Dolce Vita | domingo, 17 de novembro de 2019

Desfilando charme e beleza pelas ruas de Nova York, Caroline Botelho

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação


As internacionais Carolina Brandão e Julia Garcia, ao lado da cirurgiã Maitê Leite, liquidando elegância na passarela do Piso Mariana, no BH Shopping

Foto: Paulo Navarro


Sensível à causa animal, a empresária Patricia McKey mantém cerca de 30 cachorros em uma casa de acolhimento e vive o compartilhamento de cães com seu ex-marido

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação


Questão de cão

Não à toa, nos anos 1980, o cantor e compositor Eduardo Dussek berrava, com inteligência, ironia e sarcasmo: “Troque seu cachorro por uma criança pobre (...) Tem muita gente por aí que tá querendo levar uma vida de cão. Eu conheço um garotinho, que queria ter nascido pastor alemão...”. Toda brincadeira tem um fundo de verdade, e bicho de gente rica vive melhor que muita gente.

Questão de milhão

A indústria “pet” gira em torno de milhões. Bilhões? Desde produtos, rações, brinquedos, casinhas, remédios, veterinário, salões de beleza e limpeza, cuidados e até cemitério. O mercado é gigantesco e só faz crescer. Há muito tempo, principalmente para solitários, crianças ou adoradores em geral, os amigos do mundo animal são parte da família. Ganham amor, carinho e todos os mimos.

Questão e solução

Agora, o tema de hoje: se crianças sofrem e custam a entender a separação, o divórcio dos pais ou de casais, os animais também sentem muito. Não entendem por que um de seus donos, de repente, sumiu. Aí, quando não há contrato, sensatez e civilidade, entra a lei. Principalmente quando a “vítima” é um canino, porque gatos estão nem aí. Para os felinos, quanto mais espaço para eles, melhor.

Questão e apelação

Já com os cachorros, os melhores amigos do homem, da mulher e das crianças, a história é outra. “Guarda compartilhada de animais domésticos no ordenamento jurídico brasileiro frente à ausência normativa”, por Letícia D’Avila Bitencourt. “O ordenamento jurídico permite o reconhecimento dos animais como seres sensíveis. Disso decorre a possibilidade de aplicação da guarda compartilhada e de sua regulamentação”.

Questão de civilização

Traduzindo, quando um casal se separa, o cachorro “tem direito” à guarda compartilhada. Um pouco com um(a), um pouco com outro(a). Como acontece com os filhos. Nada mais normal, natural e de direito. “Posto que este fato está cada vez mais presente nas famílias brasileiras, gera efeitos não só no âmbito pessoal como também na esfera civil, no que diz respeito à forma com que a legislação conceitua os animais e a possibilidade da regulamentação de guarda”.

Questão de Mineirão

Querem apenas um exemplo de cães como membros da família, aqui mesmo em BH, no Mineirão? O Projeto Arcãobancada é o primeiro no país a destinar um espaço exclusivo para que os torcedores frequentem o estádio acompanhados de seus fiéis mascotes. O espaço, situado em um dos camarotes do “Colosso da Pampulha”, foi adaptado para receber 60 convidados e seus pets, com direito a bufê especial.

Questão de audição

Se não teve mudança recente, o projeto funciona bem, desde 2017. Agora, pequena curiosidade ou grande pergunta para a Sociedade Protetora dos Animais. Todo mundo sabe como cães são afetados por barulhos, como rojões explodindo, em dia de grandes jogos. Eles ficam “loucos”, sofrem devido aos sentidos (audição) muito mais aguçados e sensíveis. Como comportam-se, dentro do Mineirão, mesmo em jogos soníferos como o último Atlético X Cruzeiro?


Lança-Perfume

* Vale a pena ler de novo. O casal que fazia um cruzeiro no Mediterrâneo notou uma senhorinha e a tripulação do barco, garçons, ajudantes etc. Todos muito íntimos dela.

O casal perguntou ao garçom sobre a velhinha e descobriu apenas que ela estava a bordo nas últimas quatro viagens, ida e volta.

Uma tarde, finalmente, o casal abordou a senhora e perguntou sobre as viagens. E ela respondeu, singelamente: “Ficar viajando, ida e volta, sai mais barato que um asilo para velhos nos Estados Unidos”.

“Não ficarei num asilo nunca e, de agora em diante, fico viajando nesses cruzeiros até a morte”.

E continuou: “O custo médio para se cuidar de um velho nesses asilos é de 200 dólares por dia. Ganho desconto quando compro os cruzeiros com bastante antecipação, somado ao desconto para pessoas de mais idade”.

“A viagem me sai 65 dólares diários e mais: pago 10 dólares diários de gorjetas. Tenho mais de 10 refeições diárias se vou aos restaurantes. Posso ter o serviço na minha cabine, o café da manhã na cama todos os dias da semana”.

“O barco tem três piscinas, um salão de ginástica, lavadoras e secadoras de roupa grátis, biblioteca, bar, internet, cafés, cinema, show todas as noites e uma paisagem diferente a cada dia”.

“Creme dental, secador de cabelo, sabonetes e xampu. Sou muito bem tratada como cliente, não como paciente. Conheço pessoas novas a cada sete ou 14 dias”.

“TV estragada? Trocar a lâmpada, o colchão? Não tem problema”.

“Lavam a roupa de cama todos os dias. Se cair e me machucar em algum barco da empresa, vão me acomodar em uma suíte de luxo pelo resto da vida”.

“Agora, o melhor. Viajo pela América do Sul, Canal do Panamá, Taiti, Caribe, Austrália, Mediterrâneo, Nova Zelândia, pelos Fords, pelo rio Nilo, Rio de Janeiro, Ásia. Basta escolher”.

“Por isso, não me procurem num asilo para velhos. Viver entre quatro paredes e um jardim como paciente de hospital? Nunca!”.

“Ah! Se eu morrer, me atiram ao mar, sem nenhum custo adicional. Para que vou parar de viajar?”.