Coluna Dolce Vita

Belas e feras em noite de vernissage na PS Galeria: Micheliny Martins e Lu Matozinhos

Foto: Paulo Navarro

No mesmo agradável evento da exposição “Contraste”, as cheias de charme e elegância: Liége Flora, Ludmila Furtado e Jaqueline Esteban

Foto: Paulo Navarro

O internacional José Flávio de Almeida Gomes, ao lado de Ana Paola Frade, prestigiando o curador da mostra, Pedro Pimenta da Veiga

Foto: Paulo Navarro

Marcha da hipocrisia

“A família de bem, que bebe Johnny Walker para aliviar a tensão, Valium para dormir, Prozac para se alegrar, Rivotril para se acalmar, Clomifeno para engravidar, Ritalina para aguentar o filho, Sibutramina para emagrecer, Advil para aliviar a dor nas costas, Voltaren para a dor no ciático, anabolizante para parecer forte, Finasterida para a calvície e Viagra para transar, anda muito preocupada com a Marcha da Maconha”.

Marcha da tolerância

Além desse bom humor nas redes sociais sobre a Marcha da Maconha, é bom lembrar que, num dos países mais moralistas, intolerantes e rígidos do mundo, os Estados Unidos, a maconha, com todo o cuidado, é vendida em espaços especiais, dentro da lei. É a maconha para fins terapêuticos. Está mais que provado o efeito positivo dos derivados da cannabis, como o canabidiol, em doenças crônicas, pacientes sofrendo de câncer e seu agressivo tratamento.

Cuidado é pouco

A sociopatia é grande e está em todos os âmbitos. Mora ao lado. É o que nos avisa e explica a psicóloga Liliane da Costa Val Dabien: “Os sociopatas evidenciam-se nestes tempos ou é a paranoia em diagnosticá-las que aumentou? Não. Os sociopatas estão em todo e qualquer âmbito. Seja esse social, inter-relacional ou no ambiente laborativo. A última característica atribuída a eles é de pasmar”.

Cuidado é bom

“Pela psiquiatria, os sociopatas caracterizam-se agora pela ousadia. Sem paranoia, atenção! Agem sorrateiramente, tirando a escada dos que almejam um sucesso meritório, trazendo conflitos nas relações entre pais e filhos, amizades sólidas e relações de trabalho competentes”.

Meu amigo inglês

Como muitos leitores devem saber, temos um grande e talentoso amigo, Mike Wade, o ator inglês mais mineiro do mundo. Ama o Brasil, Minas, Belo Horizonte e fala português melhor que muitos conterrâneos nossos. Mike já atuou com os melhores atores e diretores no cinema e no teatro, na Inglaterra e, claro, no Brasil, inclusive com seu “cúmplice”, o saudoso e insubstituível Hector Babenco, um dos argentinos mais brasileiros do planeta.

Nosso amigo inglês 

A história de Mike Wade com o Brasil é tão longa quanto os primórdios do Grupo Corpo, onde ele iniciou-se nesta difícil arte chamada Brasil. Pois bem, Mike, que há anos passa metade de seu tempo entre Londres, Rio de Janeiro, Rio das Ostras e BH – o verão, claro, aqui e lá – tem ótimas notícias para seus fãs e amigos de sempre.

Nosso amigo Dafoe

Nos últimos três anos, Mike Wade trabalha com a linda e impecável atriz Bárbara Paz no filme dela sobre a vida do ex-marido, o cineasta Hector Babenco. Outro grande ator, Willem Dafoe, que interpreta Hector em “Meu Amigo Hindu”, último filme de Babenco, também está no documentário, o que tem ajudado bastante. Por exemplo, semana passada Dafoe ganhou o crédito de “Associate Producer”, produtor associado.

Nossa amiga Paz

E tem mais. O filme acabou de ser aceito para concorrer no Festival de Cinema de Veneza e será exibido no dia 2 de setembro. Ainda por cima, por baixo e pelos lados, Mike foi convidado para o festival com todas as despesas pagas. Sobre Bárbara Paz. Depois de dirigir e produzir curtas-metragens e filmes, chegou a este primeiro longa: “Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou”, no Festival de Veneza 2019.

Nossa amiga múltipla

Mas falemos de outra Paz, Sofia Paz e mais cinema. Rodrigo Teixeira é o maior produtor de cinema brasileiro e faz sucesso em Hollywood; parceiro do ator Brad Pitt e do diretor Martin Scorsese.

Lança-Perfume

* Ainda na paz e nas pazes, resumindo: Rodrigo Teixeira, da RT Features, é o brasileiro com mais chances de nos trazer um Oscar. Sofia Paz é a responsável pelo escritório em Nova York.

Rodrigo Teixeira, como produtor, estará em Veneza com dois filmes. O primeiro é “Ad Astra”, de James Gray, com o mesmo Brad Pitt e o mito Donald Sutherland.

O outro filme é “Wasp Network”, do diretor francês Olivier Assayas, com Wagner Moura, Gael Garcia Bernal, Penelope Cruz, Edgar Ramirez e Ana De Armas.

* Agora, um recado, um puxão de orelha em Belo Horizonte, Minas, Brasil e o resto do mundo: deu no “ArchDaily”, o site de arquitetura mais visitado do mundo...

De Frank Gehry, um dos papas e mestres da arquitetura: “Deixe-me dizer uma coisa. Neste mundo em que vivemos, 98% de tudo o que é construído e projetado é uma merda”.

“Não há senso de design, nenhum respeito pela humanidade nem por nada. São malditos edifícios e é isso”.

“Eventualmente, no entanto, há um pequeno grupo de pessoas que faz algo especial. Muito poucas. Mas, por Deus, deixe-nos em paz! Dedicamo-nos a nosso trabalho”.

“Não peço por trabalho, não tenho um assessor de publicidade. Não estou esperando ninguém me ligar. Trabalho com clientes que respeitam a arte da arquitetura. Portanto, por favor, não faça perguntas tão estúpidas como essa”.

O inflamado desabafo, com direito a dedo médio em riste, foi a reação de Gehry a um repórter que lhe perguntou como ele lidava com as críticas à sua “arquitetura do espetáculo”.

Gehry estava em Oviedo, Espanha, recebendo o prêmio Príncipe das Astúrias das Artes.

Esta notícia é de 2014. Ainda é válida não só porque Frank Gehry está muito vivo, com 90 anos, e a arquitetura, em geral e raras exceções, continua medonha.

À época, as emoções estavam à flor da pele, considerando a inauguração do projeto de Gehry para a Fundação Louis Vuitton – que começou a ser construída, em Paris, em 2006 –, citado por críticos como nada além de um “espetáculo”.

* A vida não se resume a Oscar Niemeyer.