Dolce Vita | domingo, 21 de março de 2021
Rafaela Barreira e Rafael Costa, sócio nas novas casas da cervejaria Sátira, AvantGarde Motors e Boulevard Shopping. Foto: Arquivo Pessoal
Sátira gostosa
Da colega e amiga Heloisa Aline, na revista “Avantgarde”, uma deliciosa notícia. Um dos infinitos charmes da Avantgarde Motors, no Santa Lúcia, é o mezanino que, para o arquiteto Sérgio Viana, seria “point” gastronômico. Não muito longe da vocação original, o espaço abrigará a Cervejaria Sátira, com a devida “cirurgia plástica” para passar de um templo a outro, com o mesmo objetivo.
Sátira saborosa
O objetivo é o encontro de pessoas, não só nos negócios, mas no saudoso social. Unindo os desejos, o bom, velho e cada vez mais atual networking. Cervejas artesanais, óbvio, mas também vinhos, espumantes e drinques “comme il faut”. Entre os nobres nove rótulos da cerveja, a IPA, campeã de vendas, crítica e público.
Sátira séria
No capítulo sólidos, a grife do chef Fernando Castanheira, saciando os paladares mais exigentes e rimando com o cardápio da Sátira no Vila da Serra. A Sátira, desde 2011, vingou muito bem, em 2013, com a cerveja Colorado. Um jeito brasileiro, obedecendo ao slogan “Tudo igual, tudo diferente”. A absorção da Colorado pela Ambev, em 2015, marcou outra etapa.
Sátira equilibrada
Qual? “A de colocar em prática o projeto Sátira e de desenvolver os produtos com liberdade e personalidade própria. Nossa posição é de uma marca democrática e, como tal, aceita a diversidade em todos os seus aspectos”, frisa Eduardo Gomes, sócio fundador da Sátira. “Leveza, equilíbrio e lifestyle fazem parte dos conceitos que a Sátira explora há cinco anos”.
Paquera e sim
O relacionamento, da paquera até o sim é a praia de Alessandra Camargo. Casada há 25 anos, logo, experiente, a palestrante e escritora carioca assina o livro “Casamento - Instituição falida?”. Tudo entre prosa e poesia, um dos diferenciais. Felizes para sempre ou até que a comodidade os separe? Na resposta, as etapas e estrutura de um casamento; do amor à primeira vista ou olhada, até o que acontece depois do “sim”.
Paquera e meio
“Dividida em duas obras, o livro incentiva o leitor a conhecer seus próprios valores. A primeira parte passeia pelos processos de atração que podem levar a um casamento, como a paquera, o primeiro beijo, a paixão platônica, o namoro; além de refletir sobre a influência dos contos de fadas no ideal romântico”.
Paquera e meios
“O casamento é uma situação de extremo desconforto e sofrimento para os envolvidos. A pessoa ciumenta que vive com a mente povoada por constantes conflitos e dúvidas, sempre se achando enganada e desrespeitada e a pessoa ao seu lado, o foco da desconfiança e dos inquéritos, sentindo-se sufocada, cercada.” Gostaram? Traumatizaram? Identificaram? Página 76 do livro.
Paquera e fim
Do flerte ao primeiro beijo, do namoro ao casamento, das dúvidas sobre se tomou a decisão certa até a certeza do amor eterno. Eterno enquanto dura, claro. Cada etapa de uma vida construída a dois pode ser degustada nas linhas de Alessandra. Linhas e palavras recomendas às mulheres que buscam a compreensão de si mesmas e a independência emocional. Link de venda: http://bit.ly/3izXu1i
A "Super Nossa", linda e poderosa, Rafaela Nejm. Foto: Edy Fernandes
Lança Perfume
*Ainda sobre o livro “Casamento - Instituição falida?”. Observações sobre a estrutura do casamento e sua importância na vida atual. Instituição falida ou não? A pandemia está mostrando que sim. Ou não?
A primeira parte faz um breve passeio pelos processos de atração que podem levar ao casamento, como a sedução, os contos de fadas, o relógio biológico e a união estável.
A segunda parte segue com observações sobre elementos que fazem parte do enlace desde o dia D; sem deixar escapar assuntos como sexo e fidelidade.
*Para fechar o domingo um texto bonitinho e anônimo, “para variar”. O título é bom: “Mais um dia sem luxo”.
“Nos fizeram acreditar que luxo era o raro, o caro, o exclusivo, tudo aquilo que nos parecia inalcançável”.
“Agora nos damos conta que o luxo eram essas pequenas coisas que não sabíamos valorizar”.
“Luxo é estar são, cumprimentar alguém com a mão, não pisar em um hospital, poder passear pela orla do mar, pelo parque e conversar com alguém”.
“Luxo é poder sair às ruas e respirar sem máscara, reunir-se com a família, com os amigos, abraçar, beijar”.
“Luxo são os olhares, os sorrisos, abraços e beijos. É desfrutar cada amanhecer; é o privilégio de amar e de estar vivos”.
“Luxo é valorizar os verdadeiros amigos. Tudo isso é um luxo e não sabíamos”.
Texto bonitinho, mas bobinho concordam? Claro que sabíamos de tudo isso e muito antes de vírus e confinamento.
Apenas a realidade é bem mais dura, cruel e imortal. Quando tudo acabar, mais cedo ou mais tarde, voltaremos ao velho normal. Pelo menos os sobreviventes!
Sim, não exageremos e generalizar é tolice. Mas prestem bastante atenção no que estamos vivendo. Principalmente em nossos quintais.
Para um ato de gentileza, generosidade e solidariedade, temos mais dez de egoísmo e salve-se quem puder.
As guerras, as desigualdades, a violência, a miséria e as outras doenças continuam matando mais que qualquer vírus.
E pelo mesmo motivo vil: dinheiro e poder e vice-versa. Quando tudo voltar ao normal, a humanidade também voltará, ainda mais desumana.
Isso, com muito otimismo e vontade de estarmos errados.