Dolce Vita | domingo, 3 de novembro de 2019

Na pista do BH Airport, durante as finais do Motocross, os “boeings” Carol Rosa e Agata Perkowska

Foto: Thiago Miranda


A top Dani Nogueira, cheia de charme no Baretto

Foto: Edy Fernandes


Cris Carneiro, fazendo e acontecendo nos finos salões de Beagá

Foto: Edy Fernandes


Inimigo amigo

Da psicóloga e leitora da coluna Liliane da Costa Val Dabien: “Exercício físico pode ser fator de estresse?”. Não caia na ladainha: “Você consegue, você consegue, você é capaz!”. Você vai cair mesmo é naquele buraco assassino chamado stress! Claro, é um grande aliado contra o stress, pela liberação da serotonina. Mas não somente!

Inimigo íntimo

“Remédio também pode ser veneno, depende da dosagem. Assim, o exercício físico também pode ser vilão e fator de estresse, acreditem! E, ao fazer o exame de sangue, se a sirene apitar, não se aterrorize se seu nível de cortisol estiver nas alturas! Tudo é equilíbrio”.

Inimigo bom

“Antigamente, se praticava exercícios buscando o bem-estar físico. Claro que benefícios estéticos também. Por conseguinte, se obtinha o bem-estar emocional, causado pela liberação da serotonina e endorfina. Além disto, havia também os benefícios do convívio social, em academias etc. Ainda que em menor proporção, se compararmos atualmente”.

Inimigo útil

“Entretanto, na atualidade, o que se percebe é a proliferação da competitividade exacerbada, que é reflexo do individualismo e da solidão, os dois maiores males do século. Assim, vivemos grande aumento do número de academias, estúdios e similares, que geralmente estimulam seus alunos a competições, se não com eles mesmos, com seus colegas a níveis estratosféricos, estabelecidos por seus ‘coaches’ ou pelas próprias academias”.

Inimigo mascarado

“Competir é bom, principalmente se é com o seu ‘eu de ontem’. Pode ser bom também com colegas. Entretanto, voltemos ao remédio em níveis elevadíssimos, aqueles que levam, inevitavelmente, ao estresse: na origem das boas intenções e planos, o exercício físico deveria ser fator de bem-estar, mas é deturpado em obrigação; em fonte de ansiedade, fazendo com que o praticante abaixe seu nível de autoestima”.

Inimigo invisível

“Não afirmamos aqui que praticar exercícios seja algo fácil. Já dizia o grande psiquiatra/psicólogo Flavio Gikovate: ‘Não estabeleça metas muito arrojadas; metas impossíveis de serem alcançadas, pois o resultado disso será a decepção pelo fato de, justamente, não conseguir alcançá-las, e, consequentemente, o estresse avassalador acumulativo’”.

Inimigo exigente

“Desta feita, ressaltamos: definitivamente, o exercício não pode ser fonte de ansiedade ou de estresse, causados, propositalmente, por metas inatingíveis ou muito difíceis de atingir, impostas por um padrão de comparação. E repetimos, insistimos, por supostos ‘coaches’ ou pela academia”.

Inimigo falso

“Acreditem: para se obter resultados saudáveis há de se ter muita força de vontade, foco, atitude e equilíbrio na dosagem. Como respondeu o médico Dráuzio Varella, quando questionado sobre o melhor momento da prática da corrida: ‘Confio tanto em mim que calço meu tênis, sem pensar, saio correndo e o melhor momento é, definitivamente, quando acabo de correr!’. Exercício físico sempre será fonte de prazer, ainda que somente quando acabamos de fazê-lo”.


Lança-Perfume

* Um beco sem saída! O cerco à mobilidade urbana na região da Vila da Serra e Vale do Sereno, Nova Lima, fica mais acirrado, com novos capítulos.

A reboque das novas edificações residenciais verticalizadas, no Vale do Sereno, surgem outras, comerciais, para atender a demanda.

No novo horizonte de selva de pedra, supermercados (BH e Verdemar), centro comercial, escritórios corporativos, colégios, igreja e um sem fim de etc.

Enfim: uma nova cidade dentro de um bairro depenado de sua mata nativa que, desde já, demanda, exige, suplica por esgoto, água, tráfego viável interno e mobilidade viável para BH.

Sabe-se agora que a paisagem urbana da região também ganhará novo impacto por transbordar gente e veículos pelo ladrão; como a utilização dos 33 mil metros quadrados da Fumec, na avenida Niemeyer, para construção.

Construção de gigantescas torres residenciais sobre enorme centro comercial.

Palmas para o aquecimento da construção civil; velas, choro e cinzas no enterro da qualidade de vida de quem caiu nesse estelionato imobiliário.

Quem comprou a promessa de um paraíso recebeu um purgatório com vista para o inferno.

Região que amarga o estresse diário de locomoção civilizada. Há que surgir uma voz do MP para sinalizar a quem merece ouvir e corrigir, amenizar.

Além de acabar com a natureza, sufocar o homem em seu habitat é crime. E o caos está muito próximo.

Região sem obras, planejamento e alternativas, vão todos morrer entre montanhas e não no mar.

Vale lembrar também que a estrutura viária que liga BH-NL, passando pelo gargalo em torno do trevo do BH Shopping, praticamente nada ganhou além de parcas contribuições da iniciativa privada.

E olhe que, há 40 anos, existia nada em torno do shopping, nem sequer um bairro.

Os responsáveis são todos os gananciosos: autoridades que tudo permitem; especulação imobiliária selvagem e população omissa.

Para quem gosta de comer banana e abacaxi com casca, ótimo! Aos vencedores, as batatas. Desta vez, não assadas, mas queimadas.