Dolce Vita | domingo, 24 de março de 2019

A bela Cristina Licio, fazendo e acontecendo em tempo da inauguração de sua clínica de ortodontia e harmonização facial, no Shopping 5ª Avenida

Foto: Israel Crispim Jr.

O cavaleiro olímpico Doda Miranda, ex-marido de Athina Onassis, fazendo clínica para alunos do Chevals, ao lado de Romulo Rocha, diretor do centro hípico

Foto: Divulgação/Chevals


O horror horroroso

O jornalista Mario Sabino, do site O Antagonista, foi muito feliz ao escrever sobre um evento muito infeliz. Melhor, acertou em cheio ao refletir sobre o massacre na escola de Suzano. Sabino lembrou a “banalidade do mal”. A “banalidade do mal” foi o conceito com o qual a filósofa alemã Hanna Arendt tentou definir a lição dada pelo nazismo e o holocausto dos judeus, na Segunda Guerra Mundial, no século passado.

O horror histórico

Segunda Guerra Mundial tão longe, tão perto de nós. Para Mario Sabino, os dois assassinos de Suzano não mataram e, em seguida, se suicidaram, por terem sofrido “bullying” na mesma escola. Não mataram também por causa da facilidade em comprar armas no Brasil, coisa mais fácil do mundo há muito tempo.

O horror seletivo

Fosse por “bullying”, expressão muito em voga, nossas escolas seriam açougues desde priscas eras. Fosse pela liberação de armas, cujo porte, com mil condições, foi apenas facilitado, o Brasil assumiria o lado Velho Oeste que sempre foi e ainda será, infelizmente. Basta ver o número de assassinatos no país, que faz mais vítimas que muita guerra ou tragédia natural.

O horror coletivo

Os assassinos não massacraram por falta de segurança na escola, por falta de vigias também armados ou de detectores de metal, machado, arco e flecha. Nem cometeram a insanidade incentivados pela violência de certos videogames. Tudo isso seria mais fácil de explicar. A verdade e os motivos são bem piores e insondáveis, incuráveis.

O horror diário

São assassinos por natureza e pela simples banalidade do mal. Mataram por matar, para fazer o mal. O mal tão natural ao ser humano. O mal banal que pode matar milhões em guerras sem fim, ou oito inocentes numa simples escola. Escola que existe para ensinar o bem. O mal mata o respeito e a vida. O mal é falta de amor. O mal é o banal, o horror nosso de cada dia.

O horror ordinário

E o mal também é bem brasileiro em aspectos ainda mais banais, tão banais que viram normais, aceitáveis. Estudantes assassinos, loucos, psicopatas existem no mundo inteiro, principalmente onde são mais visíveis e mediáticos, como nos Estados Unidos. O terrorismo também é corriqueiro, como o que aconteceu na Nova Zelândia, um dia depois de Suzano.

O horror bonitinho

Mas, no Brasil, o mal é perpetrado por gente “boazinha e cheia de ótimas intenções”. Foi, por exemplo, a banalidade do mal que matou 300 pessoas em Brumadinho, de quem ninguém fala mais. A banalidade também matou, queimados, os jovens jogadores do Flamengo, de quem ninguém lembra mais. A banalidade mata milhares com a mão da corrupção diária, da qual ninguém fala o tanto que deveria falar e combater. Só dá Marielle.

Escócia engarrafada

O World Whiskies Awards, ranking mundial dos melhores uísques do mundo, premiou com a medalha de ouro um uísque que custa em torno de R$ 67, na categoria “menos de 12 anos”. Trata-se do Queen Margot Blend Scotch Whisky, avaliado por mais de 40 especialistas e deixando para trás o famoso Johnnie Walker Black Label 12 anos, que custa mais que o dobro.
O Queen Margot tem notas de ameixa e damasco.

Inglaterra engarrafada

O Queen é “macio, com uma doçura rica e profundidade de sabor”. A produção da bebida inclui oito anos armazenado em madeira de carvalho. Já a revista especializada em gins, “Gin Magazine”, nomeou outra descoberta, o Hortus London Dry Gin, como melhor gin de supermercado do ano. Vale lembrar que esta bebida, o gin, é a da rainha, é 100% coisa de inglês e, depois de vilão, a bebida da moda no Brasil.

Lança-Perfume

* E assim, “Felizmente, nem tudo são lágrimas”. “O presidente Bolsonaro assinou o decreto 9.723/19, que simplifica a apresentação de documentos em processos federais”.

 “A partir de agora, ninguém precisa mais ir ao banco, cartório etc., levando um carrinho de mão cheio de papéis, basta o CPF”.

Bolsonaro cumpriu promessa e também “assinou decreto que extingue 21.000 cargos comissionados, funções e gratificações na esfera federal, gerando economia de 195 milhões de reais anuais ao Tesouro, dando um golpe certeiro na prática de aparelhamento do governo”.

“Foram arrecadados 2,377 bilhões de reais em outorga no leilão de aeroportos, superando a expectativa, uma retomada de investimentos em infraestrutura no país – setor essencial para o crescimento da economia brasileira”.

 “O índice Bovespa subiu e atingiu nível recorde de 99 mil pontos pela primeira vez em sua história”.

* Em Los Angeles, EUA, existe um hotel para cachorros, cuja diária está em torno de US$ 60 ou mais. E cemitério para cães, gatos e afins? Deve ser uma mina de ouro!

Isto para lembrarmos que os negócios “pet”, mirando animais domésticos, são milionários.

Por isso, nos anos 1980, o gozador cantor Eduardo Dussek, gritava: “Troque seu cachorro por uma criança pobre”. Tem muito cachorro e gato no Brasil levando vida de príncipe.

Nada contra. Apenas achamos que os seres humanos também são filhos de Deus.

O mercado brasileiro movimenta bastante quando se fala em animais de estimação. Aumentou muito a demanda por clínicas especializadas. O Brasil é terceiro mercado de faturamento em “pet shops”.

Em 2017, o Brasil já era o terceiro maior mercado, depois de registrar faturamento superior a US$ 5 bilhões.

O ranking ainda deve ser liderado pelos Estados Unidos, que no mesmo ano faturou US$ 49 bilhões, vindo o Reino Unido em seguida, com US$ 6 bilhões.

Tudo é justificável. Num país cada vez mais velho. Ao lado da televisão e muito mais que ela, os bichos são os melhores amigos do homem, da mulher, da criança, da solidão.

* O cavaleiro Álvaro Affonso “Doda” de Miranda Neto, ex-marido da herdeira milionária Athina Onassis, participou, além da clínica para os alunos do Chevals, do lançamento em Minas Gerais do maior concurso hípico Brasileiro em 2019, o XTC, que só em premiação dará R$ 2 milhões.