Dolce Vita | domingo, 18 de julho de 2021
Batendo um bolão, Barbara Gazzinelli Foto: Edy Fernandes
Fracasso anunciado
A farsa Tite nunca deveria ter sido “eleita” para a Seleção Brasileira. Pior que ele, só Dunga, dois retumbantes desastres. Impossível entender como a trágica dupla conseguiu durar tanto tempo, acabando com o pouco que sobrou da seleção. “Heróis” como Parreira e Felipão, nas vitoriosas campanhas de 1994 e 2002, caíram depois de vexames históricos como os 7X1 contra a Alemanha, em pleno Mineirão, em 2014.
Fracasso podre
Na peça “Hamlet” (1599 /1601), Shakespeare cunhou famosa e enigmática expressão, “Algo está podre no reino da Dinamarca”. Em 2002, o então presidente do Conselho do Atlético Mineiro, atual prefeito, Alexandre Kalil, depois da goleada sofrida pelo Galo, contra o Brasiliense, no mesmo Mineirão, soltou: “Há algo de podre no reino da Dinamarca”. Há 19 anos, podemos dizer que há algo de muito podre no reino da CBF.
Fracasso inaceitável
Depois do maravilhoso Tri, no México, em 1970, o Brasil ficou impressionantes 24 anos sem a taça. Fomos Tetra, em 1994, nos EUA; decepcionamos em 1998, na França, mas conquistamos o Penta, em 2002, na inédita Copa do Japão e Coréia do Sul, derrotando a poderosa Alemanha que descontou e nos humilhou em triplo, 12 anos depois. Desde então, nada! Uma vergonha atrás de outra campanha pífia com o mesmo Parreira, Mano Menezes e os piores, Dunga e Tite.
Fracasso russo
Tite conseguiu a vaga depois de ser campeão pelo Corinthians, vencendo “todo mundo” com o ridículo placar de 1x0. Foi para a Rússia e não deu outra, derrota para a mediana Bélgica, por 2x1, nas quartas de final. No mesmo dia 7 de julho de 2018 deveria ter sido demitido. Mas não. Inexplicavelmente podre, continua técnico, garantindo a próxima derrocada, em 2022, no Qatar.
Fracasso Hermano
Sábado passado, Tite merecia o tiro de misericórdia, depois da indecente Copa América com final e merecida derrota para a Argentina que, usando simples 1x0, despachou a turma de Tite, em pleno Maracanã, com público de pandemia e tudo. Claro, a debilidade de Tite rima com a de seus jogadores: muita tatuagem, cortes bizarros em cabelos descoloridos e pouco futebol.
A campeã mundial, Flávia Khouri Foto: Edy Fernandes
Fracasso cavernoso
Os jogadores brasileiros, individualmente, acostumados e auxiliados por craques estrangeiros brilham na Europa. Aqui, entre iguais, humilham e contrariam Darwin: não sabem fazer gols, cobrar pênalti, nem driblar. É só chutão, “mimimi”, pose e choradeira. De alguns, não sabemos nem o nome. Ficou ainda mais claro que, para jogar na seleção do pacóvio Tite não precisa ser craque, basta jogar no exterior.
Fracasso covarde
Ao técnico incompetente; jogadores deslumbrados e milionários junta-se à imbecil estratégia de treinar para as copas, fugindo de seleções fortes e vencendo, com muita dificuldade, seleções de quinta categoria, nas eliminatórias e em amistosos na América do Sul e mundo afora. Só assim, enfrentando os fracos, para mostrar-se um gigante. Gigante com os pés de barro como vimos na Rússia e, se Tite continuar, veremos no Qatar.
Fracasso x Futebol
Paralelamente tivemos a exuberante Eurocopa, verdadeira copa do mundo. Só não é do mundo, por não contar com Brasil e Argentina, únicos países que têm – ou tinham – talento e técnica para enfrentar a Europa, que ainda tem outra “Copa do Mundo”, entre clubes, a Champions League, com mágicos clubes de vários países. Enquanto isso, o Brasil brinca com a Libertadores, rodízio de campeões entre os mesmos Brasil e Argentina, um pouco de Uruguai e uma pitada de Colômbia ou Chile. Pronto e ponto.
Com a bola toda, Julia Cabral. Foto: Edy Fernandes
Lança Perfume
*Por que tanto espaço e indignação aqui com futebol? Porque é muito mais que esporte e arte, é política e claro, muito, muito dinheiro e poder em jogo.
Todo político, aqui e no mundo, tira proveito do esporte, principalmente do futebol e das medalhas de ouro das olimpíadas.
Não à toa, logo depois da final entre Brasil e Argentina, a “esquerda caviar brasileira” comemorou a derrota brasileira como se fosse a de Bolsonaro nas urnas!
“Tadinha” da “esquerdinha” ignara. Sabe de nada! A derrota do Brasil foi mais uma vitória de Bolsonaro. Ele não gosta do Tite e vice versa.
Se mais este fracasso, mais esta vergonha, servir para acabar com a era Tite, melhor para Bolsonaro, para o Brasil e nosso futebol.
A CBF mostrou-se ainda mais poluída com esta derrota. Para não falar de outros e muitos ex-presidentes da CBF, fiquemos apenas com exemplos bem recentes.
José Maria Marin, 89, foi governador de São Paulo (1982/1983) e presidente da CBF, de 2012 a 2015.
Presidiu o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014.
Em 2015, foi banido de qualquer atividade relacionada ao futebol pela FIFA e afastado dos quadros da CBF.
Em 2017, foi condenado por seis crimes pelo Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York e preso.
Ano passado foi solto por razões humanitárias. A podridão na CBF, reflete diretamente nas indecentes e recentes campanhas da seleção.
Onde tem fumaça, tem cupim e madeira podre. O sucessor de Marin, Marco Polo Del Nero, assumiu a presidência da CBF em maio de 2015.
Acabou afastado pela Fifa em 2017, sob denúncias de corrupção da Justiça norte-americana.
No ano seguinte, Del Nero também seria banido do futebol pela FIFA. Podia nem sair do Brasil. Que vergonha!
“O afastamento do presidente da CBF, Rogério Caboclo (2018), em meio a denúncias de assédio sexual contra uma funcionária, é mais um capítulo do fedor na CBF”.
Caboclo tinha ou tem, salário de R$270 mil! Tite? Chorem: R$1,8 milhão por mês. Pode? É o elogio da incompetência!
Por estas e outras o Brasil não tem mais futebol, enquanto a campeã da Euro, a Itália; Inglaterra, Espanha, Dinamarca, França, etc., esbanjam talento, futebol e títulos sérios.
No mais, feliz ano novo, aniversário, hoje, ao titular da coluna.