Dolce Vita | domingo, 23 de fevereiro de 2020
De passagem por BH, a jovem cientista mineira Raquel Lima, hoje radicada na Alemanha
Foto: Paulo Navarro
A proprietária do Hotel Maitei em Arraial d´Ajuda, Érika Sanches, abraçando a mineirada nessa temporada
Foto: Edy Fernandes
Abrindo as comemorações do carnaval, a supergata Micheliny Martins
Foto: Eugênio Gurgel
Banho e ser
E aí? E o Carnaval? Com sol, sob chuva, nos insanos blocos de rua, no sítio, no mar, na montanha, na cachoeira, na rede com livros ou no sofá com a Netflix? Se você está fazendo nada disso, vá tomar banho! Calma! Não é um insulto, apenas a introdução do assunto de hoje, lido na BBC News Brasil: “Por que temos ideias geniais quando estamos no chuveiro?”.
Banho e existir
Nem todo mundo canta ou tem ideias maravilhosas sob o chuveiro, mas vá saber! A água caindo, e você “viajando”. De repente, uma ideia brilhante. Parece piada, mas há estudos onde o chuveiro é uma espécie de incubador de “ideias geniais”. E tem gente que explica o fenômeno, como o psicólogo John Kounios, diretor do programa de Ciências Cognitivas e do Cérebro da Universidade Drexel, nos Estados Unidos.
Banho e refletir
Kounios chama isso de “restrição sensorial”. A visão é limitada pela queda da água, cujo ruído bloqueia outros sons. E também diminuímos a sensação de toque, porque a água geralmente está em uma temperatura semelhante à do corpo, de modo que a fronteira entre o interior e o exterior não é muito perceptível. O que acontece no momento do banho é que os sentidos, em vez de serem focados para o exterior, estão voltados para o interior.
Banho e pensar
Pouco antes de termos uma ideia, o córtex visual, área responsável por processar os estímulos que entram pelos olhos, desliga-se ligeiramente. A atenção então foca em nosso interior. O chuveiro se torna um espaço de isolamento, o que torna mais fácil a concentração nos pensamentos. “Se você está atento a seu redor, não consegue se concentrar em seus próprios pensamentos”, diz o psicólogo. “Você não pode ver as estrelas quando o sol está brilhando”.
Banho e viver
O chuveiro é um local relaxante e estar de bom humor estimula a criatividade. “Quando está relaxando e de bom humor, você se permite pensar ambiciosamente ou até ter ideias um pouco malucas”, diz ele. O contrário também é verdadeiro. Se você estiver ansioso, o seu pensamento pode se tornar mais limitado. “Isso faz você pensar deliberadamente de forma metodológica e mais conservadora”. Pronto. Bom banho e grandes ideias.
Bebida divina
A ligação do francês Rodolphe Frerejean Taittinger com o champanhe vai muito além de seu famoso sobrenome, nome de um champanhe ainda mais famoso. Rodolphe foi batizado com champanhe e provou sua primeira colher aos oito anos. Quando criança, ele e seus irmãos andavam de bicicleta pelas vinhas da região francesa de Champagne. A família Taittinger tem uma tradição de fazer a bebida dos deuses que remonta a 1932, quando adquiriu vinhedos de 1734.
Bebida maravilhosa
Hoje, a vinícola está entre as dez maiores produtoras de champanhe em volume do mundo. Rodolphe, 33, e seus dois irmãos, Richard, 39, e Guillaume, 41, seguiram um caminho diferente do dos primos, lançando sua própria casa de champanhe, ou Maison. Em 2005, surgiu o champanhe Frerejean Frères (“frères” significa irmãos em francês).
Lança-Perfume
* Ainda sobre o champagne: a empresa produz 100 mil garrafas por ano.
“Rodolphe é muito humilde, mas ambicioso”, diz Marianna Fossick, fundadora da Gain Brands International, de Singapura, distribuidora de bebidas que trabalhou com a Frerejean Frères.
A Frerejean Frères é um exemplo da revolução silenciosa em andamento na indústria de champanhe.
O setor é dominado pela gigante francesa de luxo LVMH, proprietária de três dos dez maiores produtores: Dom Pérignon, Möet & Chandon e Veuve Clicquot, mais de 60 milhões de garrafas por ano.
Outros grandes produtores também contam suas produções em milhões de garrafas.
Frerejean Taittinger aspira a produzir não menos de 300 mil garrafas até antes de 2025.
“Somos fabricantes de champanhe artesanais”, declarou Rodolphe. “Estamos em busca de qualidade e personalidade”.
Assim como as grandes cervejarias viram as cervejas artesanais sacudirem sua indústria, como aqui mesmo em Belo Horizonte, os novos produtores artesanais desafiam o mundo raro dos grandes fabricantes de champanhe.
Há 20 anos, se concentraram na produção limitada e na qualidade superior à produção no mercado de massa.
Na página inicial do site da Frerejean Frères, as palavras “champanhe artesanal” são as primeiras a aparecer.
E os produtores artesanais recebem elogios por seu espumante único.
“Esses campeões artesanais estão começando a ganhar muito mercado”, diz Frerejean Taittinger. “Ninguém havia se concentrado nas pequenas produtoras, mas agora vejo mais delas nas listas de melhores bebidas”.
O champanhe Frerejean Frères está disponível nos restaurantes Le Bernardin, em Nova York; no Guy Savoy, em Paris; e no Odette, em Singapura; todos com estrelas Michelin.
A Frerejean Frères agora também é vendida na Austrália, Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Tailândia e Vietnã; e começou recentemente a vender na China continental.
Agora, com ou sem Coronavírus, imaginem se os bilhões de chineses comunistas apreciarem a bebida real...