Dolce Vita | domingo, 27 de setembro de 2020

Linda como Carol, Cá ou Caroline, com e, Celico

Foto: Edy Fernandes

Cá & Kaká

Bonita, jovem, “berço de ouro”, rica, ex-mulher do ex-astro do futebol Kaka, mãe de Luca e Isabella; Caroline Celico, Carol Celico ou simplesmente Cá Celico, para seu quase milhão de seguidores no Instagram. A moça é uma predestinada ao “sucesso”, para quem acha que sucesso é ter e ser tudo isso: atrair tantos seguidores e “influenciados” nas redes sociais – Brasil, Estados Unidos e Itália, onde viveu com Kaká – leia-se @fundacaoamorhorizontalcarolcelico.com ou @cacelico.

Cá com fé

Cá Celico é o que convencionou-se chamar “influenciadora digital”. Ou seja, uma linda vitrine humana. O que ela indica (anuncia) vira lei (moda). Exemplo bem-acabado de que “dinheiro atrai dinheiro”. No Brasil, seu mercado está em São Paulo, onde mora, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Goiânia. “Desde a infância me identifico profundamente com os elementos espiritualidade e fé. Sempre tive um genuíno interesse e curiosidade em entender sem julgamentos as diferentes culturas do mundo”. Lindo isso!

Cá para a lua

“Estudei em uma escola britânica, sempre fui apaixonada por hotelaria, eventos, gastronomia e viagens. Quando pequena e em minha adolescência, acompanhei minha mãe em suas viagens a trabalho como presidente da Dior no Brasil. Me casei aos 18 anos e por 9 anos acompanhei meu ex-marido em sua carreira em Milão, na Itália, e em Madrid, na Espanha. Cursei Administração de Moda pelo Instituto Marangoni, em Milão, e Gastronomia pelo Le Cordon Bleu, em Madrid”. Eis a receita do milagre, do mapa da mina, do caminho das pedras preciosas.

Mais uma linda, cara e querida, Carol Rache

Foto: Edy Fernandes

Cá e lá

“Em 2006 abri a empresa de organização de eventos com minha sócia, a cenógrafa Chris Ayrosa. E em 2014 fundei a Fundação Amor Horizontal. Encontrei o propósito da verdadeira influência digital e física, que é inspirar aqueles à minha volta a também se apaixonarem por suas próprias vidas, resgatarem sua verdadeira essência, para então enxergar o real significado da vida. Eu sou a Carol, Cá, Cacá, Caroline, com e”.

Lá e no mundo

Claro que, como em toda “profissão”, temos alpinistas/oportunistas e gente séria. Inclusive, a pandemia se encarrega de separar o joio do trigo. E aí penetramos este novo meio de vida e “trabalho”, antes reservado às celebridades da TV, da moda, dos esportes, da música; garotos e garotas-propaganda que transformavam qualquer merchandising em ouro. Com a palavra, nosso amigo, leitor e advogado Cristiano Parreira.

No mundo Instagram

“O crescimento meteórico do competente chef mineiro Léo Paixão encontrou na plataforma digital do Instagram o seu modelo ideal. O compartilhamento, a interação e a proximidade instantâneos criados pelo aplicativo trouxeram infinitas possibilidades para o mercado de consumo. Os números da rede social impressionam. Pesquisas indicam que 76% dos usuários são impactados pela atividade dos influenciadores digitais”.

A pioneira de Guerra e Paz, Cris Guerra

Foto: Edy Fernandes

Mundo do estilo

“Seguindo suas dicas, os milhões de usuários da rede consomem vorazmente produtos de beleza, livros, moda e acessórios. Vale tudo para experimentar o ‘lifestyle’ postado na rede. Fácil, rápida e interativa, a rede social é hoje a responsável por alavancar negócios de todos os tamanhos e dos mais variados ramos. Dicas de bem-estar e saúde, recomendações de investimento financeiro, está tudo lá, a apenas um ‘like’!”.

Estilo de vida

“De grifes famosas à desconhecidas, de hotéis e restaurantes estrelados a pequenos ateliers e docerias, tudo pode ser exibido, cobiçado e consumido no ‘feed’ e nos ‘stories’ da rede. A combinação entre flashes instantâneos da vida pessoal e dos ‘posts’ comerciais aproxima os seguidores dos influenciadores e torna a experiência do consumo natural e desejada”.

Estilo global

“No democrático Instagram, pessoas de todos os lugares e de todas as idades. O comediante Whinderson Nunes, com seus mais de 45 milhões de seguidores (só no Instagram), veio do Piauí, e a ‘globe-trotter’ Thássia Naves provou que o Triângulo Mineiro conhece bem a moda internacional. No topo desse universo, as bem-nascidas influenciadoras de moda e estilo de vida Lala Rudge, Heleninha Bordon, Nati Vozza e Silvia Braz, seguidas da pernambucana Camila Coutinho, com seus mais de 2,6 milhões de seguidores”.

Verde que te quero Juju Norremose

Foto: Edy Fernandes

Seita global

“No quesito de investimentos financeiros, o destaque fica com Natalia Arcuri e Gustavo Cerbasi. Para aquelas que estão procurando dicas de mulheres maduras e antenadas, é bom estar atenta às postagens de Constanza Pascolato, da sempre bela Anna Paola Frade e da irreverente Vera Holtz. Nesse capítulo, também faz barulho com suas postagens Luiza Accorei, Luiza Brunet, Fatima Scarpa e Antonia Mayrink Veiga”.

Seita tribal

“As mineiras não ficam atrás. Compartilhando ‘lifestyle’ e ‘fitness’, Juju Norremose energiza mais de um milhão de seguidores mundo afora. Em meio a incontáveis sorrisos, Raquel Mattar conjuga as ‘hashtags’ família e felicidade. Entre exercícios de ioga, a bela Carol Rache divulga a importância do autoconhecimento. E exibindo o que a mineira tem de melhor, Camila Coelho, Lu Ferreira, Carol Toledo e Anita Bem Criada; charme e elegância na telinha do celular”.

Moda global

“Moda para todos os gostos e bolsos! Que nos desminta Bella Falcone. Sobre o custo de postagem, corre à boca pequena que, em média, as mineiras cobram R$ 5 mil, e as de alcance nacional, bagatela a partir de R$ 20 mil. Valores muitas vezes superiores às tradicionais mídias impressas nacionais. Se há quem pague, obviamente há quem tabule o custo benefício das mesmas”.

Disque M e todo o alfabeto para Raquel Mattar

Foto: Edy Fernandes

Lança-Perfume

* Nossa colaboradora, jornalista Sabrina Dutra tem o que dizer sobre o assunto. Para ela, principalmente as jovens influenciadoras têm seus méritos. Méritos esnobados num primeiro momento, por ícones da moda, do século passado.

“Editoras de moda da velha guarda abominavam e criticavam essas meninas. Mas, com o tempo, revistas, estilistas e grandes grifes perceberam que não dava para nadar contra a corrente. Se quem compra segue essas pessoas, há que se dar o devido valor às mesmas. São meninas, não só as riquinhas, muitas de origem humilde que conseguiram enorme público, um lugar ao sol”.

“Temos sim que valorizar estas meninas que, do nada, hoje moram em mansões e ganham muito dinheiro, o que ainda gera polêmica”. Polêmica como a que envolveu uma delas, que, nova rica, da noite para o dia, mudou-se para uma casa chique, onde estendia roupa até na varanda, ‘hábito de pobre’ que despertou crítica e gozação dos vizinhos no luxuoso condomínio; bem como a ira de seus fãs e outros tantos que não a conheciam, mas saíram em sua defesa, pela falta de sensibilidade dos que esnobaram a moça.

“Contudo, neste universo infinito, achamos influenciadores no Instagram, no YouTube, que tratam de assuntos menos ‘fúteis’ e mais relevantes, o que é normal e de cada um. Por exemplo, temos muita gente boa na arquitetura, decoração, ‘faça você mesmo’; gente que fala de séries, filmes, livros; gente realmente interessante, com milhares de seguidores”.

“Muitos da área da arquitetura e decoração são profissionais; alguns vieram até da TV, como o Maurício Arruda, que ficou famoso depois do ‘Decora’, no GNT. Largou o programa e hoje foca em seu escritório e no YouTube. Como seu colega no ‘Decora’, o designer, Paulo Biacchi”.

“Outra área, além da potência que é o mundo fitness, é a gastronomia, como por exemplo, o já citado Léo Paixão, depois de participar do ‘Mestre do Sabor’, da Globo. Quase 800 mil seguidores. Quem não tentou as receitas do Léo Paixão nesta quarentena? Léo que, agora, abre o Mina Jazz Bar, com o vereador Gabriel Azevedo”.

“Um processo muito fluido, que começou com as blogueiras, antes mesmo do forte Instagram. Eram sites, os blogs, como o da Cris Guerra, a primeira famosa de BH. Cris Guerra, que há muito não gosta de ser chamada de blogueira, prefere ser definida como "mãe solo, escritora, palestrante, podcaster", mas não deixa de ser uma influenciadora digital, de qualidade”.

“Blogueiros e blogueiras, youtubers, dependendo da seara, lançam livros, fazem shows, filmes, novelas e até o BBB que, aproveitando o confinamento, bateu todos os recordes de audiência misturando influenciadores e ‘pobres mortais’. No caso dos arquitetos, decoradores e chefs, muitos deles, depois do sucesso na internet, ganharam programas próprios na TV, ‘realities shows’, no Brasil e no mundo. Com ou sem programa na TV, muitos têm forte canal próprio no YouTube; normalmente mesclando ‘lifestyle’, consultorias em diversas áreas; bem além de futilidades e com conteúdo muito legal, de verdade”.