Dolce Vita | domingo, 28 de junho de 2020
Comemorando 25 anos de formadas pela UFMG, as belas arquitetas Ligia Jardim e Fernanda Sperb
Foto: Arquivo pessoal/Divulgação
Todo charme da beldade Lara Fonseca
Foto: Edy Fernandes
Fazendo e acontecendo, a colorida Luiza Ferreira
Foto: Edy Fernandes
Bodas de prata
Neste ano, Ligia Jardim e Fernanda Sperb completam 25 anos de arquitetura pela UFMG. Muitos deles trabalhando juntas em projetos residenciais e comerciais em todo o Brasil e alguns no exterior. Durante todo esse tempo, participaram de muitas mostras e colecionaram prêmios. E a profissão nunca foi tão valorizada como agora. Durante a quarentena o escritório teve um aumento na demanda. Muito trabalho, parte em home office, outra presencial, já que a construção civil não parou.
Bodas de ouro
“As pessoas estão percebendo a importância de morar ou trabalhar em um espaço bem planejado, onde se sintam bem, numa permanência prolongada. Está havendo uma grande procura por imóveis amplos, bem iluminados e arejados, porém sem exageros. Tudo precisa ser mais prático e todo o espaço deve ser muito bem utilizado. Nada de espaços ociosos. Por ficarem muito tempo em casa, nesses últimos meses, os clientes estão identificando melhor o que é essencial e o que é dispensável em cada lugar”.
Bodas de platina
“Com isso, os projetos vão ficar cada vez mais personalizados, com a participação ativa do cliente no processo de criação. Os espaços comerciais também precisarão se adaptar à nova realidade. Com o quadro de funcionários mais enxuto e alguns continuando a trabalhar de casa, as empresas e lojas já procuram uma adequação do layout ou até uma mudança de imóvel”.
Bodas da hora
“Do ponto de vista econômico, com os juros baixos e a aplicação financeira rendendo pouco, surgem boas oportunidades no mercado imobiliário. Os clientes têm nos procurado para ajudar a escolher um novo imóvel, já voltado para suas novas necessidades. Percebemos também uma urgência em realizar planos e sonhos que estavam esperando o momento certo para serem concretizados. O momento é agora”.
Bodas de vida
“Essa reviravolta mundial causada por um micro-organismo nos faz refletir sobre a fragilidade do ser humano e valorizar o que realmente importa: a vida. E que ela seja vivida da melhor forma possível. O luxo não é mais o que os outros veem e sim, o que nos traz conforto e nos aquece a alma. Se sentir bem onde se vive ou trabalha é o maior dos luxos”.
Epidemia de carência
A pandemia tem outros lados, mais pitorescos. Por exemplo, conversando com uma amiga e leitora, voltamos a um tema já tratado aqui. Tema que merece um reforço ou atualização: o sexo em tempos de pandemia. Diz a amiga que, em conversas femininas, é interessante perceber os relacionamentos, em todas e várias formas. Muitas mulheres estão sozinhas (homens também, é bom lembrar). Mas no caso especial feminino, os casamentos, namoros, relacionamentos, casos e mesmo as traições ganharam novo foco. Ou perderam todos.
Epidemia de saliência
As sex shops estão vendendo como nunca. Inclusive usando, abusando da ferramenta que sempre usou, o delivery, os correios que são a logística mais rápida e ainda mais discreta. O confinamento mostra o auge do consumo de “brinquedinhos sexuais”, que, com certeza, não precisamos detalhar aqui. No lado masculino, o aumento de outra tendência, como os serviços “sugar baby” e/ou “sugar daddy”.
Epidemia de escambo
“O ‘sugar dating’ (em tradução livre: encontros doces, açucarados) é expressão da língua inglesa para relacionamentos românticos se refere à relação entre duas pessoas de idades distintas, nas quais uma das partes é sustentada por dinheiro, presentes ou outros benefícios em troca da relação amorosa”. Claro, é um tipo de prostituição, mas “light” e discreta, velada, onde, literalmente, cada um dá o que tem. Uma troca, envolvendo sexo ou às vezes, pasmem, apenas companhia.
Epidemia íntima
Nos tempos de confinamento, o “sugar dating”, além de envolver dinheiro, sexo ou companhia, ganhou pontos no quesito segurança também. O serviço garante segurança total, o que deve envolver até mesmo novos fetiches com máscaras, roupas, higiene e um “isolamento a dois”, um social nada distante, imaginamos. Um espetáculo de garantias e de confiança.
Lança-Perfume
* Agora, voltemos ao lado polêmico, variações sobre o mesmo tema. Depois dos lados profissionais e sexuais, o entretenimento, lazer e esportes em tempos de Covid-19.
Muita gente retomando caminhadas e corridas. Muitos “atletas” reclamando das máscaras que, claro, dificultam a respiração. Complicado! Além de saírem de casa, reclamam da máscara.
Apesar da guerra de informação e de fake news, incertezas, medos, leis e desafios, bairros como Belvedere, Santa Lúcia, entre outros, vivem numa realidade paralela.
Nas ruas, as pessoas tomaram o lugar dos carros, com famílias inteiras em bicicletas, recheando as ruas menos movimentadas, ruas com mais casas e menos prédios.
Bicicletas e, claro, caminhadas, corridas, exercícios. É quase um novo turismo urbano. As pessoas saem de seus bairros de concreto e procuram bairros mais abertos.
Como vemos no Rio de Janeiro, por maior que seja a ameaça, quanto mais tempo dura o confinamento, mais as pessoas fogem dele, “tomando certas medidas de segurança”, num clima de total incerteza.
É o home office a todo vapor, carros fechados nas grandes artérias e pessoas nas ruas, substituindo, extravasando no esporte o que faziam nos bares.
Muita gente comprando bicicletas e frequentando os poucos restaurantes abertos onde a pessoa pode comer, mas não beber. Valorização total da saúde.
As pessoas não suportam mais o confinamento, apesar de toda a tecnologia, conforto e “muletas” como Netflix e WhatsApp. Querem interagir, sentem falta do social.
Mesmo os mais temerosos, os que não saem de casa há três meses, começam a relaxar e a sair, esperando o pico passar e a vacina chegar. Será?
De toda e qualquer forma é uma nova e teimosa Paisagem urbana. “Não tem pão? Come brioche!”. Não tem praças abertas, sobram as ruas e calçadas.
E no meio de tanta gente, como água, “saindo pelo ladrão” da banheira, outro ponto positivo, as “belas mascaradas”.
Atrás das máscaras despontam belas mulheres! Sobretudo a “Garota do Belve” (Belvedere). Todas Belíssimas! Misteriosas sem rostos, mas com que corpos!