Dolce Vita | domingo, 17 de maio de 2020

Cheia de charme e elegância, Amanda Araújo

Foto: Edy Fernandes

Todo o glamour de Carol Lima

Foto: Edy Fernandes

Colorindo a coluna, a bela Christie Meira

Foto: Edy Fernandes

Bar Esperança

“Quem me dera um bar agora”, por Mirtes Helena Scalioni: “Em tempos sombrios de isolamento e carência, não há quem não sinta uma honesta nostalgia dos bares. Afinal, para que servem os bares senão para desatar os nós, enlaçar corações, dar voz aos heróis, encurralar a alegria, espremer as dores, fustigar os instintos, acender os rebeldes, aplacar os solitários? Para que servem os bares, senão para enlamear os nobres, sussurrar promessas, soprar esperanças, calar vozes, gritar impropérios, enterrar ilusões, buscar amores?”. Se quiserem a íntegra, procurem o Google, aqui o espaço acabou. Vale a pena.

Ouro líquido

Só é cultura inútil para quem não tem curiosidades gostosas sobre as boas coisas da vida: “No maravilhoso mundo do whisky, o Glenfiddich é o single malte mais vendido do mundo. O Johnnie Walker Red Label é o uísque mais vendido do mundo. The Famous Grouse é o uísque mais vendido na Escócia. Glenmorangie é o single malte mais vendido na Escócia. O uísque que mais cresce hoje é o Black Dog”.

Ouro único

Excitados? Já abrindo as garrafas? “Os cinco single maltes (solteiros) mais populares no mundo são Glenfiddich, The Glenlivet, Glenmorangie Original, Aberlour e Laphroaig Bruichladdich's. The Octomore é o uísque mais forte do mundo. Os três maltes solteiros mais antigos e vendidos são Glenturret, Oban e Glenlivet. A destilaria mais antiga da Escócia é Glenturret (1775). A cada garrafa de Laphroaig você tem direito a um aluguel vitalício de um metro quadrado da terra da destilaria, com certificado de propriedade”.

Ouro unido

A sede continua com frio? “Cadenhead's Whisky Shop tem um ponto de venda único: os clientes podem ter uma garrafa derramada diretamente de um barril e rotulada com seu nome. Edradour é a menor destilaria da Escócia. Toda a operação é comandada por apenas três pessoas. A destilaria Glenmorangie é uma das menores das Terras Altas e emprega apenas dezesseis artesãos. O país mais caro para comprar uísque, ironicamente, é o Reino Unido, onde é feito”.

Ouro no ralo

“Uma garrafa fechada de uísque pode ser mantida por 100 anos e ainda ser boa para beber. Após a abertura, uma garrafa de uísque escocês dura cinco anos. O Australian Wine Research Institute introduziu uma medida chamada bebida padrão. Na Austrália, uma bebida padrão contém 10g (12,67 ml) de álcool, a quantidade que um homem médio metaboliza em uma hora. 18 mil litros de uísque escocês no valor de mais de US$ 800 mil foram acidentalmente jogados pelo ralo na fábrica de engarrafamento Dumbarton da Chivas Brothers em 2013”.

Ouro santo

“Especialistas aconselham você a beber malte único com apenas uma pitada de água. A água supostamente ‘libera a serpente’ do uísque. Se há uma serpente, há também um anjo. À medida que envelhece, muito pouco uísque que amadurece em um barril é perdido para evaporação a cada ano. Os destiladores se referem a isso como ‘parte do anjo’”. Algo parecido com aquele pingo que, aqui no Brasil, jogamos “para o Santo”.

Lança-Perfume

* Continua a dose de uísque: “E, claro, onde tem serpente, anjos e santos, temos também um demônio. Ou vários! O uísque absorvido pela madeira do barril durante a maturação é conhecido como o “corte do diabo’.

“O ‘uísque indiano’ é tecnicamente saborizado como rum, porque é essencialmente feito de açúcar”.

Feliz e com água na boca pedindo uma dose de uísque cowboy? Fim da nossa viagem ao Conhecimento Geral para todos os Amantes de Whisky.

* A iInternet, o Google e outras maravilhas da modernidade são várias mãos na roda, mas também várias armadilhas. E adianta nem conferir a autoria de certos textos.

A não ser que o texto seja um clássico e seu autor um mestre famoso e inconteste. Vira e mexe, trombamos com belas palavras que, de tão compartilhadas, restam anônimas ou ganham vários pais e mães.

Como o pertinente texto a seguir, que tem, pelo menos, três autores, sendo que o mais famoso é o poeta gaúcho Mário Quintana (1906-1994).

“De repente tudo vai ficando tão simples que assusta. A gente vai perdendo as necessidades, vai reduzindo a bagagem.

As opiniões dos outros são realmente dos outros e mesmo que sejam sobre nós; não têm importância.

Vamos abrindo mão das certezas, pois já não temos certeza de nada. E isso não faz a menor falta. Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado e sim a vida que cada um escolheu experimentar.

Por fim entendemos que tudo o que importa é ter paz e sossego, é viver sem medo, é fazer o que alegra o coração naquele momento. E só”.

No mesmo clima poético, mas lá de Ouro Preto, um trecho do vídeo, disponível no YouTube e cheio de van Gogh; a “Carta à Humanidade”, do pintor Carlos Bracher.

“Haveremos de renascer dos escombros, cinzas erradas de milênios, de princípios cegamente materialistas, ambições desenfreadas, concorrências, dissidências e egoísmos nacionalistas.

Após o coronavírus, chegou o desafio da grave reflexão de quem somos, o que somos e o que queremos como entes.

São perguntas longas e respostas mais longas ainda”.