Dolce Vita | domingo, 22 de março de 2020
Todo charme da beldade Julia Marinho Braga
Foto: Edy Fernandes
A supercantora, bailarina, poeta e psicanalista Renata Araújo, fazendo e acontecendo em Beagá
Foto: Monica Machado
Belas e chiques: Priscila Wanderely e Tayana Gomes
Foto: Edy Fernandes
Porta-vírus
As mulheres carregam bolsas de, em e para todos os lugares – do escritório ao banheiro público, depois para o chão da sala ou para a cama, até à mesa da cozinha. O Nelson Laboratory, em Salt Lake, em Utah, Estados Unidos, testou: as bolsas estavam tão sujas que até a microbiologista, Amy Karen, surtou e disse que quase todas as bolsas estavam ricas em bactérias perigosas.
Pot-pourri de vírus
Pseudomonas podem causar infecções oculares; Staphylococcus aureus, infecções graves na pele; Salmonella e E. coli, muito estrago na saúde. Quatro de cinco mochilas apresentaram Salmonella, e isso não foi o pior. “Há contaminação de sujeira na bolsa”, disse Amy.
Antro de vírus
Bolsas de couro ou vinil tendem a ser mais limpos que os de pano. E estilo de vida é importante. Pessoas com crianças tendem a ter bolsas mais sujas, com uma exceção... A bolsa de uma solteira, que frequentava bares, teve uma das piores contaminações: “Sujeiras estranhas ou talvez vômito”, disse Amy.
Cativeiro de vírus
Moral da história: uma bolsa pode não te matar, mas te deixar muito doente. Use ganchos para pendurar malas/bolsas em casa e jamais sobre mesas de restaurante, da cozinha, muito menos na cama. Especialistas dizem que você deve pensar em sua bolsa como sapatos. “Se você pensa em colocar um par de sapatos na mesa, é a mesma coisa que você faz quando coloca sua bolsa na mesa”.
Curral de vírus
Sua bolsa foi carregada em todos os lugares antes de você andar, sentar, espirrar, tossir, cuspir, urinar, esvaziar o estômago etc.! A limpeza da bolsa ajuda. Lave as de pano e use cosméticos para limpeza de pele no fundo da bolsa de couro. Isso também serve para pensar o uso de sapatos dentro de casa. Faça como os japoneses.
Vida cantante
Pausa no coronavírus! “A vida que canta em mim” é o show de Renata Araújo, cantora, bailarina, poeta, psicanalista. Ela reúne várias artes por onde passeia a voz, a performance, a dança, a interpretação, o sentimento. E tudo no belo repertório com a marca de Elis Regina, Maria Betânia, Vinicius, Tom Jobim e Baden Powell, entre outros. No Bar Baretto, do Hotel Fasano BH. Ops! Em 2019, Renata se apresentou no Cine Theatro Brasil Vallourec, com o show também produzido por ela, “O Abissal de Mim”.
O inesquecível
Voltemos ao coronavírus! Fazer o quê? O mundo só fala nisso. E, por isso, desta feita, um texto impecável circula na internet, mas de autoria desconhecida: “Neste momento, a tranquilidade e a informação são fundamentais para superar esse coronavírus, o vírus do resfriado comum!”.
O inolvidável
“Do ponto de vista da saúde, temos que lavar as mãos o tempo todo, passar o álcool em gel, cobrir espirros e tosses, adotar todas as precauções e fazer tudo o que manda o protocolo, metódica e paranoicamente. Do ponto de vista da cidadania, porém, não podemos lavar as mãos (no sentido figurado, claro!). Temos um problema de comunicação grave no mundo. Um ‘informationvírus’”.
Lança-Perfume
* Continua o texto: “Ou os governos e as autoridades de grandes países estão nos escondendo algo muito sério, acobertando uma gripe tipo espanhola, que matará muito mais gente, ou...
...Ou a imprensa, o Google e o Facebook estão cometendo o erro de maximizar o medo ou minimizar os cuidados.
Se este texto está confuso, é porque eu estou confuso. E preocupado. Eu ligo para o meu médico, e ele me diz: calma, já tivemos gripes iguais.
Aí leio que empresas altamente informadas, como a Goldman Sachs, estão tomando medidas drásticas.
Regiões inteiras do mundo estão sendo isoladas. Os mercados desabam.
Partidas de futebol estão sendo jogadas em estádios vazios. Salas de aula estão vazias. Meca está vazia, o Vaticano está vazio. O Louvre está vazio, como se tivessem posto uma máscara no sorriso da Monalisa.
Esta é a sociedade dos dados. Então o que dizem os dados? O que fizeram o Google, o Facebook, o Instagram sobre esse assunto tão vital à humanidade?
Por que a Avenues fechou a escola depois de um caso, e a XP teve um caso e não fechou a corretora?
O fantasma de um mundo fantasma reforça o pavor que notícias alarmantes na era das redes sociais alastram. Existem duas epidemias – a do coronavírus e a do ‘informationvírus’.
A comunicação, como sempre, é fundamental. E ela precisa ser, antes de tudo, confiável e precisa, como manda o protocolo de saúde.
A hora é dos técnicos, dos médicos, dos cientistas. O ministro-médico Luiz Henrique Mandetta e o secretário-médico David Uip têm feito um bom trabalho até agora, com serenidade e objetividade.
Mas nessa cacofonia eu não sei em quem acreditar. Pergunto a mim mesmo: as nações estão acobertando uma catástrofe ou são uma catástrofe de comunicação?
Uma parte da imprensa quer vender notícia e ganhar audiência? Uma parte do sistema financeiro está pilotando o pânico para faturar?
Nesta hora não dá para ficar em cima do muro, pensar só em si, enfiar a cabeça no buraco ou surtar. Vamos dar as mãos, não podemos lavar as mãos (no sentido figurado, claro!).
É hora de compaixão, de solidariedade, de calma. E de informação precisa e eficaz. Quanto maiores as dúvidas e as incertezas, e elas são enormes, maior a necessidade de comunicação precisa e eficaz.
O democrata Churchill venceu o tirano Hitler usando a poderosa arma da comunicação. E o primeiro-ministro britânico não escondia as dificuldades, não minimizava o tamanho dos sacrifícios, pelo contrário.
Temos que ser guerreiros e comunicadores como Churchill, que venceu a guerra usando o rádio.
E cabe aos governos e aos cientistas não esconder nada de nós. Alguma coisa está fora de ordem. Repito: ou há um desastre sem comunicação ou uma comunicação que é um desastre.
O combate ao vírus precisa unir o Brasil e precisa unir o mundo. Estamos todos no mesmo barco lutando contra o mesmo inimigo.
Mas precisamos saber o quanto antes contra o que estamos lutando, condição indispensável para a vitória.”