Dolce Vita | domingo, 26 de setembro de 2021

Belezas gerais com Carol Martins e Alexandra Gonçalves. Foto:  Arquivo Pessoal

“Mineirim” e queijo

O “mineirim” chega à mercearia e pergunta: “Ocê pode me vendê um queijo fiado?”. O dono responde: “Tá vendo aquele cara bem forte, ali? De tanto malhar, o pescoço dele encolheu. E quem chama ele de 'pescocim' leva uma baita surra. Se você tiver coragem de chamar ele de 'pescocim', eu te dou queijo grátis, à vontade, por um ano!”.

Queijo e “queijim”

O “mineirim” dá uma batida nas costas do cara e fala bem baixinho: “Meu amigo, cê tá bão?”. O cara pergunta: “Amigo? Eu te conheço?”. Mais baixo ainda, o “minerim” diz: “Uai! A gente já não pescô junto?”. E o fortão: “Não, nunca pescamos não!”. No que o “minerim” diz bem alto: “PESCÔ SIM!”. E comeu queijo de graça por um ano! Moral: quando o assunto é queijo, não se brinca com mineiro!

Queijos gerais

Quando o assunto é queijo, produtores de Minas lideraram o ranking brasileiro no concurso internacional “Mondial du Fromage et des Produits Laitiers”, na França. O estado conquistou 40 das 57 medalhas faturadas por brasileiros. O Brasil ficou em segundo lugar na competição, perdendo apenas para a mesma França. Foram 46 países e 331 medalhas concedidas.

Medalhas gerais

Minas conquistou quatro medalhas Super Ouro, as mais cobiçadas e raras. Apenas uma delas não veio para nós. “As 40 medalhas revelam a força e o vigor da cozinha mineira, nossos cuidados e excelência artesanais, reconhecendo Minas, onde a cozinha tradicional é citada por 30% dos turistas”, comenta o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.

Cozinhas gerais

A importância da cozinha mineira, do turismo de experiência e do turismo rural para a retomada em Minas é outro ponto destacado pelo secretário. “Trabalhar a singularidade da cozinha mineira e estimular o turismo rural é promover a diversificação da oferta turística, um dos pilares do programa Reviva Turismo, ampliando o fluxo de turistas e fortalecendo a recuperação do setor”, ressaltou Leônidas.

Delícias gerais

Nosso antídoto contra a monotonia e a crise são a qualidade dos produtos, os variados festivais e roteiros gastronômicos, além dos próprios locais que destacam Minas no turismo de experiência. O queijo artesanal é o mais famoso. Com mais de 200 anos, o Canastra é Patrimônio Cultural e Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2008.

Trilhas gerais

O “Modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro” foi o primeiro bem registrado como Patrimônio Cultural Imaterial, em agosto de 2002. Seguiu as trilhas do ouro e hoje é tesouro. A gastronomia é uma pintura que merece muitas molduras, elas mesmas formando novas atrações, como outro ícone de Minas: o trem e suas estradas de ferro. Daí a importância do tema a seguir.

Trens gerais

Já se aventou um trem ligando a Praça da Estação, em BH ao Inhotim, em Brumadinho. Beleza! Só falta tudo: fazer. Outra ótima ideia é um parque linear no antigo Ramal Ferroviário, entre BH e Nova Lima, abrigando uma estação ferroviária para trem turístico entre o bairro Belvedere e Olhos D’Água, com estruturas comercial, de lazer e área verde, atraindo público do Brasil inteiro.

Atrações gerais

O Parque Linear Ferroviário prevê um trecho de pouco mais de 10 km, podendo chegar até mesmo à portaria da Vale, onde seria instalado o Museu de Objetos e Veículos Antigos (MOVA), com acervo do empresário Jefferson Rios. O estudo contempla para o local portarias, estações, passarelas ligando as cercanias, praças, playground, ciclovias, mirantes e comércio.

Ideias gerais

A área é propriedade da União, está sob a guarda da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e se encontra no limite entre BH e Nova Lima, ao lado da Estação Ecológica do Cercadinho (EEC) e de recarga de aquífero da Copasa. Cerca de quatro projetos de interesse na área já foram apresentados aos gestores públicos.

Culturas gerais

Durante reunião convocada pelo deputado João Leite, o estudo foi apresentado à gerente do Instituto Cultural Vale, Christiana Saldanha, com o intuito de a empresa abraçar o museu ferroviário, idealizado pela ONG Trem. O vice-presidente da Fundação Doimo, Bernard Siríaco Martins, disse que é preciso transformar a linha férrea em um espaço público de contemplação cultural para a região da Zona Sul de BH.

Cores gerais de Isabella Costa, Linda Martins e Luciana Rajão. Foto: Arquivo Pessoal

Opções gerais

“Ali só temos as piscinas dos prédios ou a Lagoa Seca, um asfalto que ninguém entende como dá certo. Não estamos criando um parque, mas organizando o que já existe. A linha férrea sofre pressão muito grande de invasão. A Fundação Doimo há anos incentiva o pequeno produtor, o camelô; temos ‘know how’. Somos grandes proprietários de terrenos em torno da Zona Sul”, explicou Bernard. A Doimo seria a responsável pelo aporte de recursos para a construção do Parque.

Lança Perfume

*Continuando. Elias Tergilene é empresário e proprietário do Mercado de Origem e dos shoppings populares “Uai Shopping”.

Um dos fundadores e sócio da Favela Holding Participações e também criador da Fundação Doimo.

Ele fez a apresentação de filme mostrando o projeto humanizado da estação e das áreas verdes.

“O Parque linear já está lá. Vamos criar um espaço que gere emprego e renda através do turismo”.

“Ele sai da portaria da Vale passando por um viaduto no Jambreiro, na ponte do Belvedere, onde teremos os mirantes para a mata do Jambreiro”.

“O trecho possui uma vista muito bonita e dá acesso ao polo gastronômico e cervejeiro, além do Armazém 356, a Leroy Merlin, o BH Outlet, o Mercado de Origem e os locais de shows”.

“Será um trem turístico que serve de mobilidade urbana para quem vai trabalhar no Belvedere”.

“O faturamento seria absurdo, com a área comercial; os patrocínios pagariam uma fortuna, além de uma enorme geração de emprego”, explicou Elias.

Christiana Saldanha, do Instituto Cultural Vale disse que “o trem é tema e o coração da nossa empresa, faz parte do nosso negócio”.

Cartões postais e ambulantes: Renata Fraga e Ingrid Vilela. Foto: Arquivo Pessoal

Ela informou que vai conhecer a fundo o projeto pois ele vai muito além do museu ferroviário; utilidade e sustentabilidade têm que ser vistas de uma forma mais ampla.

*Em variações sobre o mesmo tema, falemos um pouco do turismo de proximidade, destinos próximos e atraentes neste momento de restrições.

Por exemplo, Itabirito e seus distritos, como São Gonçalo do Bação e Acuruí, além de Ouro Preto, também com seus distritos.

 Cachoeira do Campo, Santo Antônio do Leite, São Bartolomeu e Glaura oferecem aos visitantes muita história, lindas paisagens, hospitalidade e alta gastronomia.

Uma pesquisa revelou que 78,6% dos Brasileiros que planejam pegar a estrada têm como foco destinos domésticos.

É aí que o turismo de proximidade, aquele para destinos num raio de até 300 km, ganha força.

Os empreendedores locais estão prontos para oferecer aos turistas o melhor de sua hospitalidade.

Itabirito, Ouro Preto e seus distritos estão preparados e com as estruturas de seus empreendimentos para acolher os turistas, em especial os de Belo Horizonte.

*Para mostrar que o universo conspira a favor do nosso Turismo, o projeto Lugares por Beagá passeia pela história dos tradicionais bares e restaurantes de Belo Horizonte.

São estabelecimentos perpetuados por gerações, carregados de memória afetiva, donos de tesouros em sabores, temperos e aromas.

O projeto é um percurso pelos 13 estabelecimentos mais antigos da cidade, todos com mais de 50 anos e ainda em funcionamento.

Incluindo dez bares e restaurantes e três pontos famosos pela especialidade culinária (balas e doces, sorvetes e um suco refrescante).

O trabalho foi lançado dia 17, pelo canal do youtube do Lugares Viagens, com apresentação de Bernardo Cançado e Renata Urbano, do Instagram @OnceVai.

E também do chef Edson Puiati, consultor e professor universitário, além de criador da Semana da Gastronomia Mineira.

A idealização do evento é de Luana Bastos e Marden Couto, do portal Lugares Viagens, que fizeram toda pesquisa e curadoria do projeto.