Dolce Vita | domingo, 4 de agosto de 2019

O príncipe João Paulo, curtindo em frente ao Castelo da Cinderela, na Disney World

Foto: Paulo Navarro

Ainda em Orlando, na Flórida, o “tour leader” Pablo Curty e Luiz Fernando “Nando” Branco, coordenador de grupos da Snow Operadora

Foto: Paulo Navarro

Sonho americano

Durante a semana, regamos a coluna com notas enviadas pelo titular da coluna, que acaba de passar 15 dias, como seu filho, João Paulo, na Disney World, em Orlando, na Flórida, e Nova York, EUA. Hoje, completamos o quase diário, com as observações de Luiz Fernando Branco, o Nando, coordenador, há 12 anos, de grupos para Orlando e NY, pela agência de turismo Snow Operadora. Na esteira, os fantásticos números da Disney World.

Sonho x Pesadelo

Nando dá aviso aos navegantes e dicas aos viajantes: “Chegue cedo nos parques da Disney para evitar filas e vá direto às melhores atrações. Planeje e agende o ‘Fast Pass’ (passe rápido) dos parques, com antecedência, para garantir as mesmas melhores atrações. Evite almoçar entre 12h e 14h, ou utilize o aplicativo da Disney para fazer seu pedido. Depois, basta buscar sua refeição sem enfrentar as insuportáveis filas. Se inevitáveis, sempre procure pela fila do ‘single riders’ (tipo fila do “eu sozinho”), que costuma ser mais rápida, mas saiba que você irá fazer a atração separado de seus amigos ou familiares”.

Sonho completo

“Ao longo desses 12 anos, estamos em constante evolução, como, por exemplo, acrescentando mais dias na programação, devido ao surgimento de novos parques, novas atrações etc. Hoje, somos a única empresa que trabalha com 11 noites em Orlando, além de três em Nova York. E sempre buscando experiências diferenciadas; seja através de shows exclusivos, como o de Shawn Mendes; uma festa dentro dos parques da Disney ou da Universal”.

Sonho inesquecível

“Aprendi que é um privilégio enorme fazer parte dos sonhos de outras pessoas, assim como a responsabilidade de guiá-las até eles. Conhecer novas coisas, experimentar o desconhecido e viajar talvez sejam aqueles sonhos com os quais criamos mais expectativas, imaginando como serão na realidade. São deles que guardamos as melhores recordações, como tatuagens na memória. É a filosofia para com todos os grupos que realizamos”.

Sonho de consumo

E Nando também é cultura e informação econômicas. Sobre o merchandising nos parques, ele diz: “A Disney é tão poderosa que os produtos da Coca-Cola, vendidos em seus domínios, são dados, doados, presenteados pela Coca-Cola. Insistimos: a Disney não paga por eles. A famosa rede de cafeterias, Starbucks, há três anos, firmou parceria com a Disney e, provavelmente, vai engrossar essa estratégia”.

Sonho gigante

Passemos aos oceânicos números da Disney World: com 122 quilômetros quadrados, o complexo tem duas vezes o tamanho da ilha de Manhattan, seis vezes o de Cancun e 1.500 Maracanãs. Mais de 51 mil pessoas trabalham na Disney. Nos EUA, é a empresa que mais emprega em um só lugar. Mickey Mouse tem 175 modelos diferentes.

Sonho impossível

A namorada do Mickey, Minnie, tem no guarda-roupa cerca de 200 diferentes modelos. Se durante 44 anos você lavar e secar uma trouxa de roupas por dia, terá limpado tanta roupa quanto a lavanderia da Disney World em um único dia. São 109 mil quilos de roupas por dia.

Sonho real

A Kodak calcula que cerca 4% de todas as fotos amadoras tiradas nos EUA são no Walt Disney World Resort ou na Disneylândia. No Natal, o Walt Disney World Resort é adornado com mais de 18 quilômetros de guirlandas, três mil coroas, e 1.500 árvores de Natal, sendo que a maior, com 21 metros, fica no hotel Contemporary. São consumidos, anualmente, mais de 50 milhões de litros de Coca-Cola, 10 milhões de hambúrgueres, sete milhões de cachorros-quentes; 3,3 milhões de quilos de batata-frita e mais de 112 mil espigas de milho.

Curtas & Finas

* Continuando na Disney World: todos os dias, o Achados e Perdidos recebe cerca de 100 óculos de sol, somente no Magic Kingdom.

Estima-se que, desde 1971, 1,5 milhão de óculos tenham sido perdidos. Até olho de vidro já foi encontrado e recuperado pelo dono.

Mais de 230 ônibus transportam os hóspedes dos hotéis da Disney aos parques. É terceira maior frota da Flórida: só perde para Miami e Jacksonville.

O Spaceship Earth, centro visual e temático do Epcot, pesa 7,2 milhões de quilos. É composto de 11.300 triângulos.

Ah! A chuva não desliza sobre a esfera, a água é absorvida e canalizada para seu exterior. É a atração mais alta da Disney World, com 73 metros.

Depois, vêm a Torre do Terror, do Hollywood Studios, com 60 metros, o Castelo da Cinderela do Magic Kingdom, com 56, e a Árvore da Vida, com 44.

Seriam necessários mais de 20 milhões de latas de Coca-Cola para encher os gigantescos copos no Home Run Hotel do All-Star Sports Resort.

Se quiser passar uma noite em cada quarto de todos os hotéis e centros recreativos da Disney, você levaria mais de 72 anos.

São necessários 3,2 mil quilômetros de tubulação para regar os 3,5 mil acres de paisagens naturais da Disney. Desde 1971, foram plantadas mais de 100 mil árvores e dois milhões de arbustos.

As 600 pessoas que trabalham na jardinagem plantam, anualmente, mais de três milhões de plantas e flores, e mantêm mais de dois milhões de arbustos, 13 mil rosas e 200 jardins ornamentais.

É tanto número que eles se esparramam até sobre Minas.

O mercado de parques temáticos em torno de Orlando/Flórida agrega significantes valores às operadoras de turismo de BH.

Calcula-se que, na alta temporada, julho, cerca de mil pacotes de jovens de BH e interior de Minas carimbam passaporte para os mesmos.

Com preço médio, per capta, na casa de R$ 16 mil, os pacotes somam e muito ao setor, mesmo nos tempos de dólar em alta.

Números diferentes da primeira década dos anos 2000 quando, comparativamente, o mercado registrava no mínimo três vezes mais no montante de pessoas.