Dolce Vita | domingo, 4 de abril de 2021

No dia da felicidade, lindas e cheia de graça, Denise Gazzinelli e Aline Rocha. Foto: Edy Fernandes

Felicidade sim

Hoje, por partes, um assunto que interessa a todos. Neurocientista revela o segredo da felicidade. Fabiano de Abreu é membro da Sociedade Brasileira e Europeia de Neurociência e seu estudo sobre a felicidade foi publicado na “Archives of Health” da Latin American. A felicidade é algo que todos têm a pretensão de alcançar. A humanidade é obcecada por estar, ou parecer estar, feliz.

Felicidade sempre

Numa antiga entrevista, o mais bonito ator francês de todos os tempos, Alain Delon, declarou que a felicidade não existe, mas momentos felizes. Fabiano de Abreu parece concordar ao explicar que, "não há felicidade constante e sim picos de emoções variáveis e de acordo com acontecimentos. As sensações que são definições de felicidade são de acordo com a resposta do equilíbrio”.

Felicidade possível

“Quando se está incomodado, por qualquer circunstância, alteram-se os níveis de sensações de felicidade. Vou chamar de sensações de felicidade, qualquer sentimento e/ou emoção que leve a determinação de felicidade, como alegria, satisfação, contentamento, bem-estar, prazer, júbilo, gosto, aprazimento, deleite, regozijo, euforia, bem-aventurança".

Felicidade química

Acreditamos que somos bem sucedidos apenas se alcançarmos a felicidade a todo instante. Estarmos felizes é produto da nossa biologia. "A dopamina nos fornece aquele pico de felicidade, mas que neurotransmissores como a serotonina, ocitocina, hormônios como o cortisol, entre todos os outros precisam ter seu bom funcionamento, ou seja, a homeostase se faz necessária para que isso ocorra”, diz Abreu.

Felicidade anatômica

De novo por partes, “Homeostasia é a estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções adequadamente para o equilíbrio do corpo”. A felicidade é a conjugação entre as nossas decisões, o mundo que nos rodeia e a nossa genética. "Comportamentos e hábitos, probabilidade genética, inteligência, a homeostase, são fatores determinantes que definem o segredo da felicidade.

A feliz exuberância da natureza e de Luciana Mussi. Foto: Edy Fernandes

Felicidade física

A felicidade e o equilíbrio têm uma relação. "Tudo na vida precisa do equilíbrio, nele encontramos o conforto necessário para mais picos de felicidade e mais e melhores sensações de felicidade. O conforto na consciência relacionado à cultura e personalidade do indivíduo influencia na determinação da liberação dos neurotransmissores da felicidade, assim como na sua intensidade", explica.

Felicidade genética

A genética define probabilidades, comportamentos e hábitos como alimentação, exercícios físicos, tratamentos etc.; definem equilíbrio. Inteligência define controle emocional, pensamentos, comportamentos e hábitos e a homeostase está no resultado de todas essas ações e a genética.", conclui o neurocientista. O estudo de Abreu “Neurofisiologia filosófica da felicidade: o segredo da felicidade está na homeostase; pessoas de alto QI têm mais chances de encontrar um melhor equilíbrio”, foi aprovado e publicado.

O charme discreto e maravilhosamente feliz de Maria Clara Louzada e Luciana Leite Soares. Foto: Edy Fernandes

Lança Perfume

*Por falar em felicidade, “como manter o ânimo em momentos de incertezas?

A especialista, Gabriela Azevedo, psicóloga e coordenadora da Academia de Talentos do Instituto Mauá de Tecnologia, passa dicas para enfrentar os tempos difíceis com mais leveza e confiança.

Com as incertezas na saúde, economia, emprego, todo mundo passa por momentos de isolamento, sem vontade de fazer as coisas.

Até mesmo conversar com alguém, principalmente porque as notícias sobre a pandemia ajudam a potencializar sentimentos ruins.

Para o equilíbrio emocional e seguir em frente, é necessário cuidar da mente.

Precisamos de um pouco mais de paciência e aceitar apoio e orientação.

Nas crises, nos conhecemos um pouco mais, descobrindo o quanto somos resilientes, capazes de lidar com imprevistos e superar obstáculos.

Quando melhoramos as nossas habilidades para enfrentarmos os tempos difíceis, vivemos melhor, nos desenvolvemos e nos fortalecemos.

Procure um planejamento diário. Estabeleça horários e rotina para que o nível de ansiedade diminua.

Inclua prazer na rotina, momentos com a família vendo um filme, um bom livro ou simples caminhada.

Exercícios físicos contribuem para um melhor sono, controle de ansiedade e humor.

Somos bombardeados com informações. Absorver esse conteúdo pode ter um impacto emocional negativo.

Selecione o que vai ver no celular, na televisão, nos jornais etc.

Procure filmes, seriados e programas que tragam conteúdo prazeroso e distração.

Converse sobre seus sentimentos, medos, pandemia e a pressão que está sentindo. Ao conversar você ganhará novas perspectivas.

É importante lembrar também que vale a pena realizar um autoexame.

Se sentir que está irritado, se tem respondido às pessoas mais rispidamente ou que a desmotivação interfere nas atividades, no sono e no apetite, procure ajuda de um profissional.

Nos tempos difíceis, com desafios, podemos deixar essa situação nos afetar ou aproveitar o momento para nos tornar mais fortes. A opção é nossa.