Dolce Vita | domingo, 24 de maio de 2020

Todo charme da beldade Luisa Matos

Foto: Edy Fernandes

Belas e feras: Igara Pessoa, Cristiane Maciel e Kely Gurgel

Foto: Edy Fernandes

Constanza Fernandes e todo o seu glamour

Foto: Edy Fernandes

Anti e frágil

Mais um belo texto para um bom domingo de outono e reflexão: “Como florescer em um cenário de incertezas? Por mais desafiadora que pareça, esta experiência é transformadora. São situações complexas que nos permitem tentar, errar e acertar. E, ao lidar com condições de risco, podemos experimentar e aprender. É nisto que se baseia o conceito de antifragilidade, criado por Nassim Nicholas Taleb, professor de Engenharia de Riscos na Universidade de Nova Iorque e autor do livro ‘Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos’”.

Frágil e forte

“Em momentos complicados, enquanto muitos se desesperam, os antifrágeis criam ferramentas e estratégias para usar a situação de forma produtiva. É por isto que essa habilidade é conhecida como uma ‘versão avançada’ da resiliência, principalmente no mundo corporativo. Enquanto a resiliência se foca na capacidade de adaptação, a antifragilidade se resume ao fortalecimento e à recuperação”.

Forte e certo

“O profissional antifrágil é aquele que não teme o erro, buscando aprender algo com cada falha, mas sem cometer os mesmos equívocos. Também carrega em si um importante fator criativo para estudar e avaliar as situações difíceis em busca de melhores soluções”.

Saudades do passado

Belos e simples textos no mundo da web são ou ficam órfãos de autores. Como este: “Fui ao centro (de BH) hoje, e estava tudo fechado: Camisaria Cadillac, Hamilton, Guanabara, Ducal e Bemoreira-Ducal, Mobiliadora Inglesa, Sloper, Boite People, Mercantil Veículos, Economisa, Foto Elias, Jumbo Eletro, CB Merci, Minas Caixa, Sears, Jonag, Arapuã, Banco BCN, Poupança Mutual, Banespa, Mesbla”.

Saudades do perfeito

Pausa para explicar o nome Ducal: rede de lojas de roupas masculinas de muito sucesso nos anos 1950-60. Além de remeter ao nobre título de Duque, significava “duas calças”. Quem comprava um paletó e uma calça ganhava outra mais barata e ficava, assim, com duas calças.

Saudades do presente

Continua: “Casa do Rádio, Óticas O Clássico, Gruta, OK, Torre Eiffel, Doce Docê; Cines Jacques, Floresta, Brasil, Royal, Acaiaca, Metrópole, Tamoios, Candelária, Roxy, Amazonas; Joalheria Kiva, Inglesa, Levy, Confeitaria Martini, Epa, Montanhês; rua Guaicurus 38, da Zezé; Bico de Lacre”.

Saudades do futuro

“Padaria Savassi, Camponesa, Elite da rua da Bahia e Elite da Olegário Maciel, Chapelaria Ramenzoni, Perfumaria Lourdes, Sibéria, Livraria Ouvidor, Van Damme, Amadeu, boate Peter’s Bar, Confeitaria Metrópole; Dona Derna, da Avenida Amazonas. Tudo fechado! E não por causa da pandemia. Tempos bons, exatamente ou talvez, porque não voltam mais! E podemos continuar com a crônica de Sebastião Verly, “Saudades da BH de outrora”, de 2010, lembrando pelo menos dois crimes contra a Cidade Jardim.

Saudades saudáveis

Lamenta-se Verly: “Me recordo do ronco agradável dos bondes, sem a fumaça preta dos ônibus de hoje. Meu coração aperta ao lembrar das árvores em fila dupla ao longo da Afonso Pena. O prefeito Jorge Carone, em 1963, mandou cortá-las, pois atrapalhavam o trânsito”. Que tolo, para não escrever coisa mais agressiva!

Lança-Perfume

* Continua a saudade que não tem idade, mas muita memória: “Violência maior foi perpetrada pelo ‘governador’ Rondon Pacheco, que autorizou a mineração, destruindo boa parte da Serra do Curral, que deu o nome de Belo Horizonte à capital.

“Junto às árvores e do nosso belo horizonte, muitas lojas que também desapareceram. Para mim, o centro, que a gente chamava de ‘Cidade’, permanece vivo terreno bucólico de lembranças”.

* O político chega ao interior e as pessoas pedem: “Senhor, temos aqui dois problemas grandes”.

E o político: “Qual é o primeiro?”. Um cidadão responde: “Não temos médico”.

O político pega o celular, caminha falando, volta e diz: “Pronto! Amanhã chega um médico. Qual é o segundo problema?”. E o mesmo cidadão responde: “Aqui não pega celular”.

* “As grandes conquistas da nossa espécie se deram pela cooperação, não pela competição”.

A frase é uma das reflexões que o professor Mario Sergio Cortella apresenta em “A Diversidade: Aprendendo a Ser Humano”, em pré-lançamento pelo selo Littera Books, da editora 3DEA.

O lançamento oficial está marcado para o dia 6 de junho, nas maiores plataformas digitais.

Em “A Diversidade: Aprendendo a Ser Humano”, Cortella escreve sobre temas como preconceito e a intolerância para reafirmar a importância da união em tempos de segregação.

Ele também explica as diferenças entre reconhecer e tolerar, conflito e confronto, divergir e anular e o que faz dessas opiniões gatilhos de preconceito e atos de violência.

“Durante muito tempo, nós vivemos em uma sociedade na qual o conflito — na família, na escola, na rua — fez parte do nosso dia a dia”.

“Pouco a pouco, em várias instâncias sociais, inclusive na escola, fomos substituindo a noção de conflito pela quase glorificação do confronto. Nessa hora, sim, nós perdemos a paz”.

O filósofo também ressalta que o preconceito abstrai a capacidade de conviver, de refletir, de fazer melhor, de inovar e de partilhar.

Mostra ainda que algumas amarras devem ser desfeitas, como recusar o biocídio e seguir na busca de uma vida coletiva que reconheça concretamente a beleza na diversidade, a complementaridade na diferença, a riqueza na pluralidade.