Dolce Vita | domingo, 30 de junho de 2019
Encontro de gatas nos salões do II BrazilFoundation Gala Minas Gerais: Joana Mourão e Adriana Carneiro, emolduradas pelas gêmeas Sara e Bruna Gontijo
Foto: Francisco Dumont
As belas e feras Carolina Castro e Brenda Oliveira
Foto: Edy Fernandes
Mayra Costa e Cristiane Araújo, emprestando charme e elegância para a coluna
Foto: Euclides Gabilheri Jr/Michelle Kaliski
Romeu Minas
O titular da coluna, no “Programa DNA”, da Band Minas, entrevistou o governador de Minas, Romeu Zema. Hoje, selecionamos aqui espécie de “The Best Of Zema”. A palavra-chave para entender a trajetória do governador é “família”. Antes de administrar todo o Estado, no Grupo Zema de seu pai, Ricardo – a mãe é Maria Lúcia – fundado pelo bisavô, Domingos Zema, em Araxá, o homem “ralou” muito.
Romeu São Paulo
Romeu Zema tem trajetória inspiradora e exemplar. Foi cobrador, frentista, balconista, estoquista, caixa, comprador, vendedor, analista de marketing, analista comercial e gerente. Com esta bagagem assumiu o grupo em 1991; tendo estudado em Ribeirão Preto e, depois, administração de empresas, na USP, em São Paulo.
Romeu Brasil
Em sua gestão, levou as lojas Zema de quatro para 430 unidades, gerando cinco mil empregos em Minas, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo e Bahia. O segredo foi o pioneirismo, ou seja, levar seu comércio de móveis e eletrodomésticos – o pai só gostava de vender automóveis – para pequenas cidades que praticamente tinham nada e cujos habitantes, finalmente, puderam comprar a crédito.
Romeu Novo
Em 2018, convidado pelo Partido Novo a se candidatar ao Governo do Estado, com “mínimas chances ou chance nenhuma”, Zema, num primeiro momento, hesitou. Depois concluiu que “o Brasil não dá certo porque o brasileiro é ausente da política”. Para surpresa geral, incluindo o próprio candidato, Zema passou ao segundo turno e foi eleito com folga e 72% dos votos.
Romeu inédito
Zema encaixa-se neste perfil de políticos oriundos das urnas de 2018, homens despojados, beirando a simplicidade no discurso e até no vestir. Se Bolsonaro é criticado por isso, por tudo e, por exemplo, envergar a camisa do Palmeiras, Zema é mais discreto e muito menos criticado ao evitar o terno e a gravata, hábitos que só fazem o monge quando são estritamente necessários.
Romeu reciclado
Resumindo a grande história em apenas 54 anos, com o exemplo caseiro, Romeu Zema, em suas próprias palavras, norteou-se por uma vida disciplinada, dedicada ao trabalho; uma infância muito feliz e despreocupada. Nada de luxo. Brincava dentro da empresa e, “enganado” pelo pai, como presente de aniversário e de Natal, ganhou quatro ou cinco vezes o mesmo velocípede, a cada ano pintado com uma cor diferente.
Romeu exterminador
Como governador, um dos grandes desafios é a herança maldita: “Arrumar a casa sem dinheiro, com muito trabalho; limpar a sujeira, cheia de formigas e baratas”. E acrescentamos, ratos. Porém, “muitas dificuldades também significam muitas oportunidades”. Não pensa em reeleição, “mas muita água vai rolar, quero deixar Minas em outro patamar”.
Romeu mãos de tesoura
“Governador não é rei. Não quero retrato na parede. Quero ser lembrado como alguém que fez bem ao estado”. No mais, rimando com simplicidade: “Gosto de ficar em casa. Vou a Araxá ver a família uma vez por mês. Começo trabalhar às 7h30 e volto só a noite”. Gosta de livros e lê jornais de uma forma inusitada: “Corto o que me interessa, guardo e leio nos fins de semana”.
Romeu sem Julieta
Tem pouco contato com os filhos, a cada quatro ou cinco meses. A filha mora em Londres e o filho, em São Paulo. Perguntado, responde: “Não tenho namorada, não tenho tempo; aparecem algumas pessoas e a gente vai levando”. Sua maior qualidade é, de novo, a disciplina. Seu maior defeito é ser meio impaciente “com gente que fica enrolando, embromando, que não resolve, que fica amassando barro”.
Lança-Perfume
* Zema, e o esporte? “Correr, nadar e fazer academia. Mexer alivia, relaxa”.
Zema encara bem as críticas: “Ninguém é dono da verdade, ninguém é perfeito. Já mudei minha opinião várias vezes e rezo a Deus para continuar. Quem se acha dono da verdade acaba andando para trás”.
Descendente de italianos e portugueses, Zema bebe vinho: “Não sou ‘aquele’ apreciador constante, mas gosto, com uma massa, um peixe – salmão, bacalhau – cai muito bem”.
Saudade de algo? “Olho tanto para o futuro! Mas tenho saudade da minha infância, que foi muito boa, com minhas tias avós. Minha avó e avô morreram prematuramente”.
“Hoje as crianças não têm a liberdade que tivemos, a sorte de sair de bicicleta pelas ruas, sem perigo”.
Como se define? “Uma pessoa curiosa e um eterno inconformado”
Seu epitáfio? “Aqui está alguém que viveu para fazer a diferença”.
“Sou otimista. Acho que tudo pode ser melhorado. Precisamos deixar um legado. Minas está numa situação extremamente difícil e delicada”.
“Mas digo aos mineiros que voltaremos a ter orgulho de Minas. O mineiro é trabalhador e empreendedor”.
* Por falar em Zema, que não quis morar no Palácio Mangabeiras, vale a pena repetir e lembrar que o lindo projeto de Niemeyer, de 1955, abrigará os 25 anos da Casacor Minas 2019.
Em agosto, pela primeira vez, o local será aberto ao público que vibrará também com os jardins de Burle Marx. Tradicionalmente a Casacor Minas revela e recupera tesouros de nossa pobre arquitetura.
Como o prédio que hoje abriga o Arquivo Público, a Casa do Conde e o casarão da Rede Ferroviária Federal.
* Entre 16 e 27 de julho será realizada a 38ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, no Parque da Gameleira.
Iniciativa da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM), o evento é o maior da América Latina a reunir apenas uma raça.
A abertura do evento marca as comemorações dos 70 anos da entidade, fundada em 16 de julho 1949. Expectativa de mais de 220 mil visitantes.