.

Seleção ascendente

Enquanto isso e por outro lado, o World’s 50 Best Restaurants, ranking dos melhores restaurantes do mundo, acaba de divulgar a “segunda parte” de sua seleção. Pela primeira vez em 18 anos, a lista incluiu 120 posições, em vez das tradicionais 100. A mudança foi feita neste ano, em homenagem aos 120 anos da patrocinadora, a água italiana San Pellegrino.

Seleção cadente

Pela primeira vez, também, o brasileiro D.O.M., de Alex Atala, ficou fora da lista dos 50 melhores do mundo, caindo de 30º em 2018 para 54º. O D.O.M. já esteve no topo da lista: em 2012, a casa paulistana ocupou o 4º lugar. Desde então vem perdendo posições no ranking internacional. A notícia boa é que tem brasileiro novo na lista: o carioca Oteque, do chef Alberto Landgraf, entrou para a seleção no 100° lugar.


Isto é que é flor: Joyce Conrado

Foto: Edy Fernandes


Dalí Airlines

Há quem fuja de avião. Mas há também quem pague para voar, nem que o passeio leve a lugar nenhum. Pensando nesse público, empresas aéreas asiáticas colocaram em prática o próprio surreal. A Singapore Airlines pretende lançar um voo que sai do aeroporto de Changi e chega no mesmo local, segundo o jornal britânico The Sunday Times.

Hello Dalí

Tem gosto, cliente e adepto para tudo, não é verdade? Pesquisa da própria Singapura Airlines, com 308 pessoas, revelou que 75% estariam dispostos a pagar por voos para lugar nenhum. Cada voo deve levar cerca de três horas. Outras companhias já testaram o “nonsense” e o resultado foi positivo. Em agosto, a EVA Air, de Taiwan, preparou um voo para o dia dos pais temático da Hello Kitty.


A dupla dinamicamente linda, Maria Flávia Zech Coelho e Amanda Diniz

Foto: Edy Fernandes


Lança-Perfume

* Ainda sobre os aviões que vão e voltam ao mesmo lugar, só para contrariar as limitações do confinamento: o avião da EVA Air saiu do aeroporto Internacional de Taiwan e voltou para o mesmo lugar após cerca de duas horas e 45 minutos. As passagens custaram cerca de US$ 180 na classe econômica e US$ 215 dólares na executiva. Durante a viagem, a empresa serviu uma refeição especial elaborada por um chef famoso da região. Os passageiros ganharam presentinhos da Hello Kitty, além de terem a oportunidade de fazerem compras no duty-free.

Também em agosto, a japonesa All Nippon Airways decolou e pousou no aeroporto de Narita, em Tóquio, com cerca de 300 passageiros. Aos clientes, a empresa prometeu “experiência de resort havaiano no aeroporto e a bordo”. O que pensar e comentar? No mínimo, desperdício de combustível e da poluição do ar que tinha caído durante a paralização dos voos. Por outro lado, vale tudo para aliviar o estresse.

* O “dono da moda” e do site Business of Fashion, o canadense radicado em Londres Imran Amed é também o mandachuva das Fashion Weeks. Em tempos de coronavírus, Amed comentou a recente edição da Fashion Week de Londres, que aconteceu, num lugar muito isolado e sem plateia: uma floresta!

Trocando em miúdos, Amed disse, em outras palavras que “é o melhor que está tendo”. Faltam para ele, o barulho das roupas, o presencial, o contato humano: “O espetáculo físico que a tecnologia não consegue reproduzir”. Amed tem razão. Os jogos de futebol, com estádios vazios e barulho falso de torcida, são patéticos. Mas também são engraçados e resolvem, como as falsas risadas, a claque, para comediantes sem plateia, antes e durante a pandemia.

* Grande “novidade”: os mais ricos emitem o dobro de gases do efeito estufa que a metade mais pobre do planeta. É o que afirma a Oxfam, que pede “justiça social e climática” nos pacotes de estímulo pós-pandemia. A ONG examinou o período 1990-2015. “O 1% mais rico da população (quase 63 milhões de pessoas) foi responsável por 15% das emissões acumuladas, o dobro em comparação à metade mais pobre da população mundial”.

E os 10% mais ricos da população mundial (630 milhões de pessoas) foram responsáveis por 52% das emissões acumuladas de CO2. “A crise climática se agravou e o limitado orçamento global de carbono foi dilapidado para intensificar o consumo de uma população rica, não para tirar as pessoas da pobreza”, denuncia a Oxfam. E os grupos que “mais sofrem esta injustiça são os menos responsáveis pela crise climática: os mais pobres e as gerações futuras”.